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    Em parceria com iniciativa privada, governo revitaliza prédio e instala shopping no centro histórico

    O governador Crlos Brandão inaugura o primeiro shopping cultural

    Com o nome Shopping Rua Grande está em funcionamento o primeiro shopping cultural do Maranhão. A inauguração do espaço ocorreu nesta quarta-feira (26) e contou com a presença do governador Carlos Brandão, que destacou a revitalização do prédio a partir do programa Adote Um Casarão, vinculado ao programa Nosso Centro. Além da revitalização do patrimônio público, cerca de 200 empregos, diretos e indiretos, foram gerados da construção até o pleno funcionamento do centro comercial.

    “São Luís é uma cidade patrimônio cultural da humanidade e que reúne o maior conjunto de prédios arquitetônicos da América Latina, não podemos deixar esses prédios entrarem em ruínas. Aqui era um prédio que estava sem função e hoje com a instalação desse shopping teremos vida, são mais de 70 lojas que serão instaladas na parte comercial, praça de alimentação e também teremos um espaço cultural, onde os artistas poderão apresentar os seus projetos, e vamos ter a oportunidade também para atividades culturais”, declarou o governador Carlos Brandão.

    O empreendimento possui uma área de 2.100 m² em três pavimentos: térreo, 1° piso e 2° piso; possui elevadores e sistema de wi-fi para o público. Com mais de 70 lojas e metade da capacidade já locada, o espaço é um grande atrativo comercial, localizado no início da Rua Grande, próximo ao Palacete Gentil Braga. Além da parte comercial, o prédio também dispõe de serviços do Viva/Procon, praça de alimentação e uma sacada com vista para a Rua Grande.

    Durante a inauguração, um dos sócios e representante do Shopping Rua Grande, Ribamar Viana, destacou a importância do Adote Um Casarão, que possibilitou à iniciativa privada a possibilidade de revitalização de um prédio histórico que estava sem uso e que agora passa a ser importante para a economia local.

    “Conseguimos, num prazo de dois anos, transformar esse sonho que a gente tinha em realidade. Hoje a gente inaugura um shopping com a cara da cultura maranhense, um shopping popular, com várias opções para o público. Nós e todos os lojistas estamos muito satisfeitos, já é um grande sucesso. Temos uma realização pessoal com essa obra e uma gratidão pelo Governo do Estado ter lançado esse projeto, o Adote Um Casarão, onde tivemos a visão de investir e empreender”, comentou Ribamar Viana.

    Joslene Rodrigues, secretaria das Cidades e Desenvolvimento Urbano: “Dá vida ao patrimônio histórico
    é revitalizar e gerar emprego e renda. Esse é o nosso compromisso com os maranhenses”

    O Shopping Rua Grande foi restaurado a partir do programa Adote um Casarão, desenvolvido pela Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid). O programa disponibiliza, por meio de editais, imóveis do Estado, em desuso ou subutilizados, para empresas e grupos culturais com o compromisso de restaurar o espaço e assim utilizá-lo por um período de 15 a 30 anos.

    A secretária de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano, Joslene Rodrigues, ressaltou que dar vida ao patrimônio histórico é uma grande realização da gestão estadual. 

    “O programa Nosso Centro é um programa do Governo do Maranhão e dentro dele tem várias ações, incluindo o Adote Um Casarão, que é uma parceria do Estado com o ente privado, que neste caso aqui do Shopping Rua Grande, a partir de concorrência pública, o vencedor foi o empresário Ribamar Viana que fez a revitalização do espaço, e estamos entregando este belíssimo prédio para a nossa população”, pontuou a secretária.

    A revitalização do prédio que agora se tornou um centro comercial foi destacada pelo lojista Maurício Carvalho. “É um excelente programa que revitalizou o nosso Centro Histórico, não só aqui no Shopping Rua Grande, como outros casarões que foram adotados. Isso traz benefício tanto para os moradores como para a parte comercial aqui do Centro, sendo um bom negócio para todos”, disse.

    O Shopping Rua Grande também abriu espaço para que artesãos possam apresentar seus trabalhos por um período com um valor mais acessível. Isabel Silva é uma das artesãs que abraçou a oportunidade. Ela faz parte da Associação Unidos pela Fibra e consegue divulgar o seu trabalho e o da associação.

    “Ficou muito boa a revitalização do prédio e também a oportunidade que estamos tendo, com esse convite para os artesãos. O meu segmento é fibra de buriti e eu convidei uma companheira da associação que trabalha com materiais de bijuteria infantil. Estamos gostando muito dessa oportunidade”, afirmou Isabel Silva.

