Queda foi em comparação ao mesmo período de 2021. Até o momento, mais de 372 mortes violentas já foram registradas no estado. Ferramenta criada pelo g1 acompanha os assassinatos mês a mês.
O Maranhão registrou uma queda de 20,7% nas mortes violentas no primeiro trimestre de 2022 em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do índice nacional de homicídios criado pelo g1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
No primeiro trimestre deste ano, foram contabilizadas 390 mortes violentas já no mesmo período de 2021, este número chegou a 492. Estão incluídas neste número as vítimas dos seguintes crimes:
Homicídios dolosos (incluindo os feminicídios);
Latrocínios (roubos seguidos de morte);
Lesões corporais seguidas de morte.
De janeiro a março deste ano, o Maranhão registrou 372 homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), 14 latrocínios e quatro lesões corporais seguidas de morte.
Os dados apontam que março foi o único mês, até o momento, em que não foi registrado nenhuma lesão corporal seguida de morte.
Entre os estados do Nordeste, o Maranhão foi o que apresentou a maior queda no número de mortes violentas. Em seguida, aparece o Rio Grande do Norte (20,1%) e a Bahia (8,5%).
Taxa por 100 mil habitantes
O estado também registrou uma queda na taxa de crimes violentos nos três primeiros meses do ano. São cada cinco mortes por cada 100 mil habitantes, com baixa de 1,4 no número de casos em relação ao primeiro trimestre de 2021.
Taxa de mortes violentas por estado nos primeiros trimestres de 2021 e 2022, segundo o Monitor da Violência — Foto: Elcio Horiuchi/g1
Taxa de mortes violentas por estado nos primeiros trimestres de 2021 e 2022, segundo o Monitor da Violência — Foto: Elcio Horiuchi/g1
Mortes violentas no Brasil
O número de assassinatos no país continua em queda em 2022. Foram 10,2 mil assassinatos nos três primeiros meses deste ano, o que representa uma baixa de 6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em 2021, o Brasil teve uma queda de 7% no número de assassinatos, como apontou um levantamento exclusivo do Monitor da Violência. Foram 41,1 mil mortes violentas intencionais no país no ano passado, o menor número de toda a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que coleta os dados desde 2007.
Entenda a queda dos homicídios no Brasil em 2021
Segundo especialistas do FBSP e do NEV-USP, o menor número de mortes é motivado por um conjunto de fatores, incluindo: mudanças na dinâmica d mercado de drogas brasileiro; maior controle e influência dos governos sobre os criminosos; apaziguamento de conflitos entre facções; políticas públicas de segurança e sociais; e redução do número de jovens na população.
Índice nacional de homicídios
A ferramenta criada pelo g1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
Jornalistas do g1 espalhados pelo país solicitam os dados, via assessoria de imprensa e via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Os dados coletados mês a mês pelo g1 não incluem as mortes em decorrência de intervenção policial. Isso porque há uma dificuldade maior em obter esses dados em tempo real e de forma sistemática com os governos estaduais. O balanço fechado do ano de 2021 foi publicado.
Assista aos vídeos do Greg News e do Ciro Gomes subindo nas tamancas. Após ser criticado pelo humorista Gregório Duvivier, o pré-candidato do PDT à presidência Ciro Gomes partiu para os ataques pessoais, como é de seu feito, contra o ator, que virou alvo dos ciristas após dedicar uma edição de seu programa na HBO ao pededista. Ciro atacou Duduvier na sua live de terça chamada “react do Cirão”.
Observe que dentre uma das ‘verdades’ esclarecidas por Ciro Gomes, está a de sua candidatura a prefeito pelo PDS. Diz que se candidatou no final do regime militar e que não ser candidato por outro partido diferente do pai, porque os votos paterno e dos vereadores seriam anulados.
Mas como? O voto não era secreto? E se estava no final da ditadura, porque se candidatar pelo partido do regime?
