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  • Política

    Waldir Maranhão é um dos deputados que mais faltou ao trabalho

    John Cutrim – O deputado federal maranhense Waldir Maranhão é um dos que mais faltou ao trabalho em 2017. O levantamento foi feito pelo site Metrópoles que cruzou informações divulgadas no próprio site da Casa legislativa. Outro maranhense, o deputado Victor Mendes, também está na lista, só que entre os mais assíduos da Câmara dos Deputados.

    A pesquisa levou em consideração os deputados em exercício atualmente e foi realizada durante a chamada “superfolga”: os 10 dias entre 11 e 19 de novembro que compreendiam o feriado da Proclamação da República (15/11), quando não houve sessões plenárias no Congresso Nacional.

    Entre os 10 mais faltosos, estão o “deputado da tatuagem”, Wladimir Costa (SD-PA), com 28 ausências; o ex-presidente da Casa, que tentou anular a votação do impeachment de Dilma Rousseff em 2016, Waldir Maranhão (PP-MA), com 25, e o autor do projeto de lei derrotado na Casa que previa a criação do chamado “distritão” eleitoral, Vicente Cândido (PT-SP), com 24. A média de faltas não justificadas entre os 513 parlamentares em 2017 foi de quatro sessões. Ao todo, eles registraram, juntos, 7.114 ausências para as quais não apresentaram explicações.

    Segundo um ato da mesa diretora da Câmara, publicado em 2010, são aceitas como razões para o não comparecimento às sessões: licença para tratamento de saúde, internação em instituição hospitalar, doença grave ou falecimento de parente de até segundo grau e desempenho de missão oficial autorizada pela Casa. O texto listava, ainda, um item para “atendimento de obrigação político-partidária”. O inciso, contudo, foi revogado em 2015.

    O mesmo ato prevê que os políticos têm até 30 dias para justificar as ausências. Atestados para licenças-médicas, porém, podem ser entregues a qualquer momento. Para cada falta não justificada, a Câmara desconta um dia de trabalho do deputado, um valor que gira em torno de R$ 1.125 – o vencimento bruto atual para o cargo é de R$ 33.763. Mas se a falta for abonada pela mesa diretora, a Câmara tem de ressarcir o total descontado.

    O artigo 55 da Constituição prevê ainda que, caso o deputado não compareça a um terço das reuniões da sessão legislativa – ano de trabalho do Congresso – e suas faltas não sejam abonadas, ele pode ter o mandato cassado.
    Mais assíduos

    Nem só de faltosos vive a Câmara dos Deputados. Dos 513 parlamentares com mandato, 20 compareceram a todas as sessões ordinárias realizadas até o momento. Estão na lista: Adelson Barreto (PR-SE), Augusto Carvalho (SD-DF), Carlos Manato (SD-ES), Chico Lopes (PCdoB-CE), Conceição Sampaio (PP-AM), Delegado Edson Moreira (PR-MG), Flavinho (PSB-SP), Ivan Valente (PSol-SP), Lincoln Portela (PRB-MG), Luiz Couto (PT-PB), Marcio Alvino (PR-SP), Renato Andrade (PP-MG), Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), Tenente Lúcio (PSB-MG), Tiririca (PR-SP), Vaidon Oliveira (PROS-CE), Valmir Assunção (PT-BA), Victor Mendes (PSD-MA) e Weliton Prado (PROS-MG). O suplente Xuxu dal Molin (PSC-MT) também obteve 100% de assiduidade, mas foi convocado a apenas seis sessões.

    Temer cogita tentar reeleição se economia bombar em 2018

    Coluna Expresso – O presidente da República, Michel Temer, acha que estará em condições de tentar a reeleição em 2018 – se a economia melhorar de maneira espetacular. Se não, pedirá ao sucessor para indicá-lo como embaixador em alguma capital europeia. A situação lembra a de Itamar Franco, que ficou à frente da embaixada de Lisboa após deixar o Planalto.

