Camarão, Brandão, Lula e Flávio

Para quem imaginava que o governador Carlos Brandão (PSB) seria um governador sem iniciativa própria e teria sua administração atrelada ao futuro senador Flávio Dino começa a dar com os burros n’água. E bem antes de iniciar o seu segundo mandato a qual foi reeleito dia 2 de outubro.

E a personalidade e independência de Brandão vêm se mostrando exatamente na forma com que assumiu a campanha de Lula neste segundo turno.

A sua defesa do que considera o melhor para o país chamou a atenção da mídia nacional , antes somente com os olhos voltados para Flávio Dino.

Nesta terça-feira, por exemplo, a Folha de São Paulo destaca entrevista com o governador, onde ele chama atenção para os riscos da apatia e assegura que o centrão será sempre governo.

“Não podemos deixar a eleição esfriar. Houve a eleição no domingo (2), e na segunda-feira (3) já fizemos uma caminhada. Depois uma agenda com prefeitos e vice-prefeitos e outra com ex-prefeitos. A tendência natural, quando só há o candidato a presidente, é uma redução na mobilização. Tivemos 23% de abstenção, mas a gente tem uma preocupação de que isso não aumente no segundo turno.” , diz.

Na entrevista Brandão ainda fala que no caso da reeleição de Bolsonaro, ele como governador evidentemente tentará buscar o diálogo com o governo federal, mas antecipa que isso será colocado em prática por Bolsonaro, visto que durante o seu primeiro mandato, os governadores tentaram dialogarem mas não encontraram em momento alguma disposição do Planalto.

“A gente não conseguiu fazer uma reunião produtiva, para discutir os problemas do país, as obras estruturantes de cada estado. Eu defendo que a gente tente mais uma vez alguma parceria [se Bolsonaro vencer], até para não dizer que não tentamos. Mas pelo perfil do presidente Bolsonaro, parece que ele não tem muito interesse”, disse.

O Governador também ressalta que o seu governo será aberto a todos, sem distinção partidária, pois o palanque foi desmontado desde os resultados de 2 de outubro. Ele diz que pretende governar com uma base ampla na Assembleia, que incluirá até o PL, já interessado numa composição política.

O sr. teme pela democracia se o presidente Bolsonaro se reeleger? Pode haver uma guinada autoritária?, pergunta a Folha.

“ Durante esse período na Presidência, os gestos dele preocuparam. Enfrentamento ao Congresso, ao Supremo. A gente tem de ter os Poderes de forma harmônica e independente. É isso que é direita? Se for eu estou fora. Não vejo muita pré-disposição de mudança. Até pelo jeito, pelo temperamento. Não vejo ele como um líder de diálogo. A gente tem que desarmar o palanque. Eu me conduzi de modo diferente aqui. Nos debates, não parti para a agressão. Acabou a eleição, o palanque está desmontado. Estou aberto aqui no Palácio dos Leões [sede do governo] para receber qualquer deputado. Receber não significa que terá privilégio. É lógico que nossos apoiadores terão uma atenção diferenciada, mas os que não apoiarem não serão discriminados.” ,avisa Brandão.

A independência, iniciativa e capacidade demonstrados por Brandão solidifica ainda mais a aliança com Flávio Dino. O Maranhão tem agora duas grande lideranças unidas em um só propósito: colocar o estado à serviço dos que mais precisam.

Leia a Entrevista completa Aqui

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