Logo
  • MÚSICA

    Miolo, de César Nascimento e Celso Borges, é o bailado do boi com sua couraça colorida de miçangas e histórias bordadas

    Pela segunda vez, depois de mais de uma centena de anos ininterruptos, a matraca e o pandeirão não fizeram o chão tremer durante o mês de junho.

    Sem os folguedos que iluminam os corações dos Homens, a música Miolo, de autoria de César Nascimento e Celso Borges, é um iodex na alma e nos remete ao bailado do boi nos arraiais da cidade, com sua couraça colorida de miçangas e histórias bordadas.

    Anônimo, porém, essencial, o miolo é o integrante do grupo que brinca debaixo do boi.  Sem ele, o boi seria apenas uma peça de exposição, um chaveiro, uma gravura na camisa do turista.

    A homenagem de César e Celso faz justiça a esse personagem até então pouco cantado em versos. Ressalta-se também que Miolo é um resgate de uma tradição da música popular maranhense em produzir belas composições de bumba-meu-boi.

    Na beleza desse bailado, o boi é acompanhado de um videoclipe, que nos faz pensar que o miolo parece ser feito de vento, flutua no ar, mas é feito de gente. E com 15 Kg nas costas!

    É a arte de Alex Soares (editor), Beto Matuck (imagens), Murilo Santos (imagens), Fábio Carioca (Fotografia) e Márcio Vasconcelos (Fotografia).

    Onde tem miolo, tem boi!

      MIOLO
     César Nascimento e Celso Borges
     
    Oi se tu quando chega no terreiro
     Dá de cara com o vaqueiro  
     Dançando na frente do boi  
     Saiba que ali tem miolo
     E se tem miolo tem boi
     
     O miolo é alma do boi
     O miolo é a vida do boi
     O miolo é a cara do boi
     O miolo é o corpo do boi
     O miolo é o baile do boi
     O miolo é o silêncio do boi
     
     Não precisa abrir o berreiro
     Quando brinca parece um guerreiro
     Gingando de dentro do boi
     Saiba que ali tem miolo
     E se tem miolo tem boi
     
     O miolo é alma do boi
     O miolo é a vida do boi
     O miolo é a cara do boi
     O miolo é o corpo do boi
     O miolo é o baile do boi
     O miolo é o silêncio do boi
     
     Olhali, lá vem ele brejeiro 
     Como um raio surgindo certeiro
     Bailando de dentro do boi
     Saiba que ali tem miolo
     E se tem miolo tem boi
     
     O miolo é alma do boi
     O miolo é a vida do boi
     O miolo é a cara do boi
     O miolo é o corpo do boi
     O miolo é o baile do boi
     O miolo é o silêncio do boi
     
     Quando pula todo matreiro
     ilumina que nem fogareiro
     Acendendo os olhos do boi
     Saiba que ali tem miolo
     E se tem miolo tem boi
     
     O miolo é alma do boi
     O miolo é a vida do boi
     O miolo é a cara do boi
     O miolo é o corpo do boi
     O miolo é o baile do boi
     O miolo é o silêncio do boi
     
     

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • Deu no D.O

    • A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar. 
  • Fale com o Garrone

    (98) 99116-8479 raimundogarrone@uol.com.br
  • Rádio Timbira

    Rádio Timbira Ao Vivo