Zé Cirilo leva seu óquei, óquei para TV Guará
Henrique Bóis
“Estou com minha cabeça a mil”, diz ao telefone no meio de uma tarde de temperatura elevada o apresentador Zé Cirilo. À véspera de estrear na TV Guará, Cirilo tem ainda o entusiasmo dos estreantes. Adrenalina nas alturas e a expectativa escorrendo pelos dedos.
Zé Cirilo estreou na TV Ribamar. Era 1986. O sinal era do Sistema Brasileiro de Televisão (já nas mãos do mascate Silvio Santos, na época mais polido que um lord). Considerando que a televisão tem 69 anos no Brasil, Cirilo esteve presente em metade desta história. “Uma esperança no ar” era a novela em exibição no canal às 19h35. Cirilo vinha lá atrás na grade de programação. No entanto, era novidade no ar.
Quando a TV Difusora numa nebulosa negociação trocou de sinal, tendo como articulador mor o então presidente da República José Sarney (1985-1990), abrindo mão da Globo para repetir o SBT, trouxe o programa de Cirilo grudado na grade. Nesse tempo o poder do zaping era restrito a poucos privilegiados que podiam segurar um controle remoto. Então o jeito era praticar o senta/levanta evocado em uma propaganda das calças de tergal.
À história caberá julgar. Mas, o óquei, óquei, óquei do jornalista do Maranhão é um bordão que antecede ao de Nelson Rubens. É evidente que o peso da fama contribui para que o fiel da balança penda para o apresentador do Sul-maravilha, de onde vinham os videotapes e revistas supercoloridas que inspiravam Cirilo a fazer uma revista na tevê com os recursos disponíveis.
Nesse tempo o formato ainda nem havia ganhado essa nomenclatura nos manuais e compêndios de comunicação. Era revista porque: estava tudo ali, do assunto mais banal ao comentário político com direito a uma entrevista sem cerimônia sobre o varejo do poder ou um evento qualquer acontecendo na cidade. Tudo sem preconceito.
Embora parece de uma ancestralidade imensa, a história de Zé Cirilo está sempre sendo renovada. Nos próximos dias o apresentador dará as caras na programação da TV Guará e ganhará transmissão para todo o estado pela Record News.
Há um suspense no ar sobre como será Zé Cirilo na nova casa. Nele mesmo. No entanto, algumas marcas estão tatuadas: como o Theme New York New York, a música de fred Ebb e John Kander imortalizada por Frank Sinatra e Liza Minelli, em meio a outras tantas. A imagem do apresentador caminhando em direção ao estúdio ao som da trilha evoca um novo tempo na jovial carreira do apresentador. É esperar pra assistir. “Nem sei quando estreio. Estou trabalhando feito doido no cenário”, adianta o apresentador.
O improviso é a marca de Zé Cirilo na TV. Se algum dia obedeceu script, faz tanto tempo que nem lembra de nada. Na seara da tevê ele conseguiu dar outro sinônimo ao zumbido. Passou a ser verbo, substantivo e adjetivo das suas realizações, abordagens de fofocas, tema de festa carnavalesca e tudo que mais couber. Por falar em festas, como colunista, ele imprimiu a marca da belezura promovendo concurso de miss, de mulatas, de passistas de samba e qualquer candidata de belas feições, corpo farto e malemolência comprovado, ou pelo menos insinuante.
Uma lembrança ele cravou nos telespectadores e internautas do país e do mundo. Foi na baita confusão que fez com a morte do vocalista Chorão da banda Charles Brown. Virou meme e ocupou o trending topic (o ranking de acesso na internet) por conta dos risos que provocou em referência ao obituário do artista. Coisa de louco, mas que ele pouco se importa se é non sense ou insensatez. Assim é (se lhe parece) Zé Cirilo na teve, seja Guará ou qualquer outro veículo de difusão de imagem e som.
Parabéns Zé, na torcida aqui pelo teu sucesso.
Parabéns meu amigo
Tenho certeza que vai ser sucesso nessa Nova caminhada porquê você é um Jornalista único grande profissional sua estrela brilha vc tem muita luz