Folha nega a História de São Luís para fazer de Salvador a capital dos azulejos

Antes de ser adotado em Portugal, o uso de azulejos nas fachadas das residências, já era comum em São Luís. A cidade hoje preserva o maior aglomerado urbano de azulejos dos séculos XVIII e XIX, em toda a América Latina. 

Rua Portugal, no centro histórico de São Luís

Excluída dos investimentos da indústria, e por consequência, dos roteiros turísticos, a capital maranhense sempre foi tratada como uma curiosidade; uma ameaça aos rendimentos projetados a ser afastada.

Não foi à toa que a Folha de São Paulo resolveu tirar São Luís do mapa para transformar Salvador em única referência dos azulejos portugueses no Brasil.

A coluna digital web stories (série de imagens com legendas que resumem o fato contado) narra em 11 fotos sequenciais a história dessa azulejaria no país.

Olhou, clicou e em não mais do que dois minutos, as webstories são adequadas à superficialidade do leitor de título ou no máximo de orelha de livros.

Depois de “contar” a origem, o significado, a importância e virar objeto do desejo, a Folha destaca na parte superior da 9ª foto, que “a maior concentração de azulejos portugueses está no litoral nordestino, especialmente na capital do Brasil Colonial, Salvador”

Assim mesmo, sem ponto final, virgula, reticências…

No clique seguinte, completa na parte inferior da 10ª foto:

“E no estado do Maranhão, alvo das invasões holandesas de 1641 a 1644”

Perceberam, que além de generalizar, ainda por cima destaca as invasões holandesas?

Salvador, segundo na Folha, virou a capital dos azulejos!

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