Um outro ponto interessante é quando Ciro diz que votou no segundo das eleições de 2018. Dia que viajou logo depois de votar no primeiro turno e retornou dois dias antes para votar no Haddad!!!!
Buscando um tom de humor, Ciro disse que Duvivier sofre de “Síndrome de Zelensky”, em relação ao humorista Vlodymyr Zelenski que tornou-se presidente da Ucrânia e se envolveu na guerra contra a Rússia.
“Mesmo conhecendo muito bem esse gênero [humor], eu não conheci essa certa variante, aliás, é mais que uma variante, é uma encarnação delirante de personagem, eu vou chamá-la, com respeito, de síndrome de Zelensky”, disparou Ciro.
Na sequência, Ciro explicou a alusão e fez chacota com o que considera baixa estatura de Duvivier.
“Antes de ser presidente, Zelensky era um comediante muito famoso lá na Ucrânia, essa popularidade acabou o levando à presidência da Ucrânia. Enquanto ele defende seu país no campo de batalha, aqui do outro lado do mundo, do conforto do ar-condicionado e do ‘uisquinho’ com gelo, fora outros aditivos, tem gente que pensa que ser baixinho e comediante como Zelensky basta para ser estadista, ou melhor, salvador da pátria ou conselheiro-mor da República”, ironizou.
Pelas redes, Duvivier disse que houve apenas um erro de informação no programa, que será corrigido e que “Ciro não gostou de muita coisa do que dissemos no programa, o que é compreensível, mas a gente sustenta tanto as críticas quanto os elogios que fizemos a ele”.
Ciro foi ministro até o fim do governo Itamar. Todas as outras informações estão corretas, checadas e com fonte – enquanto as fontes do Ciro, ao que parece, são vozes da sua cabeça. Mas vamos falar disso no debate. Abs.
“Ciro foi ministro até o fim do governo Itamar. Todas as outras informações estão corretas, checadas e com fonte – enquanto as fontes do Ciro, ao que parece, são vozes da sua cabeça. Mas vamos falar disso no debate”, afirmou, reiteirando que participará de um debate com o pedetista.
Em nota ao portal Uol, Duvivier, no entanto, lembrou que não é candidato e Ciro parece querer transformá-lo em um adversário político.
“Ciro agora me trata como um candidato, e ele precisa fazer isso porque nenhum candidato quis debater com ele. Cansado de falar sozinho, chama pra briga um comediante. É só triste, mesmo”.
O alpinista Gabriel Tarso superou 8.848,86 metros: “É para todos que têm uma segunda chance para fazer diferente em outubro e gritar por um Brasil melhor”
Gabriel Tarso fez seu protesto no topo do mundo. Créditos: Reprodução/Instagram
O repúdio a Jair Bolsonaro (PL) já chegou ao lugar mais alto do planeta. O alpinista brasileiro Gabriel Tarso conseguiu atingir o topo do Monte Everest, que fica a 8.848,86 metros acima do nível do mar, na fronteira do Nepal e do Tibete, no continente asiático.
Tarso postou a façanha em seu Instagram e mandou um recado para os brasileiros. Ele abriu uma faixa com os dizeres: “Fora Bolsonaro”.
“Na manhã do dia 15 de maio de 2022 cheguei ao topo do mundo outra vez, o Monte Everest. Muito obrigado a todos que torceram por mim!
Dessa vez, dedico esse segundo cume àqueles que nunca se calaram nos últimos 4 anos, mas especialmente àqueles que silenciaram suas vozes. Àqueles que, assim como eu, aprenderam da forma mais amarga que todo silêncio tem seu preço.
Esse segundo cume é para todos que têm uma segunda chance para fazer diferente em outubro e gritar por um Brasil melhor, pra que a gente possa voltar a sentir orgulho do verde e amarelo, seja nas ruas de uma cidade do interior ou no ponto mais alto do planeta.
Só pra lembrar: ‘O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons’”, postou.
