Depois que o Porto do Itaqui deixou de ancorar, após 13 anos, as embarções da alegria dos apaziguados do governo Roseana Sarney, distribuindo bonificações ilegais, pagando salários extraordinários e, dentre outras, encaminhando verbas milionárias de publicidade para o sistema de comunicação da família, o suplente de senador Edinho Lobão (PMDB) resolveu “trabalhar”para que o governo federal volte administrar o terminal como fizera entre 1973 e 2001.
Em declarações ao blog do Diego Emir, Edinho Lobão, disse que a “idéia” está sob avaliação do ministro-chefe da Casa Civil, do governo Michel Temer, Eliseu Padilha, e que se faz importante a federalização por conta do atual momento político, onde se faz necessários uma gestão moderna e progressista.
O dificíl é entender que o ele entende por “gestão moderna e progressista”, quando em apenas um ano após o naufrágio da oligarquia, o lucro do porto saltou de R$ 307 mil em 2014 para R$ 68 milhões em 2015, sob o comando da Empresa Maranhense de Administração Portuária, no governo Flávio Dino.
O secretário Márcio Jerry considerou um acinte ao Maranhão a proposta do empresário.
– Edinho Lobão poderia ter anunciado que solicitaria apoio ao Maranhão na saúde, educação, infra-estrutura; mas não, ele quer mesmo é agredir o nosso estado, tirando daqui aquilo que é estratégico para o nosso Estado – lamentou Jerry.
Ainda segundo o secretário o que está por trás da proposta do filho do senador Lobão, é o descontentamento com a moralização promovida pelo governo Flávio Dino na Emap.
– O que antes era um antro de corrupção e desperdício, hoje é uma empresa referência de eficiência, de resultados positivos – explicou.
Embora teoricamente a federalização do porto transfira a sua administração para o governo federal, quem vai mandar – caso conteça mais esse golpe ao patrimônio do Maranhão – mesmo é o grupo Sarney, empregando os velhos bons marujos de uma guerra suja que condenou a população aos maiores índices de miséria do País.