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  • Caso PSDB desembarque do governo Temer, Rocha espera ética de Aécio para não ficar à deriva

    Depois de trair o PSB para apoiar Temer e arrematar o PSDB no MA, Roberto Rocha poderá dar com os burros n’água, caso tucanos desembarquem do governo federal

    Depois de trair o seu partido o PSB e continuar na base do governo Temer (PMDB) na expectativa de arrematar o comando do PSDB no Maranhão, o senador Roberto Rocha corre o risco de dar com os burros n’água!

    Embora tenha votado no Conselho de Ética do Senado pelo arquivamento definitivo da representação por quebra de decoro parlamentar contra o tucano Aécio Neves, ele não encontrará guarita no PSDB caso não rompa ou demonstre uma certa independência do Palácio do Planalto, ao qual se agarrou com unhas e dentes.

    Se Rocha acreditava que seria recompensado com a direção estadual do PSDB ao apoiar o presidente Temer, declarações do presidente interino da legenda, o senador Tasso Jereissati (CE), revelam que dificilmente ele alcançará seus objetivos ao apostar na defesa do governo.

    Tasso Jereissati: Estamos chegando na ingovernabilidade e tem que haver agora um acordo para dar estabilidade mínima para se chegar a 2018

    Na quinta-feira, Jereissati argumentou que o Brasil está “chegando na ingovernabilidade” para justificar a cassação de Temer, ao mesmo tempo que fez campanha para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como eventual substituto em uma eleição indireta, por ter  “condições de conduzir a transição do país até as eleições de 2018”.

    O senador cearense reflete o crescimento do movimento de “desembarque”, articulado pelos representantes da sigla na Câmara e no Senado.

    De acordo com seus cálculos, dos sete deputados que fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça apenas um ou dois pretende votar pelo não recebimento da denúncia da Procuradoria Geral da República contra Michel Temer, por crime de corrupção passiva.  

    No Senado, o jornal Folha de São Paulo confirmou que apenas o líder Paulo Bauer (SC) defende a permanência no governo, enquanto Aécio Neves mantém a tradição do partido e ficou em cima do muro sem expressar sua opinião. Os outros nove senadores da bancada advogaram pelo “desembarque”.

    O próprio Temer já não conta com o PSDB para salvar o seu mandato, o que atrapalha ainda mais os plans de Roberto Rocha. Segundo a Folha em sua coluna Painel,  com o distanciamento do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e os sinais cada vez mais fortes de que a maioria do PSDB quer deixar o governo, Michel Temer joga todas as fichas de sua sobrevivência na aliança com partidos do considerado centrão, como o PTB, o PP e o Solidariedade.

    A chance dessas legendas se livrarem do domínio de Roberto Rocha no Maranhão depende da decisão de Aécio Neves se vai ou não retomar, após licença forçada diante do seu afastamento do mandato de senador determinado pelo Supremo Tribunal Federal, a presidência do PSDB. Na última sexta-feira, dia 30 de junho, depois de 46 dias, ele retornou às suas atividades políticas

    Mesmo que reassuma o comando dos tucanos e atenda a maioria da bancada desembarcando do governo federal, Neves pode retribuir “eticamente” o voto do senador maranhense contrário à cassação do seu mandato com a direção da legenda no estado, mesmo que este continue aliado de Temer e possa não seguir as orientações partidárias, a exemplo do que fez com o PSB.

    É essa a moeda de troca com que se define, seja cara ou coroa, o destino do País!

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