Ao todo, quatro brasileiros conquistaram o monte dessa vez
Tarso não estava sozinho na aventura. Ele teve a companhia dos brasileiros Joel Kriger, Ludmila Lucas e Gabriel Bassanesi.
O Monte Everest já foi escalado 10.657 vezes desde que os primeiros alpinistas conquistaram seu topo, em 1953, tanto do lado do Nepal quanto do Tibete.
Ao todo, 311 pessoas morreram tentando conquistar o monte, segundo o banco de dados do Himalaia, conforme o site Go Outside.
Em 13 de maio de 1888, foi declarada a abolição formal da escravidão dos africanos/as negros/as. Só em pensar do que foi esse período de mais de três séculos de exploração forçada, atrocidades e desumanidades, já causa profunda indignação.
Mas não é nenhuma novidade de que da Independência do Brasil do Império de Portugal (1822), a Abolição formal da escravidão (1888), a Proclamação da República (1889) e da promulgação da 1ª Constituição Republicana (1891), aos dias atuais, é a população negra a que ainda vive sem cidadania plena e necessitando de políticas públicas focadas para sua mobilidade social e ascensão aos postos, espaços de poder estratégicos, convencionados como pertencentes (ou capturados) a uma “elite”.
“…a democracia brasileira só vai se realizar se tiver a representação de todos os setores da sociedade na estrutura do poder político e econômico. Logo isso não será dado, e, sim, conquistado com projeto de poder, com muita luta, disputa; mas sem romantismo social, ingenuidade e ilusão”.
Por que insisto nesses temas da escravidão, do racismo, das desigualdades e concentração da riqueza? Por considerar serem as causas do grave problema no objetivo de o Brasil conseguir avançar numa dada democracia com mais integração da população negra e pobre, que é a maioria da base da pirâmide social da nação.
O legado da nossa formação social, colonizada, escravista, dependente, eurocêntrica, conservadora, elitista, branca e masculina tem que continuar sendo estudado no sentido de se entender as nossas desigualdades e poder superá-las. E é uma disputa renhida, dura.
Considero importante revisitar-se o Relatório do Plano de Ação, fruto da III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância, realizada na África do Sul, em 2001 (período do governo de Fernando Henrique Cardoso, quando este reconheceu a existência de racismo no Brasil), muitas propostas foram aprovadas e tiveram o objetivo de propor e orientar políticas voltadas para o fim da discriminação e exclusão dos segmentos étnicos no mundo.
Considero que uma dessas propostas do Plano de Durban tem tido um peso muito significativo, a do campo da educação, resultando na adoção das políticas de cotas para acesso ao ensino superior e que depois avançaram para Políticas de Ações Afirmativas, resultados também de lutas dos movimentos sociais negros, militantes, pesquisadores, intelectuais antirracistas.
Sem sombra de dúvida, é preciso que se continue lutando pela defesa de política de acesso à educação pública e de qualidade aos despossuídos de direitos mínimos na sociedade. Repito: é a população negra que, em maioria, continua excluída.
São muitos os indicadores sociais que apontam serem os negros e negras que estão em piores condições socioeconômicas e de sub-representações, seja no acesso à saúde, educação, emprego formal e renda, moradia digna, segurança seja no acesso ao poder.
E, nessa conjuntura da barbárie, com a gravíssima crise da pandemia da covid-19 (que tirou vidas de mais 660 mil pessoas), a crise econômica (com desemprego em massa), e consequentemente, o aumento da violência policial nas áreas periféricas (com o genocídio da juventude negra) e do feminicídio que está vitimando as mulheres (em sua maioria negras).
