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  • Lobão na lista da “delação do fim do mundo” entregue por Janot ao STF

    Pelo menos cinco ministros do governo Temer, os presidentes da Câmara e do Senado,               dois ex-presidentes da República, dois ex-presidenciáveis do PSDB.

    O ex-ministro e senador, Lobão, na lista dos denunciados pela PGR

    (O GLOBO) – A lista que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) atinge os principais partidos e deve espalhar a Lava-Jato pelo país. No total, Janot pediu nesta terça-feira que sejam abertos 83 inquéritos no STF contra autoridades com foro na Corte. Em outros 211 casos, ele sugere que os citados sejam investigados em várias instâncias do Poder Judiciário. A decisão dependerá do ministro do Edson Fachin, do Supremo, a quem cabe autorizar as investigações e remeter os demais casos para outros tribunais.

    Os políticos — estima-se que sejam pelo menos 170 — aparecem nas delações de 78 ex-executivos da Odebrecht. Na lista estão os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-geral da presidência), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades) e Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia). Do Congresso, a lista começa pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Pessoas com acesso à investigação confirmaram ainda que houve pedido para investigar os senadores do PMDB Renan Calheiros (AL), Edison Lobão (MA) e Romero Jucá (RR), esse último atual líder do governo no Senado.

    Ao STF, Janot também pediu abertura de inquérito contra os ex-candidatos do PSDB à Presidência da República José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). Há ainda indicação para que a primeira instância da Justiça Federal investigue os ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e ainda os ex-ministros da Fazenda Antônio Palocci e Guido Mantega, todos do PT. Os pedidos do procurador-geral estão baseados em 950 depoimentos, e-mails, planilhas, cópias de mensagens e outros documentos de executivos da Odebrecht.

    Num pedidos de inquérito, Janot deverá investigar o jantar oferecido pelo presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu, a Marcelo Odebrecht e Claúdio Melo, ex-presidente e ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht. Em um dos depoimentos da delação premiada, Melo disse que, durante o encontro, Temer pediu dinheiro para financiamento de campanha eleitoral de 2014. Marcelo teria acertado mais tarde repassar R$ 10 milhões. Deste total, R$ 6 milhões teriam sido destinados ao ministro Eliseu Padilha. O restante ao presidente da Fiesp, Paulo Skaf, ex-candidato do PMDB ao governo de São Paulo.

    Padilha é um dos alvos centrais do inquérito, apontado como um dos autores do pedido do dinheiro. Mas não está claro ainda qual tratamento será dado a Temer. Pelo entendimento de procuradores da Lava-Jato, presidente da República não pode ser investigado por fatos anteriores ao mandato. Temer também não pode ser simplesmente excluído do inquérito porque coube a ele promover o jantar. Procuradores consideram uma questão menor saber se o presidente pediu ou não dinheiro aos executivos da Odebrecht. Para efeitos penais, a simples organização do jantar teria criado condições para o pedido aos executivos.

                                     OS ALVOS DE PEDIDOS DE INQUÉRITOS

    PMDB

    EUNÍCIO OLIVEIRA, PRESIDENTE DO SENADO

    ELISEU PADILHA, MINISTRO DA CASA CIVIL

    MOREIRA FRANCO, MINISTRO DA SEC. GERAL

    EDISON LOBÃO, SENADOR

    ROMERO JUCÁ, SENADOR

    RENAN CALHEIROS, SENADOR

    PT

    LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, EX-PRESIDENTE

    DILMA ROUSSEFF, EX-PRESIDENTE

    GUIDO MANTEGA, EX-MINISTRO

    ANTONIO PALOCCI, EX-MINISTRO

    PSDB

    AÉCIO NEVES, SENADOR

    JOSÉ SERRA, SENADOR

    BRUNO ARAÚJO, MINISTRO DAS CIDADES

    ALOYSIO NUNES FERREIRA, MINISTRO DAS REL. EXTERIORES

    DEM

    RODRIGO MAIA, PRESIDENTE DA CÂMARA

    PSD

    GILBERTO KASSAB, MINISTRO DAS CIDADES

    Parlamentares, ministros e outros políticos citados na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, adotaram um discurso oficial cauteloso ao serem questionados sobre os pedidos de abertura de inquérito. Alguns disseram-se à disposição para esclarecimentos, outros declararam que só se manifestarão após acesso ao teor das delações e houve quem não foi encontrado ou não retornou.

     

     

    1 comentários para “Lobão na lista da “delação do fim do mundo” entregue por Janot ao STF

    1. Macabeu disse:

      Esse LOBÃO nao tem mais jeito, se enterrou na lama da corrupção e está morto e sepultado. Nao encara nem mais seus neto de tanta vergonha que eles aente por este seco. Lobao perdeu o que tinha de mais precioso; vergonha; mas dizem que vergonha só sente quem tem,LOBÃO essa figura magérrima é o símbolo da degradação humana, esse objeto é desses politico que nos atormenta com sua presença na politica e que impede que nos tornemos uma sociedade avancada.

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