Deputado aliado de Renan pede convocação de Lewandowski como testemunha à CPI do MST
O deputado Alfredo Gaspar (União-AL) apresentou requerimento à CPI do MST convidando o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski.
Gaspar acusa Lewandowski de contrariar a Constituição por ter participado de evento promovido pelo MST na escola Florestan Fernandes, dia 11 de fevereiro.
Declaração do ministro publicada no jornal Gazeta do Povo, foi o estopim dos dois neurônios do deputado alagoano, que foi secretário de segurança no governo Renan Filho.
“Visitando a Escola do MST, percebi do que é capaz o povo organizado. A Escola é um exemplo disso”, teria dito, e com razão, Lewandowski.
Gaspar faz um malabarismo de botequim, capaz de convencer somente os da mesma estirpe:
“O “povo organizado”, de acordo com o ex-magistrado, toma forma no MST, que de maneira organizada, mas não ordeira, em abril último invadiu três propriedades somente no Estado da Bahia …
Nossa Carta Magna, no inciso XXII do art. 5º, é sábia ao dizer que “é garantido o direito de propriedade”. Ora, enquanto Ministro do STF, cabia a ele guardar e preservar a Constituição em sua totalidade. Foi,
para dizer o mínimo, contraditório zelar pela garantia constitucional do direito à propriedade e se irmanar em evento de organização, cujos coordenadores, que tem por objetivo a invasão de propriedade privada”, escreve Gaspar.
O curioso é Gaspar quer convocar o ex-ministro como testemunha; condição que o ameaça de prisão no caso de mentir, não de acordo com um fato, mas da convicção da CP,I durante o depoimento.
O pedido de convocação aguarda votação.