CNJ condena e afasta Nelma Sarney por dois anos
O Conselho Nacional de Justiça afasta Nelma Sarney por dois anos, e afastou as imputações contra o juiz Clésio Cunha, acompanhando o voto do relator José Rotando.
O CNJ julgou Processo Administrativo Disciplinar instaurado dia 6 de novembro de 2018 contra a desembargadora e o juiz Clesio Cunha, acusados de favorecer josé Mauro Bezerra de Arouche.
Entenda o caso
Arouche era assessor da desembargadora e recorreu dos resultados das provas ainda em 2009, com pedido de liminar para que suas respostas fossem revisadas.
A revalidação, no entanto, não mudou os resultados. A pedido, o processo foi encaminhado para o gabinete da desembargadora até ser definidamente arquivado em 2011.
Com a eleição de Nelma Sarney para a Corregedoria do Tribunal de Justiça em 2014, Arouche protocola um novo processo pedindo, desta vez, a revisão da sua nota.
É quando entra em cena o juiz Clesio Cunha.
Por decisão da corregedora, Cunha cobre às férias do titular da 5ª Vara da Fazenda Púbica e fica responsável por julgar o novo pedido de Arouche.
Segundo o relatório do então corregedor do CNJ, responsável pelo pedido de abertura do PAD, Humberto Martins, a magistrada se aproveitou do seu poder e fez uma série de manobras para favorecer o seu ex-assessor. Tudo com a luxuosa colaboração de Clesio Cunha.