Para salvar a própria pele, Roseana faz FNDE culpar João Alberto por desvio de R$ 559 mil
O FNDE reprovou parcialmente as contas do Projovem Urbano no exercício de 2010, durante o Governo Roseana Sarney, responsabilizando-a pelo prejuízo aos cofres públicos de mais de meio milhão de reais (R$ 559 mil), por pagamentos superiores ao devido e ausência de comprovação das despesas, conforme autoria realizada em 2013.
Para se defender, ela alegou que o Termo de Adesão ao programa foi assinado em 2010 pelo então vice-governador João Alberto, e por isso seria ele o responsável pelo ressarcimento ao erário. Inicialmente, o FNDE não acatou a defesa da ex-governadora, e ainda decidiu incluir também como devedor o ex-vice-governador João Alberto, além dos ex-secretários de Juventude, André Campos e Souza Neto.
Mas, em um surpreendente reexame, o FNDE, então presidido por Gastão Vieira por obra, graça e indicação do ex-senador José Sarney, acabou voltando atrás e aceitou a tese da defesa da ex-governadora, mantendo apenas o ex-vice-governador João Alberto e os ex-secretários, como responsáveis pelos recursos desviados.
Roseana Sarney conseguiu se livrar desse escândalo jogando nas costas de João Alberto a obrigação de devolver meio milhão de reais para os cofres federais. O FNDE já cobrou o senador João Alberto, seu aliado André Campos e o genro do ex-secretário de Saúde, atual deputado Souza Neto.
DESLEALDADE
João Alberto acabou entrando no caso e agora terá seu patrimônio pessoal ameaçado, sendo obrigado a devolver meio milhão de reais mesmo considerando que os desvios de recursos ocorreram durante o antigo governo, quando ele era apenas vice-governador. Isso porque coube a ele, como governador em exercício, em fevereiro de 2010, apenas a assinatura do termo de adesão ao programa Projovem Urbano.
Na época, a “guerreira” havia se licenciado do Governo para um tratamento de saúde no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. João Alberto assumiu o governo interinamente, ficando poucos dias no cargo, mas o suficiente para agora ser obrigado a responder sozinho pela corrupção alheia, enquanto a ex-governadora conseguiu se livrar da responsabilidade.
Talvez seja esse o fato que motivou o rompimento do senador João Alberto com Roseana Sarney há alguns meses atrás. Alguns acreditavam que o rompimento decorreu de divergências sobre as eleições municipais. Mas a aliados, o senador tem confessado que a sua maior decepção é com sua falta de lealdade e capacidade de transferir para os outros a culpa que verdadeiramente lhe cabe.
NÃO É COMIGO
Roseana Sarney tem se notabilizado na vida pública ao transferir as responsabilidades pelos seus atos e pelos escândalos de corrupção em seus governos a assessores e aliados.
Na última semana o Ministério Público divulgou denúncia oferecida contra Roseana, dois ex-secretários de Fazenda e dois ex-procuradores-gerais do Estado do seu Governo e outros, em esquema que pode ter causado prejuízo de R$ 410 milhões aos cofres estaduais. Logo após a divulgação da denúncia, ela divulgou nota colocando toda a culpa pelos atos de corrupção aos ex-procuradores-gerais do Estado Marcos Lobo e Helena Haickel. A Justiça não aceitou a desculpa, recebeu a denúncia e a ex-governadora agora sentará no banco dos réus em mais uma ação penal.
No mês de junho a Justiça recebeu outra denúncia contra a ex-mandatária do Maranhão e seu cunhado, Ricardo Murad, ex-secretário de Saúde, por desvios em contratos para a construção de unidades hospitalares no valor de R$ 57 milhões. Na época, a ex-governadora divulgou nota colocando toda a culpa no cunhado, alegando que em “nenhum momento autorizou despesas ou interferiu administrativamente” na gestão do ex-secretário de Saúde de seu Governo.
Em 2014, a Polícia Federal descobriu o pagamento de propina de R$ 3 milhões para que a então governadora assinasse um acordo com a construtora Constran, envolvida na Lava Jato. A descoberta do esquema resultou na prisão do doleiro Alberto Yousseff no Hotel Luzeiros, em São Luís, exatamente quando ele trazia uma parte da propina em mala que depois seria entregue por um assessor dentro do Palácio dos Leões ao então chefe da Casa Civil do seu governo, João Abreu.
Com o escândalo noticiado em fevereiro de 2014, a filha querida do velho oligarca desistiu de concorrer ao Senado, pois teve medo de renunciar o mandato e ser presa por decisão do juiz Sérgio Moro. Na época, para se livrar da acusação, soltou nota colocando a culpa pelo ato de corrupção do seu Governo no Tribunal de Justiça, que rebateu prontamente a acusação.
No ano seguinte, com o prosseguimento das investigações, João Abreu foi preso e agora é réu sozinho em uma ação penal por ter recebido o dinheiro da propina.
Mesmo tendo assinado o acordo objeto da corrupção, Roseana acabou não sendo denunciada e nunca divulgou uma nota em solidariedade ao ex-assessor, João Abreu. Muitos apostavam em uma delação premiada de Abreu, entregando os verdadeiros destinatários da propina para se livrar da cadeia.
Mas até agora o João tem agido com lealdade, assumindo a culpa sozinho pelo escândalo.
Garrone vc está chegando em um baixo nível muito grande por falta o que fazer! Conteúdo sem prova.
como sem provas? leia os documentos!!!!!
Para João Alberto, isto é café pequeno, uma culpazinha dessas, 500 milzinho para devolver no lugar da “branca”, João Carcará não estribucha não, ele é capaz de levar outro tapa na cara por isso. João Alberto só fala com Roseana Sarney, na distancia do braço de Roseana, mais perto ele pode levar outra braçada, e o velho Sarney vivo vai ver o revide de Carcará, João Alberto não supotará outro tapa na cara sem revidar, ai já viu no que vai dar.
Mas João Alberto aguenta ou segura a culpa, ele é um fiel escudeiro da oligarquia, enquanto Sarney estiver vivo, o fiel canino vai cheirar-lhe os pés. João Abreu foi preso, está ai, e nada mais aconteceu com ele.