Intervenções garantem apenas apoio formal e deixam Eliziane Gama cada vez mais só
Ao contrário do que se possa imaginar o anúncio da aliança com PSDB e a retomada do PSB pelo senador Roberto Rocha, para apoiá-la, deixaram a deputada federal e pré-candidata a prefeita de São Luís, Eliziane Gama (PPS), cada vez mais só.
Ela preferiu pactuar com caciques em Brasília a buscar o apoio das bases desses partidos, para tentar convencê-las da maior viabilidade de sua candidatura em detrimento dos pré-candidatos já declarados, Neto Evangelista (PSDB) e Bira do Pindaré (PSB).
A estratégia seria correta se não se limitasse apenas a implodir essas investiduras, que por disputar idêntico eleitorado ameaçavam suas possibilidades de enfrentar, no caso de um segundo turno, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), e poderiam, se por ela fossem superados no primeiro escrutínio, ainda apoiar a reeleição do prefeito.
Além do tiro sair pela culatra, pois os dois – ambos agentes políticos com ampla penetração na sociedade, farão de tudo para ajudar a derrotá-la.
Em momento algum, tanto no PSDB quanto no PSB, por entender não haver dúvidas sobre a sua majestade, Eliziane colocou o seu nome em discussão, mesmo com o apoio das principais lideranças dessas agremiações.
O trono e a coroa não são um processo de escolha democrática, mas uma condição divina!
Gama terá somente o apoio formal desses partidos, que nada significa sem o esteio da militância, responsável por manter alguma convicção de compromisso com a sociedade.
Sem militantes políticos um partido não se consolida – será meramente uma sigla de aluguel – e um candidato dificilmente se elege.
Seria bom lembrar que em 2010, Roseana Sarney (PMDB), ao arrematar PT, também através de uma intervenção nacional, distribuiu empregos públicos, promessas, e muito dinheiro – segundo denúncias da época – para garantir o apoio de parte da militância !
Ao ignorar as bases partidárias, a irmã também revela, porventura seja eleita, que estabelecerá suas prioridades não através do diálogo com a população, mas do conluio com seus representantes e mandachuvas em Brasília.
O resto que se dane!
Quem se lascou nessa história toda foram os candidatos a Vereador do PPS porque vão coligar com o PSDB e servir de bucha de canhão. Pinto, sabendo que não teria chance de emplacar seu filho como vereador porque o partido só faz três ou remotamente quatro candidatos e quatro já tem mandatos (Gutemberg, José Joaquim, Josué Pinheiro e Edmar), tratou de resolver o problema coligando proporcionalmente e majoritariamente com o partido da Deputada e, de quebra, abocanhou a vice. Parabéns Pinto, muito esperto… Pior para a galera do PPS que mais uma vez vão para o sacrifício em prol da Deputada.