Coronel Nunes assume a presidência da CBF – Foto: Glaucon Fernandes/Agência Eleven/Gazeta Press

Substituto de Rogério Caboclo na presidência da CBF, o vice-presidente mais velho, dentre os oito da entidade, Antônio Carlos Nunes de Lima, foi o homem de confiança da ditadura militar em plena selva Amazônica.

Matéria do jornalista Lúcio de Castro veiculada pela Agência Pública em 2016 revela a progressão meteórica de Nunes que ingressou na Polícia do Pará, nove dias depois de deixar a Força Aérea Brasileira (FAB) em 31/12/66 no posto de cabo por tempo de serviço.

De 67 a 91, quando se aposentou como coronel, segundo a Pública, foram mais de seis promoções; das quatro por merecimento foram durante os anos de chumbo do regime.

A PM do Pará se notabilizou no período ´´como braço de apoio ao Exército na repressão e extermínio à guerrilha do Araguaia e aos demais movimentos populares e de resistência no Pará“, garante Lúcio de Castro.

Segundo o jornalista, a prova definitiva da confiança da ditadura foi a sua nomeação em maio de 71 como comandante da então Companhia Independente da Polícia Militar de Santarém (CIPM).

O posto era estratégico para o general Médici. Considerada Área de Segurança Nacional, Santarém foi uma das cidades mais vigiadas pelos militares no início dos anos 70.

A reportagem também ressalta que o coronal Nunes, como gosta de ser chamado, recebia à época (2016) salário mensal da FAB como anistiado, ´´vítima de ato de exceção de motivação política´´, apesar de ter sido comandante militar e prefeito biônico em Monte Alegre (PA).

Além de tudo isso, ele ainda recebeu uma indenização retroativa de R$ 243.416,25 em 2003.

Por essas coincidências, às vésperas da Copa do Mundo de 70, João Saldanha foi demitido do cargo de técnico da seleção brasileira após se recusar a convocar o jogador Dario, ´sugerido´, pelo presidente Médici!

Médici & Bolsonaro

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