Novos ataques contra a união Lula/Flávio Dino chegam à internet

Lula e Flávio Dino
Parece que está incomodando a aproximação política entre a maior liderança política da esquerda brasileira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma das lideranças emergentes da esquerda, o governador Flávio Dino.
A aproximação gradual e cada vez mais efetiva é natural, pela proximidade ideológica de ambos, que ficou comprometida no passado pela aliança nacional de Lula com a família Sarney, a quem Dino fazia oposição no Maranhão.
O impeachment de Dilma parece ter sido o marco reparador desse distanciamento forçado. Sarney não moveu uma palha para salvar a ex-presidenta, de quem seu aliado Lobão foi ministro eterno das Minas e Energia. E sua filha, Roseana, atuou diretamente para articular o impeachment.
Enquanto isso, o governador Flávio Dino se expôs de perto aberto para denunciar o golpe ora em curso. Assim como o fez na eleição seguinte, para defender o candidato do PT, Fernando Haddad. E como tem feito permanentemente para defesa do ex-presidente Lula da perseguição jurídica que vem sofrendo.
A reaproximação dos dois foi selada na visita do ex-presidente ao Maranhão em 2018, como ponto final da Caravana Lula Livre, em que o próprio fez um ato em frente ao Palácio dos Leões.
Agora a união natural dos dois líderes, que pode marcar uma transição geracional na esquerda, está incomodando. Uma prova disso foram os ataques ao vídeo da live que os dois fizeram juntos há cerca de um mês. Com 255 mil visualizações, o vídeo está entre os 5 mais vistos do canal do ex-presidente Lula. Mesmo com bom desempenho, teve seu alcance reduzido pois foi alvo de nada menos que 109 mil “descurtidas”. A ação de clicar deslike em um vídeo é conhecida como forma de reduzir sua capacidade de visualização. O Youtube entende que aquele conteúdo não é considerado apropriado por seus usuários e reduz sua visualização.
O resultado é que o vídeo original, postado pelo canal do Instituto Lula na plataforma, não aparece em nenhuma busca feita. É preciso entrar diretamente no canal para achá-lo. A solução encontrada pela militância dos dois partidos (PT e PCdoB) foi republicar o vídeo em outros canais.