Adriano Sarney exalta política de justiceiro de Witzel para fazer oposição irresponsável
Exemplo de governo para Adriano Sarney, Witzel tem nos autos de resistência sua arma contra a violência que continua grassando no Rio de Janeiro
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, esteve de passagem pelo Maranhão por estes dias. Veio em buscar de vitaminar seu partido para as eleições municipais de 2020, de olho em 2022.
Nesse ínterim, recebeu manifestações de apoio previsíveis e oportunistas. No entanto, a mais estapafúrdia destas veio do deputado estadual Adriano Sarney (PV), último do clã com mandato eletivo. O fosso etário entre Witzel e o neto de José Sarney não os distancia das afinidades ideológicas. Não há relevâncias nas diferenças entre Witzel e Adriano Sarney. Ao exaltar Witzel, o filho do ministro do meio ambiente de FHC e Michel Temer, quis provocar o governador Flávio Dino. Cometeu uma insanidade.
A admiração de Adriano por Witzel apega-se a fatos: o comandante das forças militares determinou a maior execução já promovida no estado nas duas últimas décadas, justificado como auto de resistência. Para demonstrar sua verve mortífera e de justiceiro Witzel comemorou uma ação em público. Depois quis desconstruir a torpe cena.
Witzel comanda o Partido Social Cristão, legenda contra a legalização das drogas e do aborto, mas a favor da redução da maioridade e que abriga integrantes da bancada da bala. Neste grupo está o deputado federal Aluísio Mendes, ex-policial federal catapultado para o Congresso pelas mãos dos Sarney.
Adriano, é neto do cacique despótico, no sentido originário do termo, que subjugou o Maranhão em condições subumanas. Neste ambiente, desenvolveu um entendimento degenerado do poder. A depender das circunstâncias de pressão e contrariedade, as quais nunca se habituará explicita aqui e ali ideias deturpadas de ideais.
Criado longe da miséria e do cenário social do Maranhão, em ambiente de ares refinados, Adriano Sarney é capaz de não ter se ligado aos fatos que envolveram a tia em uma de suas temporadas como inquilina dos Leões. As carnificinas nos presídios, os atrozes índices de violência, nada sensibiliza o jovem parlamentar, caquético nas ideias, mas graças aos céus e esclarecimento do eleitorado, de futuro incerto.