A Revolução Silenciosa no Maranhão
Blog Cidadania – Após cerca de meio século de opressão da Oligarquia Sarney, em 2014 o Estado do Maranhão deu uma guinada surpreendente e elegeu governador o comunista Flávio Dino de Castro e Costa (São Luís, 30 de abril de 1968), de 48 anos, advogado, ex-juiz federal e ex-professor de direito.
Flávio Dino foi eleito governador do Maranhão com 63,52% dos votos válidos, sendo o primeiro governador eleito que não foi apoiado pelo partido do governo federal.
Em cerca de meio século, foi a segunda vez em que um candidato do grupo político liderado por José Sarney não foi eleito. A primeira vez foi em 2006, quando Jackson Lago venceu Roseana Sarney. Lago, porém, foi cassado em 2009 graças a articulações das oligarquias maranhenses.
Flávio Dino também foi o primeiro filiado do PCdoB a governar um estado da federação desde a cisão com o PCB em 1962.
De 16 a 21 de novembro este blogueiro esteve no Maranhão a convite do governador para conhecer uma obra impressionante.
Só para que as pessoas possam ter uma ideia, o Maranhão é um dos Estados brasileiros que mais puxa para baixo o Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil (IDH) por conta, sobretudo, dos seus índices sociais, resultantes dos governos socialmente insensíveis ao longo de séculos.
A boa notícia é que a gestão Flávio Dino está promovendo uma revolução naquele Estado.
Um único dado dá a dimensão do que está acontecendo. Muitos não sabem do dado espantoso de que das 215 cidades Maranhenses apenas 3 têm tratamento de esgoto. Uma delas é a capital, São Luís.
Quando Flávio Dino assumiu, apenas 4% – sim, é isso mesmo – da população tinha acesso a saneamento básico. Após menos de dois anos de gestão, a cidade já conta com mais de 20% de tratamento de esgoto. O plano do governo é chegar a 2018 com SETENTA POR CENTO do esgoto tratado.
É uma revolução. Agora, o Maranhão puxará o IDH do Brasil para cima.
Meu caro Garrone!
Nem penso em contestar suas informações porque brilhante e competente jornalista você é.
Há, porém, observação a ressaltar numa expressão equivocada sobre a cassação do governador Jackson Lago. inumeras e incontestáveis provas de uso, abuso, no caso, da máquina e recursos públicos para eleger o pedetista.
Até mesmo de confissão própria. Dele e de seu mentor José Reinaldo, do laranja Édison Vidigal e do marqueteiro Antônio Mello, entre outros.
Réus confessos têm pouca ou nenhuma chance de absolvição.
No mais, realmente torço pelo sucesso do governo Flávio Dino. Afinal, é o governador de todos os maranhenses.
Abs