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    O patriota do caminhão e a estrutura psicológica do fascismo. Por Tainá Machado Vargas

    Bolsonarismo se tornou uma nova proposta de fé, de filosofia de vida, que envenena a mente e a alma

    A persona do Bolsonaro é, definitivamente, um marco que nos custará despopularizar – Foto: Evaristo Sá/AFP

    Tainá Machado Vargas *

    Publicado no Brasil de Fato

    No texto de hoje, abordarei como a paixão do bolsonarismo lastimou a ascensão de uma forma prepotente, e muito perigosa, de embrutecimento: a morte em vida produzida pelo fascismo. O bolsonarismo é uma repetição pós-moderna de uma consciência orgulhosa, inundada de si e bastante inquebrantável em suas práticas desonestas do cotidiano.

    A ignorância convicta, há anos, tem se refeito apesar da realidade. E se recusa a justificar os motivos que sustentam ortodoxias de extrema-direita, como intérpretes de um poderoso álibi ideológico anti-esquerda.

    As mesmas crenças que denunciam o fascismo e o bolsonarismo somam um lugar de totalidades iguais e dividem o mesmo polo de falha moral com a religiosidade acrítica. A mesma praticada por aqueles que, supostamente, nasceram com o dom de pastorear rebanhos religiosos.

    Nós, da oposição, temos que admitir que pecamos em muitas ocasiões. A obsessão pela pureza moral, marca conhecida do fascismo, agiu decisivamente sobre nós, de maneira que caímos prostrados, diante da primeira derrota nas urnas. Antes da eleição de Jair Bolsonaro, a crítica da purificação ética e moral do revolucionário de esquerda, como alguém incorruptível, suicidou-se politicamente com a prisão do presidente Lula.

    A superioridade moral do militante de esquerda sempre teve um apelo soberbo e intimamente classista, portanto, antirrevolucionário. Exibe uma forma de menosprezo ao sistema capitalista financeiro e um desdém sobre a artificialidade da cultura digital, (o que nos tornou incapazes e apartados da realidade).

    Essa crítica voltou contra nós com uma exigência tão alta que acabou nos arruinando politicamente. Por mais argumentos que temos, estamos sufocados às arestas de um sistema econômico que nos explora e desperdiça talentos com condições de trabalho precário.

    O contraponto que nos une e separa (direita X esquerda) é a nossa ausência de agir com radicalidade na transformação social, coisa que, de fato, não compromete as formas de reprodução capitalistas.

    O patriota messiânico crê na política do voto a cabresto, no uso leal da compra de votos e na decomposição do Estado de direitos. Nesse sentido, a violência militar e, sobretudo, a posse de uma democracia oligárquica, deve conservar a intolerância como o “estranho familiar”, mesclando velhas estruturas de classe no poder. Nesse aspecto, Bolsonaro não decepcionou em defender a própria família ou o grupo de alianças identitárias que colaboraram com a sua vitória pela presidência.

    A persona do Bolsonaro é, definitivamente, um marco que nos custará despopularizar. Será o primeiro movimento de massas que necessita ser combatido, com a devolução do direito à celebração cultural e com educação de qualidade. É preciso reabilitar a dissidência criada entre as autoridades policiais (exército, polícia civil e militar). A divisão ideológica infiltrada dentro dessas instituições alimenta comportamentos hostis que vampirizam a revolta das massas contra o resultado das urnas.

    Neste sentido, quero destacar que a dimensão moral é indissociável de uma interpretação contemplada pelo universo religioso. A fé bruta que crê porque precisa, é empreendedora de igrejas e de promessas de salvação divinas. Ela criou uma semi-vida bíblica, e um Deus semiótico para apoiar a Jair Messias Bolsonaro: líder que celebra a carnificina do mercado neoliberal, enquanto sufoca a miséria da sua população. Elege a hipocrisia política como orientação social e a fome como perversão do futuro.

    Foi assim que o bolsonarismo se tornou uma nova proposta de fé, de filosofia de vida, que envenena a mente e a alma daqueles que, hoje, colonizaram os nossos símbolos nacionais. Essa sensação de desapontamento e de mágoa, ao ver a estampa da bandeira do Brasil em janelas, nos carros e em estabelecimentos comerciais, é a mesma sensação de vazio que vem separando laços familiares desde 2016. Estamos esgotados e precisamos recuperar nossos vínculos. Sobretudo, sentir orgulho do nosso país. Essa Copa do Mundo trará sentimentos incomuns de perda da identidade nacional que deve ser reconstituída.

