Verdade que a política brasileira anda bem absurda. Mas com certeza nada é comparável à Convenção de Roseana Sarney, realizada ontem.

Para começar, Roseana faz de tudo para esconder os sobrenomes Sarney e Murad. Mas não tem jeito: para encher o palanque tem que botar os parentes. Aí só dá Sarney, Murad e Lobão.

Basta olhar a foto que só se enxergam parentes: Lobão pai e filho; João Alberto e seu filho; Roseana e seus genros; Sarney e seus filhos; Jorge Murad, Ricardo Murad, Andréa Murad. Enfim, as poucas famílias que ainda se acham donas do Maranhão. Difícil é escolher qual fica melhor de bobo da Corte.

Quando entraram os discursos, o caos aumentou. Sarney pai, no poder desde os anos 50, falando de retrovisor. Lobão e Sarney Filho escondendo o amigão Michel Temer. Roseana fingindo que não tem nada a ver com os problemas do Maranhão e prometendo tudo “de novo”. Já pensaram: cabeças decepadas em Pedrinhas, lagosta com dinheiro público, Murad na saúde??

Alcione apareceu por lá com uma musiquinha fraca e está apanhando horrores nas redes sociais.

Sarney quer voltar. E para justificar sua trajetória só citou obras da ditadura militar. Deve estar mesmo com saudades.

Após fazer uma fala recheada de agressões e mentiras, Assis Ramos, prefeito de Imperatriz, não esperou o discurso da sua patroa Roseana Sarney.

Foi visto saindo de fininho, solitário e anônimo da convenção realizada hoje no Espaço Renascença.

A família Sarney notou e não gostou. Pegou mal.

O oportunismo parece ser uma característica inata dos que nascem com o sobrenome Sarney. Neste final de semana, mais um filhote da oligarquia deu mostras de que essa tese é verdadeira. O deputado Adriano, filho de Sarney Filho – ex-ministro de Michel Temer – declarou seu amor ao ex-presidente Lula.

Em evento da caravana da tia Roseana pelo interior do estado, Adriano Sarney fez a seguinte fala: “Sabe o que andam dizendo no Maranhão, sabe o que andam dizendo no Brasil inteiro, que a Roseana é a Lula do Maranhão”. Até mesmo a ex-governadora ficou sem jeito depois da afirmação feita pelo sobrinho. Mais sem jeito ainda ficou o deputado Hildo Rocha ao levantar o braço para concordar com Adriano.

“Lula livre. Porque nós votamos nele. Se ele for candidato nós votamos nele. Não tem para onde correr”, disse o oportunista Adriano. A família Sarney trabalhou incansavelmente pelo golpe que defenestrou Dilma Rousseff do Palácio do Planalto e, consequentemente, resultou na prisão do ex-presidente Lula.

Agora, de maneira oportunista, os Sarney tentam se aproveitar do capital político de Lula no estado para angariar votos. Mas todo o Maranhão sabe que a oligarquia trabalhou para tirar o PT do poder. Roseana chegou até a afirmar que apostou no cavalo certo, ao ajudar a tirar Dilma do poder para colocar Michel Temer.

A família Sarney não engana mais ninguém.

Veja o vídeo do oportunismo de Adriano Sarney:

Revista Forum – A família Sarney, bem conhecida da política do Maranhão, ainda mostra a cara, mas agora esconde o sobrenome. Após sucessivos escândalos, denúncias e governos ruins envolvendo o clã, o sobrenome desapareceu das peças das campanhas eleitorais.

Outro sobrenome que já foi de prestígio e também anda desaparecido das campanhas eleitorais é o da família Murad.

Posto isso, o trio Roseana Sarney, Ricardo Murad e Andrea Murad viraram apenas Roseana. Ricardo e Andrea.

A recomendação foi feita pelo marketing eleitoral do trio para tentar tirar o peso negativo da oligarquia, o que se reverte em alta rejeição do eleitorado.

Há quem duvide que a estratégia dê certo, pois a fachada do trio é bem conhecida e ligada aos seus respectivos sobrenomes. E, de mais a mais, todas as pesquisas indicam que o atual governador Flávio Dino seja reeleito já no primeiro turno.

O presidente Michel Temer revelou, durante entrevista à emissora portuguesa RTP, que “na medida do possível” vai participar da campanha eleitoral.

“Tenho participado, na medida do possível, eu participarei da campanha eleitoral por uma razão singela: é que eu tenho uma equação congressual que reúne mais ou menos uns 20 partidos que apoiam e apoiaram o governo”.

