Denúncia de rachadinha envolvendo Michelle coloca ex-senador Rocha dentro do caixa 2
Se até aqui o ex-senador Roberto Rocha é citado pela imprensa apenas como o dono do gabinete que empregou como cargo de confiança, Rosimary Cardoso Cordeiro, a titular do cartão de crédito que bancava as compras da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro; a nova denúncia do site Metrópoles sobre rachadinha envolvendo um salário pago por seu gabinete, faz dele uma possível cabeça do esquema.
Em 2019, logo após a posse de Jair Bolsonaro, conforme demonstrado por este blog, Roberto Rocha aumentou em 116% o salário de Rosimary Cordeiro, que passou de 6 para R$ 17 mil.
Segundo o site Metrópoles, foi a partir desse aumento que Rosimary passou “a enviar para a primeira-dama “encomendas” regulares – muitas vezes, envelopes cujo o conteúdo era possível identificar no tato: dinheiro em espécie”
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De acordo com a tabela abaixo, Rosimary saiu de Auxiliar Parlamentar Intermediário com salário de RS 6.082,47 à Assessor Parlamentar e vencimento de 17.319,31.
Assim como quem não quer nada, ela deu um salto da 7a para 15a posição, o topo, o maior salário do gabinete de Roberto Rocha.
O acréscimo de R$ 11.236,84 teria que ser compensado com exoneração ou rebaixamento de assessores empossados no gabinete.
O termo rachadinha ganhou fama e significado com as acusações contra Flávio Bolsonaro de receber parte dos salários de seus assessores, quando ainda deputado estadual no Rio de Janeiro.
Roberto aumenta salário de Rosimary em R$ 11 mil. Com o aumento, Rosimary começa a repassar envelopes para Michelly.
Quem é que está repassando dinheiro para Michelle?