    É difícil ter esperança enquanto há gente arriscando a segurança física e a dos seus filhos, para bloquear estradas com barreiras humanas. O bolsonarismo militante é o mais fervoroso por liderança e é, acima de tudo, completamente servil e estéril a novas ideias. Neste cidadão, o fascismo já operou iniquidades na alma, completando suas modificações psicológicas pela brutal indiferença política com os outros. Este eleitor não vê benefícios em agarrar-se às dúvidas, porque não admite o estado de dúvida. Lembra, de longe, aquele comportamento regressivo da infância: o de não gostar de ser contrariado quando vê que o “coleguinha” tinha mais razão do que você.

    No entanto, o ato de perder corresponde a um momento incômodo de se reconectar com antigas ansiedades e frustrações pessoais. Temos que admitir que o que nos faz maus perdedores, por força do hábito, também nos enfraquece a autoconfiança e nos enrijece para o novo. Tudo que é novo é fresco e flexível por natureza, porque crescer e amadurecer requer humanidade. O endurecimento é sinônimo de fraqueza, de covardia e finitude. Devemos estar “atentos e fortes” à improvisação, sem perder o rumo nem a obstinação democrática.

    A verdadeira arma ideológica do bolsonarismo age ao contrário, blindando-se contra a invasão do livre pensamento crítico, no qual a contaminação da realidade pode induzir a um estado de estarrecimento sensorial com o mundo externo. A essa altura das manifestações, admitir que foi usado em prol de um projeto de governo fascista significa ter de assumir a vergonha de ter sido manipulado de maneira estúpida e descarada. É ter de enfrentar a exposição à justiça, pelos prejuízos e crimes cometidos contra a sociedade e contra o processo eleitoral.

    O problema político deixado pelo bolsonarismo se torna profeticamente inevitável quando, em importantes momentos de transição histórica, as inseguranças se unem em uma espécie de sede autoritária. Sofremos por totemizar paternalismos autoritários, por buscar formas de governo antidemocráticas que correspondam a uma versão do passado indigerível, fascista e até hoje contestado. Não erradicar a obsolescência moral presente nas instituições, na memória morta-viva daqueles que pensam conhecer o seu próprio país (através das ficções anticomunistas e fake news de extrema-direita). Por isso, reproduzem memórias fictícias, ao invés da veracidade histórica de um país ladrilhado por mortos-desaparecidos. Isso lembra a estética dos filmes de horror, sempre que se tenta aniquilar um zumbi patriótico ou qualquer mito sobrenatural, fica muito mais difícil de matar quando não se está mais entre os vivos. 


    *Tainá Machado Vargas é mestra em Sociologia do Direito pela Universidade La Salle, Canoas/RS. Graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. É colunista independente da Empório do Direito e outras Mídias digitais. Pesquisadora vinculada a Grupos de Pesquisas CNPq nas seguintes áreas: terceirização do trabalho, gênero e neoliberalismo

    Servidores públicos estaduais terão drive-thru de vacinação contra Covid a partir desta quinta-feira

    O Governo do Maranhão, através da Secretaria de Estado da Gestão, Patrimônio e Assistência dos Servidores (Segep), vai ativar, a partir desta quinta-feira (24), o drive-thru de vacinação contra a Covid-19 para os servidores públicos estaduais. A iniciativa tem o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

    A estrutura, instalada no estacionamento do Centro Administrativo do Estado (CAE), funcionará até o dia 1º de dezembro, das 9h às 17h, e conta com 4 baias de vacinação, 8 técnicos de enfermagem e 1 enfermeiro chefe. O CAE fica localizado na Avenida Jerônimo de Albuquerque, no Calhau, sendo composto pelos edifícios Clodomir Milet, Nagib Haickel e seus anexos. 

    Além do drive- thru de vacinação, os servidores públicos estaduais terão ainda um local exclusivo para testagem contra a Covid-19, que será disponibilizado no Hospital São Luís (HSLZ), na Cidade Operária.

    Edifício Clodomir Milet

    Duarte Jr se reúne com o presidente do PT-MA e propõe criação de grupo de estudos sobre os problemas de São Luís

    O presidente do PT/MA Francimar Melo e o deputado federal eleito Duarte Jr.

    Candidato a deputado federal mais votado em São Luís, Duarte Jr (PSB) reuniu-se com o presidente do PT-MA, Francimar Melo, e outros representantes do partido no estado para debater os problemas enfrentados pela capital maranhense e que têm dificultado a vida da população.

