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    Assessora de Rocha dona de cartão que banca Michelle teve aumento de 116% no salário após posse de Bolsonaro em 2019

    Foto original sem o corte da imagem de Roberto Rocha publicado pelo Metrópoles

     Reportagem publicada pelo site Metropóles sobre existência de caixa 2 para bancar as contas do clã Bolsonaro nos moldes da rachadinha carioca de Flávio Bolsonaro se limitou a citar o nome do senador Roberto Rocha (PTB/MA), como o dono do gabinete onde Rosimary Cardoso Cordeiro, a titular do cartão de crédito utilizado nas compras de Michele Bolsonaro, está lotada.

    O que, por mais esforço faça – o site também cortou a imagem do senador em foto ao lado de sua assessora e do próprio Bolsonaro no avião presidencial – não significa que a situação do parlamentar maranhense seja a de mero coadjuvante. 

    Ele pode até ser uma espécie de fica-com-a-sobra, personagem que se favorece com o troco e as gorjetas dos altos coturnos de um esquema, que pensa que faz ou sonha um dia fazer parte.

    As circunstâncias que envolvem o nome de sua assistente comissionada, o tempo de serviço e a velocidade dos aumentos no salário, não é café pequeno.

    Rosimary mal foi nomeada em fevereiro de 2015 com salário de R$ 3.178,10, teve aumento de 75% no mês seguinte. O vencimento subiu para R$ 5.561,68.

    Nos 3 anos posteriores a progressão salarial reduziu. Chegou em dezembro de 2018, após a vitória de Bolsonaro nas urnas eletrônicas, com R$ 6.456,67.

    A recompensa, no entanto, veio com a posse. Em maio de 2019, Roberto Rocha aumentou o salário de Rosemary para R$ 17.207,80.

    Um aumento de R$ 166,51%!

    Segundo os jornalistas Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, autores da matéria publicada pelo Metrópoles, Rosimary é  amiga íntima de Michelle Bolsonaro, “desde o tempo em que as duas trabalhavam na Câmara assessorando deputados”.

    Rosi, como os mais próximos a chamam é apontada como a pessoa que aproximou Bolsonaro e Michelle, quando o ex-presidente não tinha sequer atração do poder. 

    O que teria levado o senador Rocha a contratar os serviços de Rosimary em 2015, bem antes de Bolsonaro se eleger presidente é um mistério.

    Agora, o que o teria motivado a triplicar o salário da amiga íntima de Michelle logo após aa posse do presidente, não é difícil imaginar.

    Roberto apadrinhou cargos na estrutura do governo federal, inclusive na desejada Codevasf. Várias obras patrocinadas com recursos de suas emendas, através da Companhia, estão paradas no Sul do Maranhão. 

    Em abril do ano passado o STF incluiu o seu nome do rol dos investigados por suspeita de desvio de emendas parlamentares.

    Michelle, Rosimary e Maura Jorge: oh derrota

    No presente caso, os policiais que atuam no inquérito sob o comando do ministro Alexandre de Moraes, confirmam que há uma grave semelhança entre o suposto esquema da rachadinha aplicado por Flávio Bolsonaro quando deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e o uso do cartão corporativo da presidência no pagamento das contas do Clã.

    Os cheques de Queiroz foram substituídos pelo cartão de crédito da servidora de confiança do senador Roberto Rocha.

    Em 2022 Rosimary viajou pelo país fazendo campanha ao lado da amiga íntima Michelle e da então candidata vencedora a uma vaga no Senado, a famosa Damares.

    E isso, sem deixar de receber o salário de R$ 17 mil, e ainda por cima, faturar no mês de dezembro, a título de verba indenizatória R$ 53 mil, segundo consta do Portal da Transparência.

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