Folha reedita matéria da versão impressa para produzir e ampliar fake contra Flávio Dino
Jornal ignora ameaças contra Dino e acusa ministro de marcar agenda na sexta em São Luís para voar pela FAB e emendar final de semana
A Folha de São Paulo publicar fake news tão abaixo dos padrões com que costuma manipular a opinião pública, não é outra coisa senão a reação de uma elite incomodada e preocupada com atuação de Flávio Dino à frente do Ministério da justiça.
Não se trata de fazer do ministro um alvo permanente, mas de aplicar situações que possam conter o seu avanço além do limite desejado. Sabem que na sucessão de 2026, caso o presidente Lula não dispute a reeleição, Flávio Dino é um dos favoritos para comandar a chapa progressista.
Mal apurada e com contradições internas sem tamanho, matéria publicada na versão impressa ganha nova edição na digital somente para incluir e destacar Dino entre os ministros do governo Lula, que marcam agenda às sextas em suas cidades para voar de FAB e emendar o fim semana.
A Folha afirma no sub-título acrescentado na versão digital que os ministros da Justiça (Flávio), Fazenda (Haddad) e Trabalho (Luiz Marinho) são os que mais fazem uso da artimanha para visitar seus redutos eleitorais à custas do contribuinte.
A manipulação grosseira fica evidente logo nos primeiros parágrafos, onde não consta o nome do ex-governador do Maranhão entre os três citados como exemplo de ministros que “tornaram rotina o despacho às sextas-feiras nas cidades onde moram”.
No lugar, de Dino quem aparece é a ministra da saúde, Nísia Trindade.
Flávio só embarca na nonagésima linha do vigésimo sétimo parágrafo, no final de uma longa matéria com mais de 1200 palavras.
Diferente dos outros ministros que tinham agendas em suas cidades e procuraram justificar caso a caso, Flávio Dino não tinha compromisso registrado e explicou através de nota emitida pelo Ministério da Justiça que o uso do avião da FAB era por motivo de segurança.
A Folha se eximiu de averiguar as ameaças contra o ministro que trava uma luta sem trégua contra a liberalidade armamentista, o garimpo ilegal, o fascismo.
“ A pasta argumenta que as ameaças e agressões estão registradas e em apuração em órgãos policiais”, se limitou a dizer a Folha, deixando no ar as dúvidas facilmente verificáveis.
Apesar do especialista em direito administrativo Fernando Carvalho Dantas e dos professores de Direito Administrativo André Rosilho (FGV-SP) e Antônio Rodrigues Machado (IDP) ressaltarem no corpo da matéria que a análise das agendas é o ponto central para determinar se há desvio no uso do bem público, a Folha não deu à mínima e cravou a manchete insinuando, ou melhor, afirmando de tanto dar a entender, que os ministros o governo montam agenda na sexta para viajar de FAB e passar o final de semana em casa.
Ao contrário da edição digital, a matéria impressa destaca os alertas e situações que precisam ser localizadas para que se possa falar em desvio de dinheiro público, segundo os especialistas e professores ouvidos pela reportagem.
A matéria no papel e na tela é a mesma, o que difere é o caminho de rato aberto na amplitude das redes sociais.
Se a qualidade das fake news e um certo refino na arte de enganar eram uma das marcas do jornal Folha de São Paulo; desta vez o negócio foi escancarado. Não digo vergonhoso, porque quem chega a esse ponto, não tem nenhuma vergonha a perder.