“Lombroso e Nina Rodrigues (e suas teses do crânio do criminoso) reforçaram a concepção do racismo científico e a discriminação racial (atribuição de tratamento diferenciado a membros de grupos racialmente identificados). Por isso penso que é preciso que os movimentos sociais antirracistas busquem certa unidade para se continuar lutando pelo direito de viver com respeito, dignidade e liberdade”
A percepção é que, com as muitas barbáries que vêm acontecendo no mundo, e fundamentalmente, o Racismo — que agora se reapresenta de forma explícita e não mais velada no Brasil (nos EUA, de certa forma, é encarado mais frontalmente, vide o assassinato, no dia 5 de maio de 2020, com requinte de tortura do negro George Floyd por policiais brancos e que inspirou lutas de protestos antirracistas e foi um fato que pautou o debate na disputa da eleição presidencial de Joe Biden versus Donald Trump em 2020).
É preciso também lembrar que o Racismo Estrutural sempre existiu na sociedade. Segundo o pesquisador Sílvio Almeida, “o racismo é sempre estrutural, ou seja, ele é um elemento que integra a organização econômica e política da sociedade”. Principalmente nas teses do racismo científico, sobretudo, nos trabalhos do médico maranhense Raimundo Nina Rodrigues, radicado na Bahia, que, no final do século XIX, fez estudos raciais na área de medicina legal, focado na tese da inferioridade física e mental dos negros e mestiços no Brasil, associado às ideias do italiano Cesare Lombroso (médico psiquiatra, foi o principal fundador da Escola Positiva, ao lado de Enrico Ferri e Raffaele Garofalo, responsáveis por inaugurar a etapa científica da criminologia no final do século XX).
Lombroso e Nina Rodrigues (e suas teses do crânio do criminoso) reforçaram a concepção do racismo científico e a discriminação racial (atribuição de tratamento diferenciado a membros de grupos racialmente identificados). Por isso penso que é preciso que os movimentos sociais antirracistas busquem certa unidade para se continuar lutando pelo direito de viver com respeito, dignidade e liberdade. Daí o tema de qual democracia ou governo queremos. Isso é fundamental. É preciso, ainda, estar atento ao processo eleitoral de 2022.
É fato que, a partir da década de 1990, houve uma sensível melhora do padrão distributivo no Brasil. E, no governo Lula, iniciado em 2003, avançou-se na implementação de políticas sociais de igualdade racial, criando-se oportunidades com ações exitosas, como a criação do 1º Ministério da Igualdade Racial na República; a elaboração do 1º Plano Nacional Brasil Quilombola (com o objetivo de dar visibilidade e buscar resolver os conflitos históricos dos descendentes de escravos, os nossos quilombolas); instalação do primeiro Conselho de Promoção da Igualdade Racial, realização da 1ª e 2ª Conferências Nacional de Igualdade Racial; cooperação internacional com a África; implementação de políticas de ações afirmativas, tendo por objetivo as cotas, e o programa Universidade para Todos; a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial (apesar de críticas do movimento negro quando trata das terras de remanescentes de quilombo, art. 68 da CF/88); aprovação da Lei 10.639/2003 e 11.645/2008 (com objetivo de discutir a história dos afrodescendentes e indígenas nos currículos escolares); indicação do 1º ministro negro para cargo no STF, Joaquim Barbosa; o aumento de negros ocupando cargos estratégicos em órgãos do Governo Federal.
“…para o movimento social negro (este que tem o protagonismo na luta contra o racismo) fica aqui o seguinte desafio: ou se participa ativamente da política, organizando-se e lutando-se de forma unificada, do contrário, as desigualdades raciais e a exclusão continuam”.
Na Educação, com o Programa Universidade Para Todos (PROUNI) e a expansão universitária das Instituições Federal de Ensino Superior (IFES), houve um aumento considerável de negros(as) com acesso aos cursos superiores, o que influencia diretamente na melhoria do acesso ao posto de trabalho e melhor renda e, consequentemente, na qualidade de vida.
Na conjuntura, o que se observa é a pouca importância dispensada pelo atual desgoverno do autoritário e irresponsável Bolsonaro, ao fortalecimento das políticas de combate às desigualdades, ao contrário, havendo sua extinção, com a negação da ciência, desvalorização de cientistas e pesquisadores assim fazendo um movimento na contramão do que aconteceu nos governos Lula e Dilma.
