Logo
  • Coronel revela temperamento explosivo de militar preso por agredir procurador geral do Estado

        O tenente coronel Ciro Nunes: preso em flagrante por agredir procurador geral do Estado

    O Procurador Geral do Estado, Rodrigo Maia: vítima da agressão de um militar inconformado com as ações da PGE

    Preso em flagrante acusado de agredir o procurador geral do Estado, Rodrigo Maia, o tenente coronel Ciro Nunes Alves da Silva terá dificuldade em convencer as autoridades policiais da sua versão para o caso depois que o depoimento do subcomandante geral da PMMA, cel QOPM Jorge Allen Guerra Luongo revelou o seu temperamento explosivo.

    Ciro Nunes alega que apenas bateu com o dedo indicador no peito do procurador pedindo respeito em reação ao deboche que este teria feito ao encontrá-lo na porta do Tribunal de Justiça no início da tarde de sexta-feira em companhia do juiz Sebastião Bonfim, e perguntado se ele estava se distraindo com os processos que move contra o Estado.

    A PGE recorreu da decisão judicial que obrigava o comando da PM a promovê-lo a coronel, uma patente que acha ser sua por direito desde 2008, pelo tempo de serviço prestado à corporação.

    No entanto, o testemunho do subcomandante da PMMA corrobora com a ocorrência registrada por Maia sobre o destempero do tenente coronel, que inconformado com a ação da procuradoria, o esperou sair do TJ para agredí-lo com empurrões e xingamentos, ao mesmo tempo que batia no seu peito de forma incisiva e aviltante.

    O subcomandante da PMMA, coronel Luongo, revelou o temperamento explosivo do oficial Ciro Nunes

    O  coronel Luongo  disse à polícia que durante uma reunião que teve com o oficial para tratar da denúncia e avisá-lo da sua condução à Secretaria de Segurança Pública, ele se exaltou e se levantou para enfrentá-lo,  não chegando às vias de fato por obra do coronel Sá, que estava presente e ficou entre os dois.

    “ O tenente coronel Ciro ficou nervoso, chegando a lagrimejar, ficar trêmulo e com o rosto vermelho”, depôs o subcomandante da PMMA.

    Segundo o depoimento de Rodrigo Maia, o tenente coronel se exaltava cada vez mais e só não lhe bateu  graças à intervenção dos policiais militares que prestavam serviço na sede do TJ.   

    A coincidência dos testemunhos sobre a reação de Ciro Nunes Alves da Silva, tanto no quartel da PM como em frente ao Palácio Clóvis Bevillacqua, denotam a ameaça que representa um militar armado e sem controle de suas emoções.

    Se durante a reunião com o seu oficial superior ele se levantou para enfrentá-lo, imagina no que pode resultar a sua impetuosidade diante de qualquer bate-boca, seja no trânsito ou em situações onde se sinta prejudicado, como foi o caso da “discussão” com Rodrigo Maia?

    E o pior é quando pedem respeito!

    Leia os depoimentos*

    *Reprodução do que foi publicado ainda na noite de sexta pelo blog do Caio Hostilio

    3 comentários para “Coronel revela temperamento explosivo de militar preso por agredir procurador geral do Estado

    1. Skull MA disse:

      Ao TC Ciro foi imputada a conduta descrita no art. 344 do CP.

      Art. 344 – Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
      Chamar de moleque não é ameaçar, sem contar que tem outro FATO INTERESSANTE, em seu depoimento o Procurador Rodrigo Maia afirmou que NÃO LITIGA no processo do TC Ciro, dizendo ainda que o responsável pelo mesmo é o PROCURADOR OSMAR, ora, se ele não atua, então conclui-se que a conduta atribuída ao TC Ciro com base no art. 344 não existiu, não encontra legalidade, ou seja, atribuíram ao mesmo a suposta prática de crime inexistente, e isso por si só justifica a imediata soltura do TC Ciro mediante HC.
      Ademais, para que se configure o crime de coação no curso do processo, necessário que o agente, com o fito de favorecer a si ou a terceiro em processo judicial, policial, administrativo ou juízo arbitral, empregue o uso de violência – no caso, compreendida como a violência física – ou de grave ameaça, atentando contra o Estado, bem como contra os demais sujeitos passivos elencados no tipo. A “grave ameaça” a que se refere o art. 344 , do CP caracteriza-se pela violência moral grave capaz de atemorizar a vítima, frente à promessa de causação de um mal possível, verossímil e considerável. Hipótese em que o termo Moleque lançado não se mostra grave o suficiente a ponto de incutir justificável receio à vítima. De outra parte, o tipo em questão exige a especial finalidade de favorecer interesse próprio ou alheio, intenção não demonstrada pelo agente na espécie ,porquanto a suposta ameaça não visou obstar o curso do processo, pois o interesse do TC Ciro é GARANTIR o Direito pleiteado pelo mesmo, não interromper o curso do processo.
      Quanto a tipificação de injúria descrita no art. 140, também atribuída ao TC Ciro, deve ser apurada em sede de Inquérito Policial Militar, pois segundo consta, o citado Oficial PM estava no TJMA em ato de serviço, estando a conduta de injúria também prevista no Código Penal Militar, portanto, nessa situação o APF é NULO, tendo ocorrido um Flagrante Abuso de Autoridade.

    2. Lobo disse:

      Viva a Repúblika Demokrática do Maranhão e sua casta de intocáveis.

    3. Antonio Carlos Carlos disse:

      Parece que tinha outro comentario, me parece do Macabeu, cadê?.
      Pois bem, vamos lá, na minha opinião não se aborda ninguém assim em frente ao TJ.
      Se faz contestação à justiça através de advogado. O TC errou pq levou para lado pessoal, não se resolver nada na marra, mas sim com diálogo e convencimento.
      Outra coisa, nada demais em o coronel ser preso, isto e normal no cotidiano da PM, cadeia não ficou só para soldado raso.
      O TC tem que procurar um bom advogado, entra com outra petição e aguardar resultados, afinal o soldo de um TC está muito, muiro razoável, não esta tão mau assim.
      Agora, que foi um exagero foi.

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Deu no D.O

    • A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar. 
  • Fale com o Garrone

    (98) 99116-8479 raimundogarrone@uol.com.br
  • Rádio Timbira

    Rádio Timbira Ao Vivo