Flávio: uma das diferenças com Roberto é que Weverton e Eliziane não nasceram do ventre do coronelismo
Em entrevista, após reunião onde apresentou aos presidentes dos 14 partidos de sua aliança os nomes de Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS) para disputar o Senado, o governador Flávio Dino (PCdoB) fez mea-culpa, e diz que aprendeu com o erro, ao ser questionado sobre quais as garantias que tem o eleitorado de não correr o mesmo risco de 2014, quando a seu pedido elegeu Roberto Rocha.
Dino admite que foi enganado e se deixou levar pela lábia de Rocha ao acreditar no seu rompimento com as velhas práticas políticas do atraso.
– O Roberto foi uma aposta que eu fiz no sentido de que de fato a conversão dele para um campo político mais avançado era sincera. Infelizmente eu errei, por que ele dizia isso, aparentava ter rompido com a visão coronelista da qual ele é filho. Eu achava que ele tinha avançado – disse.
Além de ressaltar que Weverton e Eliziane possuem históricos de compromissos com o campo popular e exercem seus mandatos com qualidade e seriedade, Flávio ainda apresenta as diferenças de berço como atestado de garantia.
– Nenhum dos dois nasceu do ventre do coronelismo. Não se trata de pessoas que vão ter que romper com sua visão de mundo para se adequar a uma visão mais moderna. Pelo contrário, eles são frutos de um processo de renovação, de mudança. Nenhum tem dente de leite no telhado do palácio.
Mas como a comparação com Roberto Rocha não é parâmetro de qualidade e só foi feita na entrevista para lavar a alma, a defesa das duas candidaturas para o Senado durante a reunião foi com base em suas trajetórias e profundas reflexões.
– Não foram preferências aleatórias ou por amizade, e sim leitura política de que essa chapa tem tudo para unir esses 14 partidos em obter uma vitória definitiva – avisou.
No encontro, Flávio também defendeu a reeleição de Carlos Brandão, como vice-governador, por sua lealdade política e administrativa, por sua atuação nas tarefas de governo e na capacitação de investimentos nacionais e internacionais.
– Em time que está ganhando não se mexe – alertou.
No entanto, Dino fez questão de deixar claro que, embora essa seja a chapa majoritária que entende ser a mais adequada, não se trata de uma imposição, pois “não foi batido o martelo ainda”.
Pode até ser que não tenham nascido nesse tal ventre – mas pelo menos duas figuras ai da foto querem eles mesmos se tornarem, por assim dizer, coronéis repaginados. A terceira figura almeja algo ainda maior: ir para o céu sem morrer, como se isso fosse possível depois de abraçar e beijar o Capeta…
Pobre Maranhão