Correspondente da Difusora em Brasília diz ao vivo que Weverton tem um pré-candidato à presidência pelo PDT, que é Ciro Gomes, e tem apenas uma simpatia pelo pré-candidato do PT, o ex-presidente Lula. Como se não bastasse, a jornalista Ranielly Veloso ainda vaticina que ao contrário do que prega o senador pedetista a tal frente ampla, é na verdade uma frente contra Flávio Dino

Em meio à euforia plastificada por conta do ‘grande acontecimento político’, que reuniu “mais de dez partidos” em apoio à reeleição de Roberto Rocha (PTB) ao Senado, a correspondente em Brasília da TV Difusora, Ranielly Veloso, não conteve a sua veia jornalística e acabou revelando ao vivo a verdade por trás da conversa fiada do senador e pré-candidato ao governo do Maranhão, Weverton Rocha (PDT).
Ao entrar no ar durante o Jornal da Difusora 1a Edição, na última terça-feira, 3 de maio, Ranielly anuncia entrevista exclusiva com o senador pedetista repercutindo a “frente ampla”, que ela já havia antecipado aos telespectadores da emissora da Camboa.
Intercalando seus comentários com as imagens e áudio da entrevista, após Weverton reproduzir o mesmo lenga-lenga culpando o ex-governador Flávio Dino pelo seu rompimento com o grupo, Ranielly chama o próximo assunto da ‘exclusiva’:
– Bom, ele também agora na sequência, explicou porque está se unindo a Roberto Rocha, de quem ele era rival…Vamos escutar

Por erro na edição, entrou uma outra resposta do senador falando sobre a nacionalização da campanha.
– Primeiro que não é verdade. Não existe ninguém que articulou essa frente em Brasília, que eles estão espalhando […]. Ela foi articulada por nós no Maranhão, e eles tentam nacionalizar. Agente até entende [diz com o sorrisinho maroto] essa estratégia, porque é muito fácil, a essa altura do campeonato, o grupo Brandão dizer que é Lula e o outro grupo, é Bolsonaro. Por uma questão óbvia, o eleitor do Lula no Maranhão é maioria. Mas na prática, todos sabem o meu lado, todos sabem o meu campo – diz Weverton.
Quando volta a falar ao vivo e tentar explicar para o telespectador a que o entrevistado se referia, é que a correspondente entrega o jogo:
– Bom, aí é na verdade ele explica que essa tentativa de dizer que essa articulação dessa frente ampla passou pelas mãos do Bolsonaro, é uma estratégia política para tentar associar imagem desse grupo ao presidente Jair Bolsonaro, que não é bem-visto nas pesquisas de intenção de voto no Maranhão.
Mas, continua Ranyelle Veloso:
– A gente sabe que o Weverton Rocha, no caso, ele tem um pré-candidato pelo PDT que é Ciro Gomes à presidência e tem também simpatia com o pré-candidato à presidência pelo PT, o ex-presidente Lula!
O surto jornalístico não fica por aí. Em seguida à resposta de Weverton enaltecendo a própria grandeza por ter superado as divergências com o senador Roberto Rocha em nome da coletividade, pois não poderia colocar uma briga pessoal por cima do interesse maior, que é enfrentar a extrema pobreza “na maioria ou em grande parte das casas das famílias maranhenses”; a jornalista dispara:
– Adalberto, o que eu apurei aqui em Brasília é que na verdade, a frente ampla está mais para frente contra Flávio Dino, que é candidato ao Senado, já que o Roberto Rocha está à frente nas pesquisas de intenções de voto. Então o objetivo é esse!