    Deu no D.O.

    Estrumo – Em Estreito tudo são flores, depois que a prefeitura contratou por R$ 881.310,00 a Garden Center Com. E Serv. LTDA – ME para fornecer plantas e insumos para jardinagem. O roseiral e os trevos de quatro folhas vão tomar conta do município. . 

    Carga pesada – Durante três meses de 26 de maio a 26 de agosto a Construtora Redenção LTDA-ME prestou dois serviços para a prefeitura de Imperatriz pela bagatela de R$ 5.387.413,14. Ao mesmo tempo que locou caminhões com motoristas por R$ 2.724.150,00; ela realizou trabalho de conservação, limpeza, segurança e transporte de natureza contínua com a locação de mão de obra, por R$ 2.663.263,14.

    Digitais – Enquanto isso na vizinha cidade de Buriticupu, a prefeitura assinou dois contratos no valor total de R$ 812.000,00 com a J.C.S Comércio LTDA-ME pela aquisição de equipamentos e periféricos de informática para as secretarias de Educação (R$289.000,00) e Saúde (R$ 523.000,00).

    Vaquinha – Ainda na mesma região, o prefeito de Itinga, Lúcio Flávio Araújo Oliveira, resolveu fazer uma caixinha para socorrer o jornal da família Sarney direcionando as publicações de “documentos de interesse da sociedade” para O Estado do Maranhão, repetindo a velha prática do governo Roseana. De acordo com contrato assinado com a J.T.N. Abreu Distribuidor, a cota do município foi de R$ 60.000,00.

    Pincel – Já um pouco mais em cima, em Santa Inês, a prefeitura vai pintar o sete depois dos três contratos para compra de R$ 736.560,70 em matérias de pintura, divididos entre as empresas A.F. Lobo Mendes Comércio e Serviços LTDA (R$ 272.667,50); O.J. Construtora LTDA-EPP (R$ 360.718.20) e Só Tintas e Oxigênio LTDA-EPP (R$ 103.175,00).

    São Tomé – Seguindo para Viana, você será capaz de encontrar duas obras de futuras creches (tipo 1/projeto padrão/FNDE) nos bairros Papa Francisco e Piçarreira. A primeira ao custo de R$ 1.840.178,70 é de responsabilidade da DMAIS Construções e Empreendimentos LTDA; e a segunda de R$ 1.841.930,57 é por conta da Ecolimp Saneamento e Serviços Ltda. Ambas foram contratadas dia 8 de junho e têm prazo de dez meses para concluir o serviço.

    Vá com Deus – Mudando de rumo, descobre-se em Codó uma passagem e sete palmos de terra gratuitos para o outro mundo. Segundo acredita a prefeitura do município ao contratar por R$ 795.400,00 a Uni-Pax Serviços Póstumos LTDA-ME para prestar serviços funerários entre os meses de maio e dezembro deste ano, este será o destino de muitos codoenses.   

    Paraíso – Enquanto isso, nos lençóis maranhenses a Conserve Construção Serviços e Equipamentos LTDA-ME garantiu um próspero 2017 ao arrematar R$ 1.852.453,99 em dois contratos com a prefeitura de Santo Amaro. Um de R$ 1.453.076,62 para fazer a pavimentação em bloquete da orla fluvial; e outro de R$ 399.377,37 para construir um portal no bairro Olho D’Água na entrada da sede do município.

    Extrema-unção – Um pouco antes, a mesma proteção divina atingiu a empresa A.R.S. Silva Peças e Serviço – ME que faturou R$ 919.265,60 em três contratos com a prefeitura de Humberto de Campos para fazer a manutenção com fornecimento de peças e acessórios originais, “genuínos ou similares”, da frota de veículos oficiais.