    Durante o encontro foi proposto a criação de um grupo de estudos para a elaboração de um diagnóstico técnico para a busca de recursos junto ao governo federal.

    “O objetivo é reunir técnicos e especialistas em diversos segmentos para elaborar um relatório que aponte os principais problemas da cidade e as melhores formas de solucioná-los. Com este relatório em mãos teremos muito mais embasamento para buscarmos, junto ao governo federal, os recursos necessários para investimentos na cidade”, explica Duarte.

    A proposta foi bem recebida pelo presidente do PT no estado. “Estamos em um momento fundamental para discutir a nova conjuntura política do país. No próximo ano, teremos novos mandatos e novas possibilidades de investimentos nas cidades. Além disso, este trabalho conjunto será fundamental para o fortalecimento do governo do presidente Lula nos próximos quatro anos”, destaca Francimar Melo.

    Enquanto aguarda a data da posse na Câmara Federal, o que ocorrerá em fevereiro do próximo ano, Duarte Jr vem se reunindo com lideranças políticas e partidárias, buscando fortalecer a atuação da bancada maranhense na próxima legislatura.

    Alexandre de Moraes nega pedido sobre anulação de urnas e multa PL em R$ 22,9 milhões por “má-fé”

    Alexandre de Moraes, presidente do TSE

    O presidente do TSE Alexandre de Moraes nega o pedido do PL para anular parte dos votos do 2º turno. O ministro ainda condenou a legenda do presidente Jair Bolsonaro a pagar multa de R$ 22,9 milhões por “má-fé”.

    Moraes classificou o pedido como “inconsequente”, “exdrúlo” , “ilícito” e “ostensivamente atentatório ao Estado Democrático de Direito”., ressalta o jornal O Estado De São Paulo.

    O presidente do TSE disse ainda que o partido quis dar munição para protestos antidemocráticos que têm bloqueados rodovias pelo País. Moraes disse que a narrativa de fraude nas urnas é “totalmente fraudulenta” e que não há indícios de irregularidades.

    Ainda segundo o Estadão Moraes também determinou que a Corregedoria-Geral Eleitoral apure se houve desvio de finalidade no uso da estrutura partidária pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e por Carlos Rocha, do Instituto Voto Legal, responsável pelo relatório que embasou a ação.

    (Com informações de O Estado de São Paulo)

    LEIA A DECISÃO

    Maranhense é premiado no Festival de Brasília com curta sobre protesto dos indígenas contra marco temporal

    Indígenas foram recebidos com gás lacrimogêneo no Congresso Nacional

    Entre os vencedores do 55ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro está Levante pela Terra, filme documentário dirigido pelo maranhense de Carolina, residente em Brasília, Marcelo Costa Cuhexê.

    Marcelo ganhou o prêmio de melhor curta metragem pelo júri oficial da mostra Brasília de cinema representando o cinema indígena e de resistência maranhense.

    Marcelo Cuhexê – Jornalista e cineasta maranhense, ativista indígena do Povo Krahô. Atua em diversas organizações da sociedade civil de Brasília pela promoção do respeito aos povos originários, à população LGBTQIAP+, à liberdade religiosa e laicidade do Estado. Diretor do documentário Terra sem pecado, que aborda a diversidade de gênero entre os indígenas do Brasil.

    O documentário registra o dia em que os indígenas foram recebidos com bombas de gás lacrimogêneo pela Câmara Federal.

    Lideranças indígenas de todas as regiões do Brasil se reuniram na capital federal para lutar contra o PL 490, projeto de lei que tramita no Congresso Nacional, e que prevê, pela via legislativa, a prática do marco temporal, impactando os direitos e a demarcação dos territórios.

    O filme também reflete a luta e a resistência dos povos originários diante do avanço do garimpo, da mineração e do agronegócio.

    Em 2022, a Mostra Brasília trouxe quatro longas e oito curtas para a disputa do 24º Troféu Câmara Legislativa.

    O Pastor e o Guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte foi premiado como Melhor longa.

    Além do troféu, os filmes ganharam R$ 100 mil e R$ 30 mil, respectivamente.

    A premiação ainda reconheceu dois filmes escolhidos pelas pessoas que assistiram à mostra durante a semana. Capitão Astúcia, de Filipe Gontijo, foi o longa mais querido pelo público e ganhou R$ 40 mil. Desamor, de Herlon Kremer, foi o curta com mais votos e faturou R$ 10 mil.