    O Shopping Rua Grande funciona das 9h às 21h, de segunda-feira a sábado; e aos domingos, das 9h às 14h, com feirinha cultural composta por diversas atrações da música, dança, além de espaço para a culinária e artesanato regional.

    São João de Braide paga cachê de R$ 630 mil para Luan Santana se apresentar em São Luís

    Nesse São João, a prefeitura de São Luís chutou o pau da barraca. E em completo desrespeito ao dinheiro público e à cultura maranhense contratou para animar os arraiais da capital os shows de Luan Santana por R$ 630 mil e de Joelma por R$ 240 mil. 

    Isso mesmo, R$ 870 mil em cachê! 

    E pra que? Atrair turistas? 

    Só se for na cabeça de quem só enxerga o horizonte pela janela de seu gabinete e cultura não passa de uma conversa fiada de gente chata, de gente que se acha artista.   

    O turista procura São Luís no período junino tão somente atraído pelo bumba-meu-boi. Luan Santana e Joelma toca o ano todo e em todo e qualquer lugar do país. 

    É no Sao João que se tem a oportunidade de mostrar, a quem chega atraído pelo boi, outras riquezas da cultura popular. O turista ainda descobre que a música maranhense não se limita a Zeca Baleiro; embora por ele seja bem representada.

    Quanto será o cachê, ou melhor, quanto o bumba-meu-boi da Maioba, por exemplo, recebe por toda temporada? 

    A cidade ainda vai dar o troco… 

    Estadão: domar pororoca de Arari é um desafio para surfistas na Amazônia Legal

    Surfistas desafiam onde de até quatro metros de altura que percorre duas vezes por dia o rio Mearim  Foto: Nelson Almeida / AFP

    O surfe na pororoca no rio Mearim em Arari é destaque no jornal O Estado de São Paulo.

    Produzida pela Agência France-Presse (AFP), a matéria ressalta que o encontro das águas do rio Mearim com as do oceano forma “uma avalanche amarronzada de até quatro metros de altura que percorre duas vezes por dia o rio Mearim, em março e setembro , durante a maré alta nos dias de lua cheia e nova.

    “(A pororoca) tem uma conexão muito especial com a natureza, não é apenas uma onda de maré. É um contexto de relação com a natureza, de respeito. Surfá-la é maravilhoso, fantástico”, diz à AFP Ernesto Madeira, de 29 anos, que pratica surfe na Amazônia há sete.

    A France-Presse destaca o aspecto coletivo do esporte, a atração que exerce sobre os sufistas e o incremento ao turismo em Arari.

    “Milhares de surfistas da região e outras partes do Brasil chegam a cada ano aos rios amazônicos para este desafio pouco convencional, muitos acostumados apenas a deslizar nas ondas em mar aberto{“,diz a AFP.}

    Pororoca, que significa ”grande estrondo” em tupi-guarani, no passado foi mitificada por ribeirinhos como um monstro, pois em sua passagem costuma alagar terras baixas vizinhas ao curso dos rios, causando transtornos”.

