Flávio Dino e o pânico dos sarneysistas que só compreendem a Política sob o jugo do Governo
Mal, ou sem pedir licença à gramática, mau, acostumados com a lista fechada imposta pelos “donos do Maranhão”, a mídia sarneysista não consegue compreender a atividade política sem o julgo de seus patrões, que definiam seus candidatos majoritários e obrigavam os partidos a apoiá-los; doa a quem doer.
O resultado é um conjunto de disparates no intuito de criar uma crise entre o deputado federal José Reinaldo (PSB) e o governador Flávio Dino (PCdoB) por não ter declarado apoio à sua candidatura ao Senado e “ignorado” o ato promovido pelo prefeito de Tuntum, Cleomar Tema, para viabilizar o nome do ex-governador.
Em pânico com o exercício político e de governo de Flávio Dino não abarcado pelo campo de visão permitido por suas viseiras, a tropa desempestou-se com a postura do governador em não declarar preferências e impor os nomes para compor a chapa majoritária, como sempre fizera a ex-governadora Roseana Sarney.
A tropa apela e utiliza argumentos falaciosos para fazer crer que a ausência de Dino é mais um sintoma do desprestígio de José Reinaldo, ressaltado por sua presença no dia seguinte na convenção que reconduziu o vice-governador Carlos Brandão ao comando do PSDB.
Um absurdo somente possível pela estreiteza típica do uso de antolhos, o sinônimo de viseira, que obstrui a realidade e são necessários para fazer o animal de carga andar em linha reta, sem os riscos de se perder em uma outra versão da História.
Esta visão limitada é que permite situar um evento partidário e um ato pré-eleitoral no mesmo horizonte. E considerar a presença do presidente do PCdoB, Márcio Jerry, no evento uma espécie de deboche por ser um conhecido desafeto de José Reinaldo e ter declarado apoio ao candidato do PDT, Weverton Rocha.
Confirmando o padre Antônio Vieira esta é mais uma mentira do céu maranhense, revelada ao confundirem propositalmente uma suposta posição pessoal com a posição do dirigente partidário, ainda mais quando o objetivo é conquistar as duas vagas do Senado.
Ao contrário dos Sarneys e repetindo o que fizera em 2016, ao não se manifestar no primeiro turno das eleições municipais em respeito as candidaturas aliadas – isto é o que mais os incomoda – Flávio Dino não tem participado de atos políticos dos pré-candidatos para não melindrar outros partidos, caso pretendam, de lançarem seus candidatos e assim garantir através do diálogo uma coligação ampla em torno de sua reeleição em 2018.
Embora a tropa não tenha onomatopaicamente dito nada, Flávio também não compareceu aos atos políticos em apoio à candidatura de Weverton Rocha (PDT) em Codó e Santa Inês.
Além dos dois pré-candidatos anunciados, os deputados federais Waldir Maranhão (PP) e Eliziane Gama (PPS) – essa recentemente mais discreta – também expressaram seus desejos em disputar o Senado.
Se haverá mais de dois candidatos ou não, essa decisão será tomada pelos partidos de acordo com avaliações futuras sobre os riscos de uma disputa interna facilitar a conquista de uma das vagas pelo candidato do grupo Sarney.
O mesmo ocorrera em 2014 com José Reinaldo e Domingos Dutra, então pré-candidatos, que abdicaram de suas pretenções após uma reunião com todos os partidos da coligação majoritária ao governo para apoiar Roberto Rocha (PSB), como candidato único do grupo à vaga no Senado.
Já a escolha dos nomes para disputas majoritárias do grupo Sarney sempre foi exclusiva da famiglia, de acordo com seus interesses pessoais, políticos e econômicos.
Em 2010, por exemplo, situação idêntica ao vindouro 2018, disputava-se duas vagas para o Senado, e Edison Lobão e João Alberto, ambos do PMDB, foram impostos como únicos candidatos em uma aliança com 14 partidos (PT/ PR/ PP/ PV/ DEM/ PTB/ PSL/ PTN/ PSC/ PHS/ PTdoB/ PRP/ PRTB/ PTB), todos submissos e temerosos ao poder dos Leões.
Uma prática recorrente no Maranhão por mais de 40 anos, que acabou se transformando em um conceito de governo como objeto de força política adquirido no direcionamento dos recursos públicos, independente das necessidades da população.
Vários blogues, a coluna Estado Maior e outros aderentes criaram chifres em cabeça de jumento e agiram no mesmo compasso para fazer andar a carroça sarneysista.
O uso da canga faz o pescoço torto!