    Por propina, Globo pode ter concessão cassada, diz deputado petista

    Agência PT – A Rede Globo se tornou na última semana uma das personagens centrais no escândalo de corrupção que envolve a FIFA e é atualmente investigado nos Estados Unidos. Delação feita por um empresário argentino dá conta de que, ao lado de outros canais latino-americanos, a emissora teria pago US$ 15 milhões em propinas pelos direitos em transmissão das Copas de 2026 e 2030.

    Caso confirmados os crimes, alerta o deputado Wadih Damous, a emissora pode ter sua concessão pública suspensa ou até mesmo cassada, nos termos do Código Brasileiro de Telecomunicação. Tamanho é o alerta gerado pela delação, que o Partido dos Trabalhadores decidiu apresentar à Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, Representação Criminal para que seja apurada oficialmente a notícia.

    “Se aplicar tão somente o direito, a Globo pode ter sua concessão cassada”, afirma o parlamentar, lembrando que o Código prevê a suspensão ou mesmo cassação da concessão caso o meio de comunicação cometa crimes e/ou contravenções.

    As regras sobre concessões públicas de TV e rádio também constam na Constituição de 1988. A falta de regulamentação, no entanto, faz com que muitas regras sejam infringidas sem as devidas penalidades.

    Delator forneceu provas de negociações
    O escândalo em que a emissora agora se vê implicada surge do testemunho de uma das principais testemunhas de acusação no julgamento de José Maria Marin, ex-presidente da CBF.

    Segundo informações do jornal “Folha de S.Paulo”, o empresário argentino Alejandro Burazco afirmou em depoimento que a TV Globo, ao lado da mexicana Televisa e da empresa de marketing esportivo de que era diretor, a Torneos y Competencias, pagaram juntas US$ 15 milhões em propina ao ex-chefe do futebol argentino, Julio Humberto Grondona.

    Burzaco deu detalhes de seu encontro com Marcelo Campos Pinto, responsável na Globo pela compra dos direitos de transmissões. Segundo a reportagem, o dinheiro teria sido depositado num banco suíço e há documentação numa troca de e-mails entre o empresário e o chefe-administrativo de sua empresa, Eladio Rodríguez, sobre o detalhamento dos pagamentos a cartolas brasileiros. O delator também detalhou como criou empresas e contratos falsos para realizar suas operações.

    Para Damous, o modo como a investigação ocorre em Nova York poderia ser um parâmetro para as investigações contra a corrupção que ocorrem no Brasil. “Se a investigação seguir em frente aqui no Brasil como está seguindo lá fora, pode ser um grande passo. Pode ser um verdadeiro combate à corrupção”, afirmou.

    Isso porque, segundo ele, enquanto no Brasil as delações não têm nenhuma base documental, o relato de Burzaco dá o caminho das pedras para que o Ministério Público possa embasar a investigação com provas, seguindo o rastro do dinheiro.

    PT exige investigação profunda das denúncias
    Em nota, a Comissão Executiva Nacional do PT questiona o fato de as investigações ocorrerem há pelo menos três anos em países como a França, a Suíça e os Estados Unidos. “É inexplicável para o Brasil que o escândalo da FIFA seja investigado judicialmente nos Estados Unidos, na Suíça, na França e em outros países, há três anos, e tudo o que temos aqui seja uma suposta ‘investigação interna’ em que a Globo tenha apurado em silêncio e absolvido a si mesma”, diz o texto.

    Para Wadih, a explicação está no fato de as investigações envolverem um dos maiores grupos de mídia do país. “O monopólio da Globo não deixa isso ser divulgado. Não sei porque a ‘Folha’ resolveu dar publicidade’. É uma notícia de altíssima relevância e só um jornal está divulgando”, diz ele. “Em relação à Globo, há uma blindagem”.

    “Jornais da Europa dizem que o ‘epicentro’ do esquema criminoso é o Brasil. Mesmo assim, somos o único país que não investiga os crimes”, protestou o deputado Paulo Pimenta em seu perfil no Twitter. “Sempre defendi que, enquanto o esquema CBF/Globo e o Sistema S no Brasil não forem investigados, a grande corrupção estaria preservada. Por que o dr. Janot e os Golden Boys nunca abriram uma Lava Jato do esquema CBF/Globo? Por que nenhuma investigação avançou no Brasil?”