    Cesar Teixeira – Testamento de Judas

    O cantor e compositor Cesar Teixeira

    Com mão trêmula escrevo

    meu Testamento apressado,
    peguei o Coronavírus
    antes de ser enforcado.
    Também fui traído um dia,
    o tal de Jair Messias
    me apontou como culpado.
    Deixo para o Bolsonaro
    um caminhão Lava-Jato
    pra lavar tanta sujeira
    do cabelo até o sapato.
    Incendeia feito Nero,
    se o Brasil perde de zero
    lava as mãos feito Pilatos.
    É assim que a Pandemia
    no rendez-vous brasileiro
    fez cordeiro virar lobo
    e lobo virar cordeiro.
    O povo vai pra janela
    bater na sua panela,
    sendo do Pinico herdeiro.
    Esse Lobo disfarçado
    com um lenço no focinho
    logo será devorado
    pela Vó do Chapeuzinho,
    e vai entrar pelo cano
    com os seus milicianos
    arrastando os três porquinhos.
    Deixarei pro Paulo Guedes
    o Fundo de Investimentos
    para esconder no bolso
    do seu próprio empreendimento.
    Esse banqueiro sagaz
    aposentou Ferrabrás
    pra mode enganar jumento.
    Na estrofe que eu deixo
    pro ministro Luís Mandetta
    quase escapa outra rima
    desta minha azul caneta.
    Ele foi contra o aborto,
    levou a Dilma pro Horto
    e os Mais Médicos pra sarjeta.
    A máscara da vergonha
    deixo para Sérgio Moro
    cobrir o seu frio rosto
    nesta falta de decoro.
    E para a cegueira branca
    da Justiça, que empanca,
    deixo a luz do desaforo.
    Para o general Heleno
    deixarei as ataduras
    que foram do Bozovírus
    na facada que não fura.
    É o sarcófago letal
    que promove o general
    a múmia da ditadura.
    Na Zona do Meretrício
    vou deixar meu violão.
    Já botei Rodó no bolso
    e a chita do fofão.
    Para matar esse vírus
    da família dos vampiros
    já estou de pau na mão.
    A sunga de Patativa,
    neste torneio profano,
    dá pra fazer uma máscara
    pro amigo Corinthiano.
    Mas, se fosse da Faustina,
    dava pro time da China
    e ainda sobrava pano.
    Pros amigos cachaceiros
    deixo essa “gripezinha”,
    mas proponho isolamento
    com a sogra e a cachorrinha.
    Sem boteco, a gente inventa:
    meu barril de álcool 70
    já virou caipirinha.
    Vejo índios, quilombolas
    sendo mortos na floresta,
    e, enquanto os fazendeiros
    fazem do vírus a festa,
    restam aos filhos da terra
    as balas e motosserras
    de uma fúnebre orquestra.
    Na televisão, nas redes
    sumiram numa semana
    os casos de Marielle,
    Brumadinho e Mariana,
    enquanto um navio afunda
    no Maranhão feito bunda,
    pensando que a merda é plana.
    Lá no relógio quebrado
    da Praça João Lisboa
    batem mudas as seis horas
    da morte que em mim ressoa.
    Todos sabem que o caixão
    do Diabo vai de avião
    e o do Judas de canoa.
    Sei que Ribamar Moraes
    não precisa de álcool em gel,
    ele foi pro Paraíso
    tirar foto de Noel.
    Dar-lhe-ei este meu terno
    quando eu for lá pro Inferno,
    que fica depois do Céu.
    Esse breve Testamento
    só me deu consumição,
    é difícil fazer versos
    sem dizer um palavrão.
    Pra sair na internet
    fui no Dicionário Aulete
    antes da execução.
    Deixo, enfim, a Cloroquina
    aos que têm arminha e asa,
    o Trump e o Bolsonaro
    vão num foguete da NASA.
    Mas, recomendo aos amigos
    pra não correrem perigo:
    é melhor ficar em casa.
    FIM?

    Adeus a Moraes Moreira

    O cantor e compositor baiano Moraes Moreira (1947-2020)

    RIO – Morreu, nesta segunda-feira (13), aos 72 anos, o cantor e compositor baiano Moraes Moreira. Ele sofreu um infarto fulminante e foi encontrado pela empregada, às 6 da manhã, caído em casa, no Rio de Janeiro. Um dos maiores artistas da música popular brasileira, Moraes ficou célebre por sucessos como “Lá vem o Brasil descendo a ladeira”, “Pombo correio”, “Sintonia” e, com o grupo Novos Baianos, “Preta pretinha”, “Mistério do Planeta” e “Acabou chorare” (essas, compostas em parceria com o poeta e integrante do grupo Luiz Galvão).

    Antonio Carlos Moreira Pires nasceu em 1947, em Ituaçu (BA), e passou sua adolescência tocando sanfona em festas de São João, enquanto intercalava sua vida com o estudo de ciências, em Calulé.

    Em 1966, mudou-se para Salvador e foi morar em uma pensão, onde conheceu Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão. Três anos mais tarde, eles se juntariam à cantora Baby Consuelo e ao guitarrista Pepeu Gomes, formando os Novos Baianos. O grupo fez sua estreia em 1969 com o show “Desembarque dos bichos depois do dilúvio”. Também em Salvador, Moraes se aproximou de Tom Zé, figura imprescindível para aproximá-lo do rock, ritmo que influenciaria diretamente sua trajetória, especialmente no carnaval.

    No início dos anos 1970, os Novos Baianos se transferiram para o Rio de Janeiro, e foram viver juntos, em comunidade: inicialmente em um apartamento em Botafogo (onde foram visitados pelo cantor João Gilberto) e, mais tarde, em um sítio em Vargem Grande. Em 1972, o grupo gravou no Rio o álbum “Acabou chorare”, um clássico pós-tropicalista da mistura de música brasileira e rock. Em 2007, a obra ficou no topo da lista da revista “Rolling Stone Brasil” que reuniu os 100 maiores discos da música brasileira.

