Bolsonaro alisa Moro, mas manda Carluxo espetá-lo
Publicamente, Jair Bolsonaro voltou a mostrar que ele e Sergio Moro estão unidos com unha e carne.
Exibiu o ex-juiz na ONU como o grande fiador da suposta anticorrupção de seu governo e mandou espalhar, nos prédios da Esplanada dos Ministérios, outdoors em favor do cambaleante pacote anticrime do ex-juiz.
Ao mesmo tempo, pelo Twitter, mandou o filhote Carlos partir para cima do Podemos, partido que se enrosca em Moro oferecendo-se como alternativa para suas ambições políticas.
E que abre as portas para os inúmeros insatisfeitos com as brigas de botequim do PSL.
Nas palavras de Carluxo, o Podemos “quer tomar o lugar de um partido vermelho”.
A razão é que os “comunistas” de Álvaro Dias ameaçam levar quase a metade da bancada de deputados do PSL, partido do presidente e ganhar força para fazer na Câmara, com o reacionaríssimo Novo, um poderoso núcleo lavajatista, como há no Senado, onde o podemos rivaliza com o MDB como maior bancada.
O casamento de conveniência entre Bolsonaro e Moro voltou a guardar as aparências, mas só na superfície, como acontece nestas relações de interesse puro.