De secretarias municipais, que depois de cinco meses após a posse ficaram com a despensa vazia para ir às compras por dispensa de licitação às que só andam de tanque cheio, a coluna Deu no D.O., desta semana, é abastecida pelas prefeituras de São Luís, Pirapemas, Pinheiro, Bacuri, São Pedro da Água Branca, Brejo de Areia, Araioses, Zé Doca e Paulino Neves. Use máscara e não leia antes de dormir. A coluna contém produtos que provocam enjoos, tonturas e sentimentos de revolta.
Com todo o gás I – As ruas e logradouros do perímetro urbano de Pirapemas devem estar um brilho; translúcidas como quando o sol a pino bate nas águas do Itapecuru. A Agecom – Empreendimento e Construções limitadas – EPP tá passando a vassoura em R$ 1,4 milhão para arear a cidade e fazer o serviço de limpeza pública.
Com todo o gás II – Já os servidores públicos pirapemenses só podem estar ficando sem fôlego de tanto trabalhar. A prefeitura assinou quatro contratos, no total de R$ 281.900,00, para que Mario Bander-EPP faça a recarga de oxigênio hospitalar medicinal e gás GLP nas secretarias de Administração, Indústria e Comércio (R$ 8.000,00); Educação (R$ 120.000,00); Saúde (R$ 145.500,00) e Assistência Social (R$ 8.000,00).
Com todo o gás III – Em compensação, não tem esse negócio do servidor andar a pé. A prefeitura adquiriu R$ 1,2 milhão em combustível da Correa e Bonamichi LTDA – ME para abastecer as frotas das secretarias municipais da Fazenda (R$ 291.242,30); Educação (R$ 539.522,50); Saúde (R$ 370.735,20) e Assistência Social (R$ 26.500,00).
Petrolão – Mas é em Bacuri que o petróleo jorra. A compra de combustível foi de R$ 2.398.485,52, através de 7 contratos. Todos com o Posto São Sebastião LTDA. A gasolina comum e o óleo S-10 vão encher os tanques das secretarias de Administração (R$ 846.497,94), Saúde (R$ 160.000,03 e R$ 533.115,17), Educação (R$ 140.000,34 e R$ 152.236,48), Infraestrutura (R$ 556.090,56) e Assistência Social (R$ 10.545,00).
Cadeia produtiva I – Estruturada em torno da MA-125 e contornada pela fronteira Maranhão/Pará, a combustão também é intensa em São Pedro da Água Branca. A prefeitura passou a caneta Bic e adquiriu R$ 1.922.600,00 em gasolina comum e diesel das empresas E. Maltarolo Eireli e R.J. Ericeira Combustível LTDA.
Cadeia produtiva II – A Maltarolo arrematou R$ 1.047.800,00 para encher os tanques da Saúde (R$ 734.000,00), Administração e Finanças (R$ 539.600,00) e Educação (R$ 184.400,00 e R$ 179.400,00). E a Ericeira R$ 824.800,00 os da secretaria de obras.
Cadeia produtiva III – Com a grande movimentação das notas e dos vale gasolina, a gestora dos água-branquenses destinou R$ 480.000,00 para o livro caixa da Kleiton Gonçalves de Miranda Eireli., pela consultoria em contabilidade pública às mesmas secretarias abastecidas pela Maltarolo.
Cadeia produtiva IV – Se já tinha quem desse um jeito nas contas, a prefeitura não perdeu tempo. Dispensou licitação e celebrou com a SiqueiraFreiraAdvogados contrato de R$ 342.000.00 para atender as por venturas necessidades jurídicas do município. Seguro morreu de velho.
Mecanismo – Enquanto isso, Brejo de Areia azeita a sua frota. A prefeitura engatou quatro contratos para aquisição de peças automotivas da Wanderley Viera de Sousa. A empresa vai meter a mão na graxa de R$ 567.395,42 e atender as secretarias de Educação, Assistência social, Administração e Saúde.
Arranha-céus – Com menos de 30% da população morando na zona urbana, a prefeitura de Araioses aderiu a Ata de Registro de Preço e contratou a Meso Engenharia Ltda. Para fazer a manutenção preventiva e corretiva, de natureza continuada, de prédios públicos no município, durante 12 meses. Foram 3 contratos somados em R$ 8.134.563,46.
Mão de cal – Segundo dados do IBGE em 2018, o município de Pinheiro possuía 133 escolas de ensino fundamental. Agora em 2021 a prefeitura contratou por R$ 3.662.737,97 a Was Construções Eireli para “a execução das obras de reforma das escolas da rede de educação básica”. Resta saber quais?
Via Láctea – A localidade Conquista na zona rural de Zé Doca foi premiada com obras de pavimentação e drenagem superficial no valor de R$ 3.306.490,92. Daí porque o extrato do contrato publicado no Diário Oficial não se refere a ´ruas´, ´vielas´, ´travessas´ ou ´becos´; mas ´vias`.
Alma gêmea – A prefeitura de Paulino Neves contratou por R$ 7,6 milhões a Prime – Locação de Mão de Obra e Terceirização de Serviços – LTDA para a execução de, “serviços acessórios de mão de obra terceirizada”, para atender as necessidades das secretarias de Planejamento (R$ 3.416.100,00), Educação (R$ 2.619.008,16), Saúde (R$ 768.621,96) e Assistência Social (R$ 854.024,40).
Boquinha I – A cozinha faz a diferença entre o público e o privado. Quem deixa a despensa da casa ficar vazia, corre o risco de passar fome ou sede. No órgão público, quem deixa a despensa ficar vazia, pode comprar por dispensa de licitação e matar a fome e a sede.
Boquinha II – Entre o final de maio e o início de junho, 5 meses após a posse, na capital São Luís, as secretarias municipais da Criança e Assistência Social (Semcas) e a de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa), deixaram a despensa ficar vazia.
Boquinha III – A Semcas foi duas vezes às compras por dispensa de licitação, e as duas na mesma empresa, A Silva Serviços, Consultoria, Comércio e Representação Eireli. Foram R$ 365.292,81 em carne, frango e peixe; R$ 172.493,96 em hortifrutigranjeiros. A feira saiu por R$ 537.786,77.
Boquinha IV – A Semapa, por sua vez, bateu à porta de uma “empresa especializada no fornecimento de água mineral” e comprou R$ 17.121,90 do precioso líquido da 2DL Distribuidora Eireli.