    Outro destaque da noite foi o curta Manual da Pós-Verdade, que levou quatro prêmios para casa.

    Ao todo, foram entregues 11 estatuetas e prêmios que variaram de R$ 6 mil a R$ 100 mil.

    Trailer

    Andréa Glória, Edileuza Penha de Souza e João Paulo Procópio formam o júri que definiu os ganhadores do 24º Troféu Câmara Legislativa e condecorou com menções honrosas Chiquinho, da UnB; Iván Presença, do filme Profissão Livreiro; e Super-Heróis, de Rafael de Andrade.

    Confira, abaixo, a lista de premiados:

    Melhor longa (R$ 100 mil): O Pastor e o Guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte

    Melhor longa júri popular (R$ 40 mil): Capitão Astúcia, de Filipe Gontijo

    Melhor curta (R$ 30 mil): Levante pela Terra, de Marcelo Costa (Cuhexê Krahô)

    Melhor curta júri popular (R$ 10 mil): Desamor, de Herlon Kremer

    Melhor direção (R$ 12 mil): Thiago Foresti, por Manual da Pós-Verdade

    Melhor atriz (R$ 6 mil): Issamar Meguerditchian, por Desamor

    Melhor ator (R$ 6 mil): Wellington Abreu, por Manual da Pós-Verdade

    Melhor roteiro (R$ 6 mil): Juliana Corso, por Virada de Jogo

    Melhor fotografia (R$ 6 mil): Elder Miranda Jr., por Manual da Pós-Verdade

    Melhor direção de arte (R$ 6 mil): Nadine Diel, por Manual da Pós-Verdade

    Melhor trilha sonora (R$ 6 mil): Sascha Kratzer, por Capitão Astúcia

    Melhor edição de som (R$ 6 mil): Olivia Hernández, por O Pastor e o Guerrilheiro

    Melhor montagem (R$ 6 mil): Augusto Borges, Nasthalya Brum e Douglas Queiroz, por Plutão Não é Tão Longe Daqui

    (Com informações do Metropoles)

    O Globo: Morre Pablo Milanés

    O cantor e compositor cubano Pablo Milanés morreu hoje em Madri, informou a assessoria do artista, um dos expoentes da Nueva Trova Cubana. Milanés estava internado havia alguns dias na capital espanhola e tinha, entre outras doenças, um problema renal que o forçou a se submeter a um transplante de rim em 2014. O intérprete de clássicos como “Yolanda”, “El breve espacio que no estás” e “El amor de mi vida” foi obrigado recentemente a cancelar vários shows da turnê Días de Luz.

    Nascido em 24 de fevereiro de 1943 em Bayamo, leste da ilha, abraçou fortemente a revolução em seus primórdios e depois se distanciou, mas nunca rompeu a relação que o unia a seu povo por meio da música. Em entrevista ao Globo em 2012, disse que se considerava acima de tudo uma pessoa responsável e preocupada com os problemas do país. Por isso nunca se calou. “O silêncio destrói”, diz em uma de suas letras.

    Leia matéria completa – click abaixo –

    Homem é torturado e mantido em cárcere privado por bolsonaristas em acampamento golpista em SC

    O vídeo onde bolsonaristas mantém em cárcere privado um homem que se infiltrou no acampamento para “tomar café e água” é degradante.

    As cenas não podem ser classificadas de uma outra maneira. São cenas de tortura.

    Descoberto, ele é obrigado a gravar um vídeo onde tira um chapéu do MST da cabeça, joga no chão e começa a pisar, enquanto os “carcereiros “ dizem que é isso que eles fazem com o PT e xingam a vítima.

    – Você é o lixo da humanidade – diz uma voz..

    O petista também foi levado pelo grupo militante até às margens de uma rodovia BR-101, onde foi obrigado a balançar a bandeira do Brasil ao som do hino nacional entoado pelos integrantes do acampamento.

    O caso aconteceu no último domingo (20) no município de Itapema, próximo a Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

    Antes de tentar se infiltrar, ele grava um vídeo dizendo que iria tomar café no acampamento, pois era só pra isso que o local servia.

    No entanto, também serve para prática de tortura .

    Não é à toa que defendem golpe militar.