O que se assiste é o Governo Federal inerte, na verdade, o desgoverno é a própria barbárie. Vivencia-se uma situação de completa incompetência política e de gestão, vide a crise da pandemia e econômica, que está causando a elevada taxa de inflação que bate recorde, e mais exclusão das populações mais pobres, e o desalento e desencanto dos jovens com o Brasil.
Nesse sentido, para o movimento social negro (este que tem o protagonismo na luta contra o racismo) fica aqui o seguinte desafio: ou se participa ativamente da política, organizando e lutando de forma unificada, do contrário, as desigualdades raciais e a exclusão continuam.
E uma boa estratégia pode ser reviver Palmares de novo, inspirados na luta de Zumbi do Palmares, no sentido de mitigar as desigualdades raciais e sociais, sabendo que a democracia brasileira só vai se realizar se tiver a representação de todos os setores da sociedade na estrutura do poder político e econômico. Logo isso não será dado, e, sim, conquistado com projeto de poder, com muita luta, disputa; mas sem romantismo social, ingenuidade e ilusão.
*Doutor em Ciências Sociais-Política (PUC/SP). Foi Secretário-Adjunto de Estado da Igualdade Racial no governo do Maranhão, Jackson Lago (2007-2009).
Sem uma Codevasf para poder chamar de sua e alvo de desmonte do governo Bolsonaro, o Incra suspendeu suas atividades nesta sexta-feira por falta de indicações no orçamento secreto.
A verba destinada por deputados e senadores, era o que ainda permitia o Instituto realizar os eventos de entrega de título de propriedade de terra, depois que o presidente botou pra quebrar o programa de Reforma Agrária. O Orçamento, segundo o jornal Folha de São Paulo, para aquisição de terras desabou de R$ 930 milhões em 2011, durante o governo Lula, para R$ 2,4 milhões neste ano.
O orçamento secreto, a chamada emenda de relator, criada por Bolsonaro para ‘agradar’ seus correligionários nas votações no Congresso, movimentou ou teve reservado R$ 36,9 bi em 2020 e 2021.
Segundo informações dos parlamentares maranhenses que se dignificaram a dar um princípio de transparência – boa parte dos dados estão incompletos – as suas emendas secretas preferiram canalizar seus privilégios orçamentários, para compra de tratores e equipamentos através da Codevasf.
Muitas dessas compras são suspeitas de superfaturamento, segundo escândalo revelado pelo o jornal O Estado de São Paulo.
Em nota distribuída no final da tarde deste sábado, o Incra informa que em razão da atual indisponibilidade de recursos resolveu suspender a execução de suas atividades finalísticas que envolvam deslocamento para eventos.
“os recursos deverão ser priorizados em ações entendidas como urgentes e obrigatórios pela sede”, diz trecho do comunicado.
Ainda na nota, o presidente do Incra Geraldo José de Melo Filho explica que as ações finalísticas da autarquia “têm a totalidade de seus recursos como indicador RP9, pendentes de indicação por parte do relator geral do orçamento”.
A rubrica RP-9 se refere as emendas de relator, o tal de orçamento secreto, que alguns deputados e senadores insistem em mantê-lo longe dos olhos da população.
De acordo com o 8° Levantamento da Safra de Grãos 2021/2022, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foi observado aumento na semeadura e produção das culturas de arroz e soja no estado do Maranhão.
Durante o período de avaliação das lavouras, ao longo do mês de abril, houve atualização de informações sobre a área plantada do arroz sequeiro, favorecido especificamente no município de São Mateus do Maranhão, o que resultou em incremento da área plantada total de arroz no Estado, que alcançou 98,3 mil ha, 6,2% acima da área plantada na safra anterior.