    O senador Lindbergh Farias também registrou nas redes sociais sua indignação com a forma como o assunto é tratado pela imprensa brasileira. “Por que um escândalo desta proporção vai parar na seção de esportes do noticiário? Propina virou modalidade olímpica?”

    “Será que a Rede Globo vai considerar a delação que a acusa de corrupção verdadeira, como considerou todas as demais delações verdadeiras até hoje? ”, questionou o deputado Paulo Teixeira.

    A nota divulgada pela CEN conclama diretamente o Ministério Público a que não fique inerte diante de fatos que escandalizam a sociedade. Segundo a Comissão Executiva do Partido dos Trabalhadores, a abertura da investigação pode ter efeito pedagógico para toda a mídia brasileira.

    “Em primeiro lugar, porque será respeitado o princípio da presunção da inocência, que a Globo sistematicamente atropela ao acusar, julgar e condenar Lula e o PT. Também será adotado certamente o equilíbrio editorial. Os argumentos da defesa e as eventuais provas de inocência da Globo não serão censurados no ‘Jornal Nacional’, diferentemente do que ocorre em relação ao PT, Lula e Dilma, que tiveram até a prisão pedida em editoriais e artigos de sua rede.”

    “A Globo aprenderá também que, no devido processo legal, quem acusa tem de provar e ninguém pode ser condenado com base apenas em delações premiadas. E talvez aprenda, finalmente, que deve prestar contas de seus negócios à Justiça e de suas decisões editoriais ao público, pois, mesmo sendo uma empresa privada, opera, comercializa e lucra muito por meio de uma concessão que pertence ao país e não à família Marinho”, prossegue o texto.

    Leia a íntegra da nota da Comissão Executiva Nacional do PT

    Código e Constituição preveem contrapartidas em caso de violações
    Os canais de televisão aberta no Brasil são concessões públicas. De acordo com o Código Brasileiro de Telecomunicação, isso envolve algumas contrapartidas e o direito de suspensão pelo governo brasileiro caso haja alguma violação.

    Seria esse código que poderia resultar na suspensão da Globo. Mas, segundo André Pasti, membro do conselho-diretor da ONG Intervozes, outros interesses impedem que esses artigos sejam postos em prática. “Há um histórico de permissividade em relação às concessões de rádio e TV do Brasil”, diz ele.

    A explicação passa pela composição do Congresso: ao menos 40 parlamentares são detentores de concessões televisivas em seu Estado. Assim, ele identifica negligência na obediência à legislação.

    A própria Constituição prevê contrapartidas para esses canais, que são constantemente violadas. “Essas concessões públicas não podem ser objeto de oligopólio, devem respeitar a diversidade regional e apresentar uma programação educativa”, explica Pasti.

    Esses artigos, no entanto, nunca foram regulamentados e são totalmente desrespeitados pela Globo e outros canais.

    “Também vale ressaltar a hipocrisia dos meios de comunicação por pretensamente estarem numa agenda contra a corrupção na época do golpe e eles mesmos terem praticas de corrupção tão estruturais como essa”, pontua Pasti.

    Entenda o caso

    Segundo Burzaco, a propina teria sido paga numa conta no banco Julius Baer, na Suíça, ao dirigente Julio Grondona, já falecido, e que foi homem forte do futebol argentino. À época das negociações, Grondona era também dirigente da Fifa e cuidava dos direitos de transmissão na América Latina.

    Para que isso ocorresse, a Torneos y Competencias, de Buzarco, teria sido orientada pela Globo a criar uma subsidiária na Holanda, que funciona como paraíso fiscal para multinacionais, para receber a propina, antes de repassá-la a Grondona.