    (Com informações do Diário do Centro do Mundo)

    https://twitter.com/77_frota/status/1594815923982155777?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1594815923982155777%7Ctwgr%5E444614859816fb87e7c7c549ef2471c7d57acd2c%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.diariodocentrodomundo.com.br%2Fvideo-homem-e-mantido-em-carcere-privado-por-bolsonaristas-em-acampamento-golpista%2F

    Escritora maranhense apresenta obra sobre Maria Firmina na Flip 2022

    Andréa Oliveira, autora do livro Maria Firmina, a menina abolicionista, participa de roda de conversa na programação oficial do evento, nesta sexta, às 9h, na Praça da Matriz, em Paraty


    A escritora Andréa Oliveira apresenta em Paraty, durante a Flip – Festa Literária Internacional de Paraty, o livro Maria Firmina, a menina abolicionista, biografia para crianças e jovens da primeira romancista do Brasil, que sai agora pela editora Vento Leste. A autora participa da mesa Conversa à Beira Mar ao lado da escritora Simone Mota, na programação oficial da Flipinha, etapa infanto-juvenil do evento, que volta ao presencial neste ano homenageando Maria Firmina dos Reis, primeira autora negra homenageada pela FLIP. O encontro será nesta sexta, 25, às 9h, na Praça da Matriz.

    A obra inaugura a Coleção Meninas do Maranhão, série de biografias infanto-juvenis sobre grandes mulheres maranhenses. Com ilustrações da artista visual Mônica Barbosa, o livro é fruto de dois anos de pesquisa a respeito da personagem e também da escravidão, um dos capítulos mais cruéis da história do mundo e principalmente do Brasil, o último país das Américas a abolir essa prática.

    “É uma grande alegria fazer parte dessa festa da literatura brasileira e suas conexões com o mundo, especialmente nesta edição tão especial em homenagem a Maria Firmina dos Reis. Estou muito feliz com a acolhida da Vento Leste Editora, que em tempo recorde produziu uma nova tiragem do livro e está comigo na Flip”, diz a autora.
    Aspas Vento Leste

    A vida de Maria Firmina dos Reis é tão rica de acontecimentos impressionantes que parece até inventada: uma menina afrodescendente no Maranhão do século 19, criada numa vila do interior sem a figura paterna e distante do mundo dos privilégios vir a se tornar a primeira professora concursada do estado, a primeira mestra-régia, a romancista publicada nos jornais da capital.

    “Quando eu tive a ideia de construir a coleção de biografias de mulheres maranhenses, o nome de Maria Firmina foi o primeiro da lista. Ela é a nossa grande pioneira nas principais lutas que ainda estão na pauta do tempo presente, pela liberdade para todos, contra o racismo e toda forma de opressão contra as mulheres”, afirma Andréa.

    TRECHO

    Ela também foi quem criou a primeira escola em que meninas e meninos estudavam as mesmas lições, a escritora que deu voz às pessoas escravizadas, fossem africanas e seus descendentes, fossem indígenas; e questionou o lugar das mulheres. Maria Firmina dos Reis atuou também como poeta e compositora dos festejos populares, autora de toadas que até hoje encantam mestras e mestres do bumba meu boi do Maranhão.

    Andréa Oliveira, que estreou no gênero biográfico com a história do compositor João do Vale, em João do Vale – mais coragem do que homem (EDUFMA, 1998) e João, o menino cantador (Pitomba!, 2017), inicia, com este novo título, uma ciranda de mulheres em todas as etapas da produção literária. Além da companhia de Mônica Barbosa, nas ilustrações, o livro tem projeto gráfico de Tay Oliveira, revisão de texto de Eulália Oliveira e a impressão foi feita na gráfica Gênesis, comandada por Eva Mendonça.
    O projeto Maria Firmina, a menina abolicionista foi contemplado pela Lei Aldir Blanc (SECMA).

    “Conhecer Maria Firmina dos Reis e honrar o seu legado é dever de todas as pessoas nascidas no Brasil, principalmente nós, maranhenses. Por isso escrevo para crianças e, como costumo dizer, para crianças de todas as idades, para que cresçam com referências reais sem perder de vista a fantasia que uma história como a dela pode despertar, inspirar, emprestar poder. E se estamos falando dela hoje – e é uma das autoras brasileiras mais estudadas – é porque sua obra tem poder”, diz Andréa.

    SERVIÇO

    O quê: Mesa Conversa à Beira Mar
    Quando: 25 de novembro, às 9h
    Onde: Tenda da Flipinha – Praça da Matriz (Paraty – RJ)

  • Deu no D.O

    • A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar. 
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