Sarney, eterno inimigo das Diretas
Não é de hoje que o oligarca José Sarney é contra eleições diretas no Brasil. Atualmente Sarney articula para que o presidente Michel Temer (PMDB), seu aliado, se mantenha no poder sem que haja a necessidade de eleições diretas. O objetivo: salvar a candidatura da sua filha, Roseana Sarney (PMDB), nas eleições de 2018. Mas desde a década de 1980, quando o país ainda vivia a ditadura militar, Sarney já havia demonstrado ser contra o desejo popular de votação direta dos seus representantes.
Pouco de antes se tornar presidente da República, em 1984, quando milhares de brasileiros saíram às ruas para pedir a redemocratização do país no movimento conhecido como “Diretas Já”, Sarney se contrapôs aos interesses das massas argumentando que eleições diretas não seriam condições essenciais para uma democracia plena, sendo inclusive desnecessárias em todos os níveis (municipal, estadual e nacional).
Um ano antes, em 1983, José Sarney, então presidente do extinto Partido Democrático Social (PDS), votou contra a Emenda Constitucional nº5, que já visava o restabelecimento das eleições diretas. Ele trabalhou nos bastidores do parlamento contra a emenda, que acabou sendo derrotada e não entrou em vigor.
No contexto atual, Sarney foi decisivo para que Temer decidisse não renunciar, apesar das graves denúncias contra o presidente. Sarney espera contar com o apoio da máquina Federal em uma eventual campanha de Roseana para o governo do Maranhão. A saída de Temer pode atrapalhar e enfraquecer os projetos políticos do clã Sarney para 2018. Com o iminente afastamento de Temer, o melhor cenário possível seriam eleições indiretas, onde Sarney e seu grupo político poderiam barganhar votos no parlamento e até indicar um nome para disputar a votação indireta do novo presidente.
Sarney, presidente duplamente indireto
É importante lembrar que o processo que levou Sarney à Presidência também foi indireto. A eleição que escolheu Tancredo Neves como presidente da República foi indireta. Coube ao colégio eleitoral formado pelos parlamentares do Senado e Câmara Federal definir o primeiro presidente após três décadas de poder dos militares.
A posse de Tancredo Neves na presidência da República estava marcada para 15 de março de 1985. Porém, ele não chegou a tomar posse devido a problemas de saúde. Ele faleceu no dia 25 de abril daquele ano e deixou o cargo vago para o vice José Sarney.
Como a morte de Tancredo Neves ocorreu antes de ele assumir o governo, colocou-se em dúvida a legitimidade da posse do vice-presidente Sarney na presidência da República. Alguns estudiosos do período argumentam que durante o mandato presidencial de José Sarney, os militares exerceram algum tipo de tutela sobre o governo.
Sarney governou o país de 1985 a 1990, e encerrou seu mandato deixando como herança uma crise econômica sem precedentes na história do país, com uma escalada da inflação que chegou a um patamar de 1800%.
Foi só com a saída de Sarney que o Brasil completou a transição para a democracia, com a realização, em 1989, das primeiras eleições diretas para presidente, o que não ocorria desde 1960. Dessa vez Sarney – felizmente – não teve como intervir.
Garrone velho de guerra, no seu modo de entender pq qual motivo o ¨velho Sarna ¨continua dando as cartas na República? O que vc acha que Sarney fez de mais útil e importante no seu mandato presidencial? Um abraço e fique com Deus.
Sarney, um eterno inimigo da democracia. Sarney entrou e vai sair pela portas do fundo da política. Mal caráter esse indivíduo é o contrário da decência, é o prenúncio do que lhe reserva a historia. Ele terá seu lugar merecido na posteridade: Um golpista, um fãmulo da plutocracia que sequer pode invocar a idade provecta para justificar os horrores que vem fazendo contra o povo.
Sarney saindo da vida politica do País, sumisse, escafedeu-se, tem muito mais serventia.