    Depois do seu depoimento, rico em detalhes, será possível agora rastrear todo o percurso do dinheiro – da Globo, na Holanda, para a Torneos y Competencias, também na Holanda, e depois para a conta de Grondona, na Suíça.

    A Polícia Federal abriu, em 2015, uma investigação sobre os contratos da CBF com a Gobo, detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro há décadas.

    Segundo a acusação das autoridades norte-americanas, a Traffic, empresa de marketing esportivo do empresário brasileiro J. Hawilla, pagava como suborno a Marin e a outros dois dirigentes da CBF R$ 2 milhões por ano pelos direitos de transmissão da Copa do Brasil. A Traffic, então, revendia esses direitos para emissoras brasileiras.

    Um desses dirigentes era, provavelmente, Ricardo Teixeira. Por décadas, ele coordenou por parte da CBF a aliança com a Globo. No caso específico do Campeonato Brasileiro, que não está sob investigação do FBI pelo que se sabe até aqui, não havia uma empresa intermediária como a Traffic.

    Por anos, a CBF organizava a competição e a própria Globo comprava diretamente os direitos de transmissão, junto ao Clube dos 13, entidade que reunia diversos clubes do futebol brasileiro.

    Sarney no comando: Flávio Dino é a primeira vítima da mudança na direção da PF

    Blog do Rovai – O novo diretor da Polícia Federal chama-se Fernando Segóvia, ex-superintendente da PF no Maranhão durante o governo Roseana Sarney. Diferentes fontes garantem que seu nome foi sacramentado no cargo após um jantar entre o presidente Michel Temer e o ex-presidente José Sarney, aquele cujo domínio da política maranhense durou 50 anos.

    Se alguém tinha dúvida de que a nomeação de Segóvia não tinha sido política e que as relações dele com Sarney e o PMDB não iriam politizar as ações do órgão, pode ir tirando o cavalinho da chuva.

    Ontem a PF realizou no Maranhão a “Operação Pegadores”, um desdobramento da “Operação Sermão ao Peixes”, que apura fraudes no sistema estadual de saúde iniciadas em 2012, quando o secretário de Saúde, do governo Roseana Sarney, era Ricardo Murad (PRP), cunhado dela.

    Só que nesta nova etapa, Murad que era citado pela PF como líder da organização criminosa que teria desviado cerca de R$ 1,2 bilhão da saúde estadual, ficou de fora das investigações.

    Mais do que isso, a operação policial foi toda costurada com os grupos de comunicação locais ligados à Sarney para transformar Dino num ladrão de dinheiro da saúde. E para atacar secretários importantes do seu governo, como Márcio Jerry, também do PCdoB.

    Entre outras acusações, a delegada responsável da operação diz ter achado mais de 400 funcionários fantasmas na saúde, mas não apresentou a respectiva relação de nomes. O governador Flávio Dino já requereu formalmente os nomes da suposta lista. “Estamos esperando a lista dos alegados 400 fantasmas, para verificar se isso procede, quem foi o responsável, em qual época e por qual motivo”, escreveu Dino em suas redes sociais.

    A operação da PF ainda acusa o governo atual de contratar para prestar serviços à saúde uma antiga sorveteria, que teria emitido notas fiscais frias, que permitiram o desvio de R$ 1.254.409,37 (hum milhão, duzentos e cinquenta e quatro mil, quatrocentos e nove reais e trinta e sete centavos).

    Até o momento, porém, não teria sido apresentado pela PF nenhum contrato assinado por qualquer autoridade do governo Dino com a tal sorveteria que teria virado empresa médica.

    Ou seja, está claro que Flávio Dino vai comer o pão que o diabo amassou daqui até o final do seu mandato. E que terá que buscar fora do estado apoio para poder continuar governando.

    Outro político que ousou enfrentar Sarney, o já falecido Jackson Lago (PDT), ganhou a eleição de Roseana mais foi cassado durante o governo para que ela pudesse assumir.