    Depois de mais dois LPs com os Novos Baianos, Moraes Moreira resolveu deixar o grupo — àquela altura um símbolo da contracultura brasileira. A vida no sítio começava a ficar difícil. “Fui embora por causa dos meus filhos, Davi e Cissa. Como aqueles meninos iam se alimentar se os caras tomavam o leite deles no mingau da larica? Marília [mulher de Moraes] corria pra casa da mãe e ia ajeitando. Mas esse ajeitamento pela vida toda não dava, né? Foi foi um drama absurdo na minha vida”, disse Moraes em entrevista ao GLOBO em janeiro.

    Em sua carreira solo, que começou em 1975, ele lançou mais de 20 álbuns e se consagrou nos carnavais do trio elétrico de Dodô e Osmar. Para a folia, compôs hinos como “Pombo correio”, “Vassourinha elétrica” e “Bloco do prazer”. Os Novos Baianos voltariam duas vezes, com Moraes.

    Em 1995, fizeram um show que rendeu, dois anos depois, o disco ao vivo “Infinito circular”. Em 2015, houve outra volta, com mais shows, um disco e DVD ao vivo e a promessa de um álbum de inéditas para comemorar os 50 anos do grupo. “Nosso desafio é criar músicas tão boas quanto essas que nós fizemos. Aquilo ali é nossa raiz, serviu para as carreiras solo de todo mundo. Novos Baianos é uma fonte da qual a gente cuida, é quase uma coisa ecológica”, disse Moraes, em 2017, ao GLOBO.

    Em 2007, Moraes Moreira lançou o livro de cordel “A história dos Novos Baianos e outros versos”, acompanhado de um CD que registra sua voz na leitura do texto e também de poemas inéditos e letras de sua autoria. A ligação com o universo dos cantadores nordestinos também foi explorada por ele em 2010, no livro “Sonhos elétricos” (reunindo cordéis, crônicas, letras de músicas e fatos de sua biografia), e no disco “Ser tão”, de 2018. “Eu era muito ligado ao cordel, aos rigores da sua métrica. Comecei a entender que o cantador é alguém mais ligado à raiz da música e à poesia. E nisso, lembrei muito da minha terra, no interior da Bahia”, contou ele ao GLOBO. No mês passado, Moraes chegou a fazer um cordel inspirado no coronavírus.
    Vários nomes da MPB reagiram com pesar, nas redes sociais, à morte de Moraes Moreira. “Hoje se foi Moraes, grande artista e amigo!”, escreveu o cantor Zé Ramalho, no Instagram, ao lado de uma foto em que aparecia com o baiano e o amigo Fagner. Na mesma rede, o ex-Titãs Nando Reis disse: “Pedra rara de inspiração, compositor e violonista único de propriedades e estilos até então inimagináveis para aquilo que secretamente se suspeitava ser a vocação brasileira, Moraes é dono de uma obra divina.” Também no Instagram, Zezé Motta expressou seu luto: “Guardarei no meu coração cada momento com Moraes, ele não me deixou apenas [a canção] ‘Crioula’ de presente, mas toda uma história de vida, arte e música.”

    E AÍ, MORAES VIROU AZULEJO!

    O fotógrafo Moraes

    (Joãozinho Ribeiro)

    “Dezesseis de março

    Teve um grande pavor”

    A toada que meu pai João Situba costumava cantarolar, lembrando os bois de zabumba de sua saudosa Genipaúba, amanheceu ecoando no meu juízo. Um pressentimento matinal, com gosto de assombro e saudade, precedia a confirmação que a telinha implacável do celular reduziria em pouco tempo a notícia de obtuário: Moraes acabara de virar azulejo!

    “Abalou Praia Grande

    Maria Celeste incendiou”

    Aquele mesmo sorriso maroto, misto de criança traquina com a disposição permanente de participar de alguma conspiração cultural, compartilhando com os amigos de uma cumplicidade canina toda encharcada de humanidade. Estava lá na telinha, desafiando minha incredulidade e uma ficha da memória que até o momento não caiu por inteira.

    Segunda-feira, dezesseis de março, do ano da (des)graça de 2020.

    O camarada da vida & da arte, o companheiro de boas e inspiradoras boemias, o incansável guerreiro da Cultura Popular, tinha cumprido com louvor, até por demais, a sua missão e a sua passagem por esta breve estação terrena. Moraes, meu irmãozinho de copo e de alma,

    havia atravessado o umbral sagrado que escancara os caminhos para o mundo dos encantados e das encantarias.

