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  • ROSÁRIO DE SUSPEITAS

    Rosário: a Covid, os veículos alugados e os 525 mil que foram pelo ralo da pia de torneira flutuante que não existe mais

    A torneira flutuante de Rosário

    Em Rosário torneira pode até flutuar, mas o que fez jorrar R$ 525 mil em locação de veículos para atender as necessidades dos programas Saúde da Família e Tratamento Fora Domicílio, entre 21 de janeiro e 9 de abril, não foi mágica.

    Foram os dois contratos de aluguel de carros assinados sem licitação pela prefeitura com as empresas D.C.N. dos Santos (R$ 244.500,00/PSF) e Verona Transportes Comércio e Serviço Ltda – ME (R$ 279.900,00/TFD) a título garantir a continuidade desses serviços até realização do devido certame licitatório.

    A frota também deveria ter o seu papel na contenção da cepa amazônica da Covid, que avançava pelo país deixando um rastro de morte e devastação. Afinal, tanto o PSF quanto o TFD trabalham com público exposto ao descontrole da pandemia.

    A torneira flutuante é uma invenção do ex-secretário de educação do município Joaquim Sousa Neto, inspirada em outras instaladas em cidades como Bruxelas, na Bélgica, e Otawa, no Canadá . Enquanto esteve em funcionamento foi ponto turístico e moldura de fotos com autoridades que visitavam a cidade. Com a mudança de turno na prefeitura, a engenhoca tomou chá de sumiço.

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    No entanto, os números da Covid colocam em dúvidas a eficácia desse combate motorizado. Levando-se em conta o prazo de 79 dias e os valores dos contratos, os resultados não correspondem ao mínimo do que se podia esperar de uma ação de tal envergadura. Por mais que as frotas tenham sido alugadas para atender programas, que a princípio não estão na linha de frente do combate ao coronavírus.

    Ou seria ignorância não conseguir compreender o gasto de meio milhão de reais com locação de carros até para tratamento fora domicílio?

    Ou seria loucura perceber ao comparar os números da pandemia que o vírus contaminou e matou mais rosarienses em 30 dias, do que nos 106 que antecederam as assinaturas dos contratos de locação?

    Nas reproduções abaixo, os meses de novembro (05/11/2020, 508 casos confirmados e 14 óbitos),fevereiro (19/02/2021, 529 casos e 17 óbitos) e março (22/03/2021, 614 casos e 22 óbitos). Veja e compare.

    Será que houve algum engano? Como explicar gastar mais de meio milhão alugando carros e o vírus no período de vigência desses contratos emergenciais fez foi crescer e de maneira muito mais acelerada?!?!  

    Esses veículos não teriam sido contratados para participar da Micarroça?

    A Micarroça é o tradicional cortejo de carroças na quarta-feira de cinzas, que a mais de 40 anos fecha com chave de ouro o carnaval rosariense.

    Os contratos de locação foram assinados no final de janeiro. Os 525 mil foram pelo ralo da pia da torneira flutuante que não existe mais.

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  • Deu no D.O

    • A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar. 
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