Andrea Murad “comemora” a inelegibilidade do próprio pai
Foi espantosa a ansiedade que a deputada estadual e candidata à reeleição, Andrea Murad (PRP), esboçou ao tomar conhecimento da decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), que decidiu por seis votos a um pela inelegibilidade do seu pai, o ex-secretário de Ricardo Murad.
O motivo da “alegria” da parlamentar é que, na visão dela, a condenação do seu pai supostamente criaria jurisprudência para a condenação em segunda instância de Flávio Dino na Justiça Eleitoral.
Mas a euforia de Andrea Murad deve morrer na praia. A sentença proferida monocraticamente pela juíza de Coroatá, Anelise Reginato, que determinou a inelegibilidade do governador, não deve passar em um tribunal colegiado. Tanto que a decisão foi considerada frágil e inconsistente pela promotora de Justiça Aline Silva Albuquerque, que determinou o arquivamento da ação.
Já na decisão que tornou Ricardo Murad inelegível, as provas de irregularidades são cabais. Murad foi condenado por abuso de poder político e econômico durante a campanha de 2012. A Justiça Eleitoral considerou que ele utilizou o cargo de secretário de Saúde durante o governo Roseana Sarney (PMDB) para viabilizar convênios para construção de poços artesianos, quando a mulher disputava as eleições municipais em Coroatá, reduto político da sua família.