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  • SOFISMO

    A falácia e o cabide capcioso utilizado por César Pires para criminalizar o Complexo Portuário do Maranhão

    César Pires: discurso capcioso no plenário da Assembleia

    O deputado César Pires (PV) precisa voltar a estudar ou pelo menos minimamente pesquisar para que possa fundamentar suas críticas ao governo Flávio Dino (PCdoB), para não incorrer no ridículo comum a quem chuta sem saber o que propriamente procura acertar.

    Na última quinta-feira, ao discutir o Projeto de Lei 257/2018 (Leia Aqui), de autoria do Governo do Estado, que institui o Complexo Industrial e Portuário do Maranhão, composto de áreas adjacentes ao Porto do Itaqui a portos organizados e de outras áreas integrantes de distritos industriais, a ser administrado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária, Pires demonstrou que a reação do desinformado é a ignorância!

    Com o intuito de dar aparência de verdade e escamotear o seu embarque na nau dos insensatos (“nau cujos passageiros perturbados nem sabem nem se importam para onde estão indo”. Definição do Wikipédia em homenagem a seus discursos recheados de citações), César recorre à tese da federalização do Porto do Itaqui, defendida pelo grupo Sarney, para justificar os motivos que teriam levado o governo a propor a criação do Complexo.

    Embora na Mensagem encaminhada à Assembleia Legislativa, o governador Flávio Dino ressalte que EMAP já é responsável pela administração do Itaqui, do cais de São José de Ribamar e dos terminais de ferry-boat da Ponta de Espera, em São Luís, e do Cujupe, em Alcântara, a versão do deputado se mostra degradante e digna da “nova era”.

    Depois de rogar a Deus que abençoe a todos, ele fecha os olhos para o inciso V do art. 2º, que designa competência à EMAP para “desenvolver outras atividades que lhe sejam delegadas pela União ou suas entidades relativamente à administração portuária”, e professa em seu discurso apenas o art. 1º da Lei 7.225/98 (Leia Aqui), que criou a empresa com a finalidade de administrar e explorar o Porto do Itaqui.

    É a partir dessa má-fé, que ele edifica os argumentos criminais de sua cruzada medieval para combater o projeto dos Leões.     

    Obnubilado pelo desejo de atacar, Pires chega ao cúmulo de deduzir que Flávio Dino teria criado o Complexo para incluir o cais de Ribamar, o Porto Grande e os terminais de ferry-boat ao perceber que poderia perder o Itaqui e o cabide de emprego criado na Emap durante o seu governo. 

    A EMAP administrará o Complexo Portuário do Maranhão

    No entanto, ao denunciar o cabide sem apontar qualquer indício sobre o número e quais cargos estão pendurados no Porto ou fazer comparações com gestões anteriores para servir de parâmetro à quantidade de mão-de-obra necessária, foi o seu comportamento capcioso que saiu do armário.

    E, contrário do deputado que conduz suas teses a partir das elucubrações da própria caixola, o blog disponibiliza o convênio de delegação (Leia Aqui) 016/2000 celebrado entre a União e o Estado do Maranhão, para provar sua nova e triste faceta e expor mais uma mentira descarada de sua narrativa.

    Adivinhem qual o objeto do referido convênio?

    Delegar à EMAP a administração e a exploração, veja bem César Pires, do Porto de Itaqui, do cais de São José de Ribamar, e dos terminais de ferry-boat da Ponta da Espera e do Cujupe!

    Trecho do Convênio de Delegação que expõe mais uma mentira de César Pires

    Para completar, o Porto Grande, o outro porto que integrará o Complexo Portuário, que ele, com ar de quase deboche, diz que nunca “nem ouvir falar” é uma área portuária no Distrito Industrial de São Luís com 128.716,00 m2 e 5.600,00 m2, que após uma operação envolvendo o Ibama (Leia Aqui) deixou de ser administrado pela EMAP para cair no colo da Companhia Docas do Pará e ser leiloado no dia 26 de dezembro de 2018 por R$ 32 mil!

    A Agência Nacional de Transportes Aquaviários – Antaq suspendeu a homologação do leilão, até que a Justiça decida sobre a ilegalidade da rescisão abrupta do termo de cessão que permitia o governo do Maranhão a administrar o Porto Grande até 2021.

    E antes que faça ouvidos de mercador, é bom que saiba que a Servi-Porto, a mesma empresa amiga que por muitos anos, durante os governos Roseana Sarney, ocupou ilegalmente o Porto Grande, faz parte do consórcio vencedor!

    O deputado Neto Evangelista fez educadamente o contraponto aos desaforos de César Pires

    Já a sua abordagem policial dos artigos do projeto de Lei que trata das áreas adjacentes ao Porto do Itaqui e portos organizados e outras autorizações, será analisada em outra situação, após recolher mais informações sobre a questão.

    Em todo o caso, vale ler (Aqui) o rápido, eficiente e educado contraponto feito pelo deputado Neto Evangelista.

    Antes de encerrar, o blog faz questão de destacar o respeito que tem pelo deputado César Pires e espera que ele reveja sua opção pela mentira como forma de combater um adversário político; pois não condiz com quem foi reitor da Universidade Estadual do Maranhão, médico veterinário da cavalaria e do canil da Polícia Militar, e exerce o quarto mandato no legislativo maranhense.

    Afinal, como disse Rousseau (aí não é Google, mas leitura mesmo) em “A Origem da Desigualdade Entre os Homens”, que examinar, como pensa Aristóteles, se o homem não era peludo como um urso e se, caminhando sobre quatro patas, seu olhar voltado para o chão e limitado a um horizonte de alguns passos não marcaria ao mesmo tempo o caráter e o limite de suas ideias, só lhe permitiria formar sobre isso conjecturas vagas e quase imaginárias.

    A César o que é de César!

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