Antes lembrado pelos massacres em Pedrinhas, MA tem o maior número de presos com acesso à educação do país, segundo Ministério da Justiça
No final de 2013 o Maranhão foi manchete negativa no noticiário internacional após a eclosão de um massacre sanguinário no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, que resultou em mais de 60 presos brutalmente assassinados.
Cenas de tortura, fugas, esquartejamentos e até de canibalismo dentro da cadeia, aterrorizaram o mundo e evidenciaram o despreparo da então governadora Roseana Sarney (MDB) para conter a crise humanitária.
Pouco mais de seis anos depois, o Sistema Prisional do Maranhão voltou a ser destaque, mas dessa vez a repercussão nada tem a ver com as cabeças degoladas do passado. Ao contrário: agora o presídio é referência em ressocialização e desponta nacionalmente quando o quesito é educação.
De acordo com Nota Técnica publicada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o Maranhão é o estado brasileiro com o maior número de presos em sala de aula, com 55,85% dos detentos envolvidos em atividades educacionais. (Leia Aqui)
A Nota aponta ainda, que entre os anos de 2017 e 2019 houve aumento de 45,34% no número de pessoas presas estudando.
Cumprimento da lei
Nesta segunda-feira (25/05) o governador Flávio Dino usou as redes sociais para comemorar o êxito. Para ele, o bom resultado “significa cumprimento da lei e zelo com a segurança da sociedade”.
“Somos o Estado com maior percentual de presos tendo acesso à educação, segundo o Ministério da Justiça. Isso significa cumprimento da lei e zelo com a segurança da sociedade. Parabéns à equipe da Secretaria de Administração Penitenciária e aos educadores”, disse o governador Flávio Dino, ao comemorar o êxito em postagem publicada nas redes sociais nesta.
Entre 2017 e 2019, a rede prisional maranhense aumentou em quase sete vezes o número de internos que estudam e mais do que dobrou o número de detentos trabalhando nos presídios.