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  • Depois de se livrar em 2011 com a ajuda da Abin, nova operação da PF pode complicar Sarney

    Ferrovia Norte Sul:alvo de mais uma operação da Polícia Federal contra aliados de Sarney

    A operação “De volta aos trilhos” deflagrada na manhã desta quinta-feira pela Polícia Federal e Ministério Público Federal para investigar suspeitas de corrupção envolvendo as obras da Ferrovia Norte Sul deixou Sarney com o cabelo em pé com a possibilidade de delações premiadas, que não estavam em moda em 2011, quando vazamento da Agência Brasileira de Inteligência – Abin permitiu o desaparecimento de provas e impediu que o seu filho Fernando Sarney foi incluído em 2011 na denúncia em outro caso de desvio nas obras da ferrovia.

    Para completar, em março passado o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin determinou abertura de inquérito na Justiça Federal de Goiás para investigar as delações dos executivos da Odebrecht, que revelaram que o “grupo político” do ex-senador José Sarney recebia, através do apadrinhado Ulisses Assad, ex-diretor de engenharia da Valec, 1% sobre o contrato das obras da ferrovia realizadas pela empreiteira em 2008 e 2009.

    Ulisses Assad e Fernando Sarney foram acusados pela PF em 2009 de montar um esquema para desviar recursos da Norte Sul

    No mesmo período, a Polícia Federal acusou Fernando Sarney de montar um esquema para desviar R$ 45 milhões da Norte Sul, com a participação de Assad, que recebia a sua parte através do motorista de Fernando.

    O filho de Sarney acabou se livrando da acusação por obras do STJ que autorizou o acesso aos dados da investigação, antes mesmo da sua conclusão, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Banco da Amazônia que avisaram à família sobre o caso, que corria sob segredo de Justiça.

    O procurador federal, Helio Telho, explicou que em razão disso provas desapareceram e a identificação e individualização da possível conduta de Fernando Sarney na organização criminosa não pode ser realizada, impedindo a sua inclusão na ação apresentada em 2011 contra Assad e o ex-diretor da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, dentre outros, por corrupção e desvio de R$ 48 milhões.

    Mas a operação desta quinta, resultado das delações de executivos das construtoras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, que confessaram pagamento de propina ao mesmo Juquinha, o fiel aliado de Sarney, que foi conduzido coercitivamente à sede da PF em Goiás, e prendeu preventivamente o seu filho Jader Ferreira das Neves, pode representar o fim da impunidade dos sarneys, caso resolvam fazer uma delação premiada para diminuir a sua pena em uma possível segunda condenação.

    Os juquinhas, pai e filho, podem recorrer à delação premiada para minimizar pena no caso   de uma segunda condenação em mais uma denúncia envolvendo as obras da Norte Sul

    Juquinha e seu filho foram condenados anteriormente (recorreram e aguardam decisão da Justiça em Liberdade) na operação Trem Pagador, a dez e sete anos de prisão, respectivamente, por formação de quadrilha, lavagem de aproximadamente de R$ 20 milhões, cartel, fraudes de licitações, peculato e corrupção também em obras da Norte-Sul.

    Quando foi preso em 2012, o Juquinha confessou à Polícia Federal que o então senador Sarney o bancava junto ao Ministério dos Transportes.

    Em conversa telefônica gravada em 20 de outubro de 2011, ele diz ter recebido informações de que não haveria mudanças no ministério pois “estão com medo de afrontar o chefão”, apontado pela PF como o ex-senador maranhense. “O povo não quer afrontar o chefão”, disse.

    Se a época as delações premiadas não estavam em moda, os juquinhas, especialmente o filho que está atrás das grades, podem abrir o bico e revelar muito mais do que uma proteção política.

    Quando o negócio aperta, não tem essa de fidelidade e respeito a quem lhes deu boa vida e riqueza.

    Que o diga o presidente Michel Temer!

    1 comentários para “Depois de se livrar em 2011 com a ajuda da Abin, nova operação da PF pode complicar Sarney

    1. Macabeu disse:

      Ninguém tem duvida de que Sarney é um grande chefão, um mafioso dos grande. Um Don Corleone a moda tupiniquim.
      Pata a justica não se desmoralisar ainda mais, Sarney não pode morrer impunemente, antes de bater as botas Sarney tem que ir preso, para pagar em parte os seus crimes que são muitos.
      Sarney esta bem consciente do que praticou.
      As proximas gerações vão ficar intrigada, no futuro quando lerem nos livros de história a saga desse politico mafioso que driblou a justica com seus inumeros crimes e nunca foi preso. O que vão pensar da justica desses País. Só o tempo dira.

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