Câmara presta um serviço ao eleitor ao alertar sobre os riscos de eleger quem não paga impostos
Acusar o vereador e candidato a prefeito de São Luís, Fábio Câmara (PMDB), de virar laranja do candidato Edivaldo Holanda (PDT) por utilizar o seu horário eleitoral para alertar a população sobre os riscos de eleger um prefeito que não paga IPTU, é desrespeitar o eleitor e o seu o direito primordial à informação para decidir o que é melhor para São Luís.
É considerar que o seu voto é produto de propaganda eleitoral, pela incapacidade de refletir sobre o mundo que lhe cerca.
Distorcem grosseiramente a realidade para minimizar as denúncias, todas documentadas, que pesam contra o candidato Wellington do Curso (PP), o segundo colocado nas pesquisas, classificando-as de factóides, perseguição, ou como no caso de Fábio Câmara, de servir apenas para beneficiar o atual prefeito.
Na verdade, beneficiar Edivaldo é acreditar que o alerta de Fábio Câmara sobre os riscos de eleger um prefeito que não paga impostos foi para beneficiá-lo!
Em primeiro lugar, se os ataques de Câmara fossem para beneficiar algum candidato, seria Eliziane Gama (PPS), a terceira colocada nas pesquisas, que ainda sonha em disputar o segundo turno.
Em segundo lugar – e este mais absurdo ainda – é considerar que o papel dos candidatos é combater a atual gestão como se fora uma questão pessoal, e não uma defesa no que acredita ser o melhor para São Luís.
Por isso mesmo devem não somente apontar, de acordo com o que entendem, o que significa a reeleição de Edivaldo Holanda, mas também o que representa a eleição de um candidato que não paga suas obrigações tributárias, como faz Câmara.
O candidato sonegador– Quem não paga imposto não tem moral para ser prefeito. Sonegar imposto é tirar criança da escola e leito de hospital – diz as inserções do candidato do PMDB.
Afinal, levantamento do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional revela que a sonegação de impostos é sete vezes maior do que é desviado pela corrupção no Brasil.
Em 2016 o País vai deixar de arrecadar R$ 500 bilhões devido à sonegação, o dobro do que é gasto com Saúde, Educação, Habitação, Bolsa Família e Seguro-desemprego. Os débitos tributários inscritos na Dívida Ativa da União já chega a R$ 1,162 trilhão.
Além de ter a empresa Gradual Sistema Potencial de Ensino Ltda, razão social do Curso Wellington, que está em nome da mãe, Iracema de Castro Bezerra, e do irmão, José Carlos de Castro Bezerra, inscrita na Dívida Ativa do Município por não pagamento do Imposto Sobre Serviço, ele não paga o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) desde 2006.
Como se não bastasse, o do Curso também responde na Justiça por invadir terreno público na área da Via Expressa, segundo denúncia da Procuradoria Geral do Estado feita em 2013.
Se Fábio Câmara for laranja, ele tem marimbondo no pé!
Mais grave do que sonegar imposto, é desviar 33 milhões de reais dos cofres públicos para fazer caixa para campanha eleitoral. De desvio de dinheiro público, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior entende muito bem, não é, Garrone?
Quem deu ordem para quebra do sigilo fiscal, sem ordem judicial é crime.