O blog aproveita a justa homenagem do governador Flávio Dino ao militante marxista e poeta Bandeira Tribuzi em gesto de resistência democrática aos desvarios do presidente Jair Bolsonaro em comemorar os 55 anos do golpe militar, para publicar um poema e disponibilizar o disco Pão Geral, realizado pelo MAVAN (Museu da Memória Áudio Visual do Maranhão) e idealizado pelo poeta e jornalista Celso Borges.

Tribuzi, escapou das grades, mas sofreu tortura psicológica ao ser vigiado de perto pela ditadura militar

Pão Geral faz uma releitura musical de vários poemas de Bandeira e tem a participação de mais de 25 artistas maranhenses, entre cantores e compositores: Zeca Baleiro, Rita Benneditto, Chico Maranhão, Chico Saldanha, João Pedro Borges, Bruno Batista, Flávia Bittencourt, Sérgio Habibe, Nosly, Claudio Lima, Fauzi Beydoun, Beto Ehongue, Madian, Preto Nando, Luciana Simões, Chico Nô, Mochel, Madian, Magah, Lobo Siribeira, Luiz Claudio, Josias Sobrinho etc, além de participações especiais das cantoras Monica Salmaso e Susana Travassos.

O blog acredita que a melhor maneira de homenagear um poeta é divulgando os seus poemas.

Afinal,o próprio poeta declara que não quer seus versos numa antologia. “Quero-os rolando/Caminhos e dias/Na boca do povo/rosa da esperança/Vermelha e florida”.

O poema ganhou uma bela versão musical de Zeca Baleiro.

É a primeira faixa do disco.

Outra faixa interessante para o dia de hoje, é a nona (31:50) que reúne fragmentos do poema LUTOLUTA do livro Pele e Osso – 1970,  e dos poemas Ode ao Tempo, do livro Rosa da Esperança – 1950, e América América, do livro Tropicália Consumo & Dor – 1985 (publicação póstuma).

Em uma instigante leitura musical de Madian e Marcos Magah, vale apena ouvir que há uma bala voando, mas “Não creias, América/Que possam silenciar os ritmos eternos/Ou negociar a alma nascida em liberdade˜.

Aliás, parte do título desta matéria é uma reprodução do título do texto de Nauro Machado sobre Tribuizi, publicado em livro que reúne toda a obra poética do nosso bardo vermelho perseguido pela “não ditadura” de Bolsonaro.

A reprodução do título é também uma forma de homenagear o nosso poeta em chamas, Nauro Machado.

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Ouça o disco e descubra um pouco mais sobre Tribuzi.

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