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  • POBRE SEM DIREITO À FESTA

    “Carnaval é bom? É. Mas que cada um faça com seu dinheiro. Eu faço com meu dinheiro, você faz com seu dinheiro”, recomenda Nicolau

    Nicolau precisa levar mais a sério o carnaval, até mesmo pra combatê-lo

    Travando uma cruzada contra a realização do carnaval em municípios com problemas nas áreas de saúde e educação, o procurador-geral de Justiça Eduardo Nicolau defendeu nesta quinta-feira que a brincadeira seja exclusiva de quem paga, e que, quem não pode pagar, que se contente com os recursos do governo do estado.

    – O carnaval é bom?  É, mas que cada um faça com seu dinheiro. Eu eu faço meu dinheiro, você faz o seu dinheiro. – disse.

    No entanto, ele poderia levar mais a sério o Carnaval, independente de atuar na acusação ou na defesa. E não ficar batendo boca e dizendo coisas ao vento, como sugerir a redução dos custos da folia contratando os músicos maranhenses, a exemplo do que acontece na terra do axé

    -Veja se lá em Salvador se contrata alguém de fora, se não é só o povo da Bahia… veja Recife, é a mesma coisa

    Mais exaltado do que da última vez que esteve na Federação dos Municípios para tratar do assunto,  o PGJ trocou convicções com jornalistas e ameaçou processar prefeitos que não obedecessem suas recomendações de reduzir gastos ou de deixar de fazer o carnaval.

    Nicolau perde a oportunidade de levantar um debate que há anos se faz necessário. E envereda por falácias e argumentos toscos, como se estivesse em uma guerra de retórica. 

    Faz uso de premissas tragicamente verdadeiras para chegar, através de raciocínios desprovidos de lógica, a conclusões verdadeiras na aparência, na ilusão de ótica que provoca. E sempre fazendo gestos largos, olhos bem abertos…

    A iniciativa do MPE é repleta de razão, mas desde que se entenda combater um grande esquema, alimentado por prefeitos de todo país.

    Nicolau tem se preocupado muito mais em apontar o dedo pra festa do que procurar saber, e instaurar os devidos processos legais, o que teria levado um município a essa situação que o impede de promover a maior festa popular do país.

    Dizer que se reuniu com vários prefeitos em seu gabinete e conseguiu a redução dos valores que seriam investidos no carnaval, sem, no entanto, revelar os números e o destino do recurso, nem fede, nem cheira.

     O nobre procurador precisa entender que meteu o dedo em uma ferida muito mais grave e profunda do que ele possa ou talvez nem queira imaginar.

    No princípio da década de 90, quando em várias partes do país, inclusive no Maranhão, havia um carnaval diferenciado, um grupo de empresários ligados as afiliadas da Rede Globo montou um esquema milionário chamado de Carnaval Fora de Época.

    Em contrapartida, o carnaval de Cururupu, considerado o melhor do interior do estado sumiu. E sem que ninguém percebesse Pinheiro tomou o seu lugar.

    É bom também que se tenha a dimensão do respeito com a maioria da população, que tem no carnaval oportunidade única de assistir um show ao vivo com o artista ou banda que ama, por serem os únicos que batem em seus ouvidos através das plataformas e outros meios de conquista e sedução.

    O que se espera de um operador do Direito é que ele não faça de uma boa causa o motivo de sua derrota.

     .

    Assista a íntegra e acredite se quiser

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