    Quem achava que o velho Ribamar Ferreira de Araújo Costa era carta fora do baralho, enganou-se. Ele está de novo no comando. E da PF. O que não é pouca coisa para quem é especialista em fazer política da forma mais heterodoxa possível.

    Pegadores ou pegadinha?

    Muitas coincidências e dúvidas colocam em xeque Operação da PF no Maranhão

    Sobram esquisitices na Operação “Pegadores”, deflagrada ontem pela Polícia Federal. Vamos a algumas:

    Se a contratação da empresa ORC Gestão e Serviços Médicos, que antes chegou a ser uma sorveteria, ocorreu no âmbito da empresa terceirizada, prestador de serviço, por qual motivo no trecho da página 27 da decisão judicial, que desencadeou a 5ª fase da Operação Sermão aos Peixes consta que a Secretaria de Estado da Saúde contratou a empresa?

    Veio à tona hoje que em outubro de 2013, a empresa alterou a denominação para Ágora Empreendimentos Educacionais Ltda. Mas, durante a coletiva, na quinta-feira, 16, o delegado da PF, Wedson Cajé Lopes, diz que “uma empresa que era sorveteria até fevereiro de 2015, foi transformada da noite para o dia – se tornou ORC Empresa de Gestão e Serviços Médicos”.

    Com tantas contradições é inevitável perguntar. A operação é “Pegadores” ou “Pegadinha”…

    Chico Pinheiro diz que “é uma luta desmontar esses esquemas” de anos e anos de corrupção

    O jornalista Chico Pinheiro, também apresentador do Bom Dia Brasil, da TV Globo, destacou a luta diária do governador Flávio Dino para desmontar esquemas que tem se perpetuado por décadas e décadas de corrupção.

    Ao comentar a matéria de Sidney Pereira, da TV Mirante, sobre a realização da ‘Operação Pegadores’ da Polícia Federal – pela qual é investigado o desvio de R$ 18 milhões de verbas federais destinadas a saúde – ele disse que “é uma luta desmontar esses esquemas” criados ainda durante os regimes da oligarquia.

    “É uma luta desmontar esses esquemas que foram montados durante anos e anos de corrupção”, disse a jornalista Chico Pinheiro ao falar sobre o caso.

    O comentário do jornalista que apresenta o jornal na TV Globo, reflete bem o sentimento da população, que a cada dia se depara com uma nova tentativa de desacreditar o governo. Mas, ações falam mais que palavras. Um (bom) exemplo é o pacote de medidas adotadas pelo chefe do executivo no Maranhão, desde o início do governo.

    A criação da Secretaria de Estado de Transparência e Controle (STC), em 2015, colocou em prática várias ações que garantiram a defesa do patrimônio público, controle interno, auditoria pública, prevenção e combate à corrupção, atividades de ouvidorias e incremento da transparência da gestão – nunca antes vistos na administração pública estadual.

    Outro ato importante foi a publicação da medida provisória que estabeleceu que os cargos de auditor-geral do Estado e de supervisores de auditoria são privativos de auditores de carreira. Com isso, a atual gestão criou as condições de funcionamento da STC, o que possibilitou que o órgão realizasse várias investigações, resultando na identificação de uma fraude nos arquivos que abasteciam o Portal da Transparência.

    Antes, o Portal não atendia aos critérios estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que determina a disponibilização em tempo real de dados sobre a execução orçamentária do Estado – na investigação do STC se constatou que quase 60% dos recursos gastos pelo governo anterior eram secretos, devido à instalação de filtros na geração dos arquivos que alimentavam o portal.

    A realização de seletivo para preencher 46 vagas para o cargo de auditor em saúde – antes ocupadas por indicação ou apadrinhamento político – reflete o compromisso e os esforços da gestão qualificando a mão de obra e não colocando pessoas sem qualificação para onerar o quadro funcional. Do lado de cá, a luta é incansável para extirpar o modelo de ‘terceirização’ construído no clã dos Murad.

  • Deu no D.O

    • A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar. 
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