Ecologista de meia-tigela: Roberto Rocha aprova MP que ameaça devastar a Amazônia
É na hora da onça beber água que a gente tem a certeza de que o discurso do senador Roberto Rocha em defesa do meio ambiente é somente da boca pra fora.
Na última quarta-feira, 23, Rocha foi um dos 50 senadores que confirmou sem nenhuma modificação as Medidas Provisórias 756 e 758 aprovadas uma semana antes pela Câmara que ameaçam destruir 1,19 milhão de hectares da Amazônia e do que resta de Mata Atlântica no País, no Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina.
Dados do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia estimam que em 30 anos somente os danos na Flora do Jamanxim no Pará, uma das unidades de conservação mais afetadas, provocarão a liberação de 140 milhões de toneladas de gás carbônico atmosfera.
As medidas aprovadas transformam partes das Florestas Nacionais e Parques Nacionais em Área de Proteção Ambiental, que com regras menos rígidas permite o agronegócio, mineração e até mesmo a privatização; investimentos que priorizam os interesses econômicos em prejuízo à necessidade de preservação e os interesses das futuras gerações.
É assim que se comporta em Brasília o ecologista Roberto Rocha, o mesmo que circula pelo Maranhão promovendo seminários em defesa da preservação dos rios maranhenses e suas nascentes!
O meio ambiente só serve enquanto discurso fácil, sem confronto com os interesses financeiros. Um pano de fundo para ilustrar discursos e camuflar sua própria natureza.
Sob os aplausos dos ruralistas e bastas feras, as MPs são consideradas por entidades ambientais como um dos maiores crimes impetrados pelo governo Temer contra o meio ambiente no País e uma ameaça para o futuro da humanidade.