Sobre as alianças nos estados, Temer foi bem claro ao afirmar que precisa tomar cuidado com as divergências entre partidos que o apoiam.

“Eu sei que nas localidades, especialmente na eleição para os governantes locais, para deputados federais, deputados estaduais e senadores, haverá uma divergência e nessa divergência eu preciso tomar muito cuidado”, disse o presidente.

Diante deste cenário, Temer deve entrar de cabeça na campanha de Roseana Sarney, já que nenhum partido que o apoia terá candidatura própria ao governo no Maranhão. Pelo contrário, o adversário de Roseana, Flávio Dino, é do PCdoB, sigla que faz oposição a Temer à nível nacional.

Além disso, o presidente tem no pai de Roseana, José Sarney, o grande conselheiro da sua péssima gestão. Ainda conta a questão da gratidão de Temer ao oligarca.

O levantamento nacional do portal G1, da Rede Globo, mostrando que Flávio Dino é o governador que mais cumpre promessas no Brasil verificou também a situação da educação. Uma das propostas de Flávio Dino antes de assumir o Governo era criar uma rede estadual de ensino integral e profissionalizante.

O compromisso foi cumprido. Foram quase 50 escolas de ensino integral implantadas até agora, incluindo os Centros Educa Mais (de ensino regular) e as unidades do IEMA (de ensino profissionalizante).

Quando assumiu, não havia nenhuma escola de ensino integral de modo efetivo. Até 2015, existia apenas uma unidade atuando em modo experimental.

Durante os quase seis anos de mandato, Roseana Sarney não fez nenhuma dessas unidades.

No balanço que fez sobre a gestão Flávio Dino, a equipe do G1 publicou que “as escolas em tempo integral fazem com que os estudantes tenham uma jornada escolar mínima de 7h30, segundo o governo”.

“São mais de 13 mil matriculados neste sistema”, acrescenta.

Com informações do blog do Jeisael Marx

Em seis anos de governo, Roseana Sarney construiu e reformou 134 escolas no Maranhão. Em três anos e meio, Flávio Dino construiu e reformou 750 escolas.

Esse tipo de comparação vai começar a ser feito cada vez mais, já que a campanha de ambos os candidatos está para começar. Roseana tem motivos para ficar preocupada com os números.

A informação sobre as escolas feitas ou reformadas por Roseana estão no editorial do jornal O Estado do Maranhão de 8 de agosto de 2014. O jornal funciona como um porta-voz da família Sarney, então não há por que duvidar do número.

Se for considerado o período em que Roseana assumiu até o mês em que o editorial foi publicado, são 64 meses de governo. Ou seja, em 64 meses, Roseana construiu e reformou 134 escolas. Flávio Dino tem 43 meses de gestão, em que construiu e reformou 750 escolas.

Fazendo um cálculo simples, chegamos à constatação de que Roseana entregou uma média de 2,1 escolas por mês. E que Flávio Dino entregou 17,4 escolas por mês. Logo Flávio Dino fez 8,3 vezes mais escolas do que Roseana.

Sem ter o que mostrar para a população maranhense, mesmo após comandar o Estado por 16 anos, Roseana resolveu adotar como estratégia a pregação do ódio contra o governador Flávio Dino durante as suas caravanas.

Aliados estão assustados com o tom dos discursos de Roseana. Na mídia alinhada à oligarquia Sarney, só se tem notícias de ataques da ex-governadora a Flávio Dino.

Alcunhas como ditador e perseguidor são recorrentes nos discursos de Roseana, mesmo ela não dando nenhum exemplo prático para isso. Até que não tem medo de bucho grande ela chegou a falar em um de seus discursos.

A estratégia é a mesma adotada por todo o império midiático do clã, que passa dia e noite tentando macular a imagem do governador.

É notória que a tática tem como cabeça o oligarca José Sarney. Ciente das dificuldades que terão para atingir o segundo turno, a ordem dentro do grupo é partir para o ataque odioso aos comunistas.

Sarney Filho, que não é adepto desse tipo de prática, prefere uma oposição mais responsável e menos rancorosa. Essa foi uma das razões para que a própria Roseana o excluísse dessa etapa da caravana, inclusive com um anodetário que já ficou marcado na história política do Maranhão. “Afinal, as pessoas não vivem sem os animais, e os animais não vivem sem as pessoas”, filosofou.

Sem trabalho para mostrar ao povo do Maranhão, mesmo com 50 anos no poder, só resta aos sarneyzistas espalhar rancor, ódio e indignação desesperada.