A produção estimada de 180,5 mil toneladas obteve acréscimo de 15,1%. Esse resultado relaciona-se às variáveis: aumento da área plantada e aumento da produtividade do cultivo em função do uso de variedades de arroz com maior potencial produtivo.
De acordo com o estudo da Companhia, em algumas regiões foi possível observar a difusão e retomada do plantio desse grão, o que vem ocorrendo de maneira gradativa. Essa situação origina-se do interesse dos produtores rurais em decorrência das constantes elevações de preços alcançados pelo comércio do arroz e também das boas condições climáticas observadas nas últimas safras.
No Estado, a colheita de arroz sequeiro, até o mês de abril de 2022, atinge cerca de 56% da área total plantada, na área de maior produção do grão, nas regiões do Médio Mearim, no centro, na Baixada Maranhense, no norte, bem como, em municípios do sul, oeste e leste do Maranhão.
Soja – No levantamento da Conab também foi constatado que as lavouras de soja obtiveram um aumento significativo de 11,1% em relação à safra passada, atingindo 1.117,3 mil ha. Observa-se expansão de área, especialmente nas microrregiões de Imperatriz e Pindaré, no oeste maranhense, bem como nas regiões centro, sul e leste do Estado, correspondendo à ampliação gradual de cultivo por abertura de novas áreas, seja por substituição de pastagens ou por abertura de novas áreas de plantio.
No mês de abril de 2022, a colheita da soja alcançou 76% de área total do Estado. A colheita avança em municípios do oeste, centro e leste maranhense, com finalização no mês de junho de 2022.
O ataque da polícia israelense ao funeral da jornalista palestina Shireen Abu Aqleh
A polícia de Israel agrediu nesta sexta-feira (13) uma multidão que estava presente no funeral da jornalista palestino-americana Shireen Abu Aqleh, da Al Jazeera, assassinada quando cobria uma operação do exército israelense no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia.
Oficialmente, a causa do ataque foi bandeira da Palestina no caixão, símbolo proibido na região desde 1967, quando o país ocupou e anexou Jerusalém Oriental.
O hospital St. Joseph é um centro médico de última geração em Jerusalém – famoso pelas suas lindas maternidade onde mulheres judias e árabes dão à luz os seus bebês lado a lado.Hoje, foi o cenário de caos durante o cortejo fúnebre da famosa jornalista Shireen Abu Aqleh.O Exército de Israel diz que havia desordeiros atirando pedras.Eu não estava lá e não posso dizer se isso é verdade ou não.Mas eu posso dizer que os homens que carregavam o caixão de Shireen Abu Aqleh claramente não estavam atirando pedras ou tumultuando – eles estavam carregando o caixão dela.E eles quase deixaram cair o caixão dela depois de terem sido empurrados pelas nossas tropas.
Estou com o coração partido pelo que vi. Eu também estou enojada e furiosa.
A morte desta mulher já é uma tragédia – e as imagens do seu funeral hoje vão além disso. É uma Shanda – uma praga – sobre nós aqui em Israel, quando deveríamos ter mostrado graça e contenção.No primeiro andar em St. Joseph, nasceram hoje novos bebês judeus e árabes no meio de tudo isso, alheios à crise lá fora.
Que possamos lembrar o horror deste momento – e fazer deste um mundo melhor para eles.
The closest video of the #Israeli police suppressing the funeral procession of Shireen Abu Aqleh as the coffin was leaving the French hospital towards the cemetery pic.twitter.com/TaOsvCUUCd
O neurologista e pesquisador químico na Companhia Sleepthinker, Cornelius Grouppe, já em 2013 fazia um interessante anúncio, que se antecipa à crescente simplificação TikTok e quejandices (aqui a lista é longa). Cornelius é, assim, um visionário de tiro curto. Mas certeiro.
— Se não percebeu, você pode ser uma delas. Neste caso você pode parar por aqui e seguir com a sua vida. E não se fala mais nisso.
