Depoimento de Ernesto Araújo nesta terça na CPI da Covid deixa governo de cabelo em pé

Ernesto Araújo e o fantasma do comunismo – Criação Evan Vucci – Foto: AP

O depoimento do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo na manhã desta terça na CPI da Covid é motivo de apreensão no palácio do Planalto. De temperamento explosivo, teme-se que Araújo aproveite a audiência para se dirigir ao bolsonarismo raiz, disparando contra o governo, por tê-lo jogado às favas em troca do apoio do centrão no Congresso Nacional. A sua passagem pelo Itamaraty foi marcada pelos entraves que criava em seus desvarios ideológicos inspirados em Olavo de Carvalho.  Em um de seus ataques à China , ele apelidou a Covid-19 de ‘comunavírus’.

No dia 1º de Maio, enquanto os fiéis bolsonaristas saíram às ruas abrindo o bocão e gritando “eu autorizo” em mais uma manifestação em defesa do golpe militar no país, Araújo tuitava: “Um governo popular, audaz e visionário foi-se transformando numa administração tecnocrática sem alma nem ideal. Penhoraram o coração do povo ao sistema. O projeto de construir uma grande nação minguou mo projeto de construir uma base parlamentar”.

Os tresloucados seguidores do mito estão à espera de um herói que enfrente os comunistas, defenda a cloroquina e lave-lhes a alma até agora envergonhada pelos depoimentos acovardados do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, que defendeu o uso de máscara e condenou as aglomerações, e do ministro da saúde Marcelo Queiroga, que desprezou o tratamento precoce e se omitiu diante de fatos cruciais à raiz terraplanista .

Os requerimentos de convocação foram apresentados pelos senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que querem explicações sobre a condução da diplomacia brasileira durante a crise sanitária provocada pela covid-19. 

Marcos do Val argumenta que um dos objetivos da comissão parlamentar de inquérito é apurar ações e possíveis omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia, especialmente no agravamento dos casos no Amazonas, com a falta de oxigênio para os pacientes internados.

O parlamentar diz ainda que, no período como ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo “executou na política externa o negacionismo de Jair Bolsonaro na pandemia, o que teria feito o Brasil perder um tempo precioso nas negociações por vacinas e insumos para o combate à doença”.

Já Alessandro Vieira pretende obter informações sobre os exatos termos de atuação do ministério para trazer vacinas e insumos para o Brasil.

Com algumas informações da Agência Senado e Rede Brasil Atual

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