    “Baía tá de luto

    Porque perdeu o seu cantor”

    De luto, o coração daquele povo todo presente no Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, naquela tarde/noite de segunda, dezesseis de março…

    Atravesso mecanicamente todo o corredor da velha casa, sem vislumbrar nem decifrar os semblantes das pessoas que me cumprimentavam durante o deslocamento que parecia uma eternidade.

    Direto para o ataúde, onde o corpo do guerreiro descansava de muitas pelejas, das grandes batalhas culturais, que enfrentou com a dignidade dos grandes homens, que não podem ser reduzidos àquelas meras medidas de madeira polida, nem mesmo às ínfimas linhas das “notas de pesar”, emitidas pelos órgãos públicos de cultura, aos quais dedicou com denodo a maior parte da sua memorável existência.

    “Foi com dois tambô

    Que o fogo começou”

    Cumprimento sua inconsolável companheira Ana e seu amado filho Fábio, com sinceros e sentidos abraços, pouco me importando com os protocolos editados sobre o vírus que no momento ameaça toda a vida humana existente no Planeta. Em seguida, sigo para a área de

    uma espécie de quintal do casarão, onde uma turma se prepara para puxar os cânticos do tambor de choro.

    De choro também são feitos os poetas!

    Demais, para conter a cachoeira dos olhos, desaguando solta nas águas de março e nas marés do Desterro; do Boi da Madre Deus e da catuaba do Diquinho; do Grupo Escolar Luiz Serra e da Rua da Saúde; de muitas noites da memória navegadas sob o desamparo dos ventos.

    Rosa Caixeira desafia a parelha firmada – tambor grande, meião e crivador – vai botando versos no improviso, prestando as justas homenagens, sob o formato de ladainha, a altura do passamento do nosso guerreiro da Cultura Popular.

    “Explodiu dois túnel

    Matou diverso estivador”

    E lá se foi meu velhinho, como costumava chamá-lo carinhosamente, com seus boizinhos de fita, seus cortejos de muitos Divinos, com suas matracas matreiras, seus cordões de infinitas brincadeiras, para uma outra dimensão do universo das nossas ancestralidades, onde deve já estar de encontro marcado com outros guerrilheiros da Cultura Popular – Nelson Brito, Valdelino Cécio, D. Terezinha Jansen, Mestre Felipe de Sibá, D. Teté, Mestres Leonardo, Apolônio Melônio, Nivô…integrando esta constelação infinita de azulejos e patrimônios de todas as nossas humanidades.

    Vai querer! Vai querer!

    Redes de cinemas funcionam normalmente em São Luís

    UCI Kinoplex no shopping da ilha

    Em São Luís as redes de cinema mantêm a programação normal nas salas de exibição, indiferente ao decreto do governador suspendendo atividades que reúnam público acima de 100 pessoas. O decreto atinge eventos privados que requeiram licenças públicas.

    A direção do UCI Kinoplex Shopping da Ilha, com oito salas de exibição e capacidade para 2.155 espectadores, informou que houve redução no número de sessões de alguns filmes. A rede possui ainda quatro salas no Golden Shopping com 730 lugares.

    Nas praças de alimentação, o estabelecimento da distância de no mínimo dois metros de distância entre as mesas não foi colocado em prática. Houve redução no número de mesas, mas a distância recomendada para segurança dos consumidores foi ignorada.

     

    Biblioteca Pública Benedito Leite e Teatro Arthur Azevedo suspendem atividades

    Interior do Teatro Arthur Azevedo

    A Biblioteca Benedito Leite e o Teatro Arthur Azevedo, casas de cultura do estado, vinculadas à Secretaria de Cultura (Secma), suspenderam temporariamente algumas atividades para conter a disseminação do coronavírus. 

    Os eventos Quarta do Tambor (Casa do Tambor de Crioula), Quinta do Reggae (Praça do Reggae) e o Pôr do Sol no Palácio (em frente ao Palácio dos Leões) também foram suspensos.

    As medidas foram tomadas em cumprimento ao Decreto 35.660, do Governo do Maranhão, que instituiu diversas medidas de prevenção no combate ao novo coronavírus. Entre as medidas estão a suspensão de grandes eventos e daqueles que impliquem grande aglomeração.

  • Deu no D.O

    • A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar. 
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    (98) 99116-8479 raimundogarrone@uol.com.br
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