— Ah, percebeu? Muito bem. Então sigamos.
— Não é segredo que burros e néscios são a maioria na população mundial. Eles certamente não vão ficar mais inteligentes, ou começar a agir racionalmente. Não há chance de melhora.
— Por isso, se você quiser entrar para a maioria, é você quem tem de mudar. Para isso, desenvolvemos uma pílula que, dependendo da concentração do princípio ativo, pode reduzir o QI de uma pessoa permanentemente. Nós temos pílulas de -10, -30 e a mais forte -50. Mas porque você pensaria em diminuir o seu QI?
— Simples. Porque a vida é mais fácil e o mundo é um lugar muito mais feliz quando você é burro. Se você for da área jurídica, então…
— Se você quer ser maioria, recomendamos diminuir o seu QI para aproximadamente 70. Mas não se preocupe. Tudo vai ficar bem. Com um QI de 70, você ainda consegue amarrar os sapatos e escrever uma letra de rap comum ou ser compositor de música de sofrência sertanejo-universitária. E se dar bem fazendo comentários em sites, esculhambando com quem lê livros. E postar piadas sobre políticas de distribuição de absorventes. Além de fazer discurso nas redes dizendo que urnas eletrônicas são uma fraude. Pode escrever “testos” (com “s”) em favor da intervenção militar. E poderá facilmente, é claro, ser influencer. Afinal, você conhece algum influencer com QI acima de 70? Sim? Que bom. Para você. Falando claramente: a pílula alivia a sua mente. Mas é preciso reprogramar.
— Então depois de tomar a pílula, você passa o resto do dia ouvindo músicas do Amado Batista, do Gustavo Lima e do DJ Pitbull, enquanto lê e repassa fake news nos seus grupos de WhatsApp e, de quebra, dá uma boa espiada no mais recente reality show tipo “surviver”. E passa achar o “veio da Van” o maior patriota. E zapeia em alguns programas que falam sobre “fofocas de ex-integrantes-de-reality”. Será o máximo! Depois você toma um banho quente, lê o J.R. Guzzo, posta suas xingações ao STF, vai dormir e no dia seguinte acorda mais burro do que era antes. É o nirvana.
— Autoconsciência, decência, falta de confidência e até medo deixarão de existir. Vida nova! Pule do teto, dirija bêbado (afinal, você é livre!), pregue o AI-5, elogie Ustra e diga, com orgulho “sou negacionista”. E diga que o camarão mais barato e mais gostoso (embora atulhado de molhos e custando uma fortuna) é do Coco Bambu. Claro, se você for rico. Se for pobre, bom, aí a coisa aperta… Nem saberá do que se está falando. De todo modo, todas essas atividades sem sentido e perigosas — que você nunca tentou até agora — vão se tornar muito agradáveis e divertidas.
— Infelizmente, há um efeito colateral que eu devo mencionar. Todas as pessoas que você desconhece vão começar a provocar-lhe irritação. Pessoa de outras raças, outras orientações sexuais, pessoas que escrevem frases longas. Pessoas que leem livros… serão odiadas por você. Basicamente qualquer um diferente de você.
— Mas o lado bom é que você não terá que odiá-las sozinho. Você fará muitos amigos que pensam igual. Muitos. E dirá: “você me representa”! E pode correr para a academia ficar bombadão. E poderá se eleger a um cargo. E aumentará os seus grupos de redes sociais. Poderá competir com Zambeli. Porque você estará na maioria. Pense nisso. O mundo é muito melhor quando você não é muito esperto para ele.
[1] Faço pequenas adaptações. Em homenagem a imensa legião das gentes do direito macdonaldizado.
[2] Por via das dúvidas, aviso que o anúncio do cientista é uma broma. Vai que as pessoas pensem que as pílulas existem, mesmo… De todo modo, dado o nível da jusmacdonaldização, as pílulas são despiciendas. Existe a nesciedade adquirida sem exigir esforços.
A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar.