A capital da vacina já não é mais a mesma. São Luís caiu para o nono lugar no ranking da vacinação, segundo os números da Secretaria de Estado da Saúde. O mesmos que abastecem o consórcio de imprensa, formado pelos grandes veículos de comunicação do País.
Com 88,64% da população vacinada com as duas doses, a posição de São Luís é resultado do grande número de pessoas que não tomaram a segunda dose. A nova capital da vacina é Afonso Cunha, inclusive com mais de 100% da população vacinada.
De acordo com o Secretário de Estado da Saúde Carlos Lula, “os dados de público variável são projeções com base no IBGE e não certezas. Foi comum pessoas de outras cidades vacinarem-se onde a imunização andava mais rápido”.
A prefeitura de São Luís continua com seus postos de vacinação abertos. No entanto, não faz nenhuma campanha para convencer a população sobre a importância de completar o ciclo vacinal. Enquanto isso Bolsonaro e seus pastores de esquinas, deputados e vereadores bitolados formam uma frente ampla antivacina.
Além da perda do título de capital da vacina, São Luís é parte da regional metropolitana de saúde. Das 19 regionais que dividem o estado, a Metropolitana é a última colocada com 77,86% de sua população imunizada com duas doses.
Os outros municípios que compõe a Metropolitana de Saúde, são Paço do Lumiar (56,66%), São José de Ribamar (58,17%), Raposa (65,06%) e Alcântara (65,25%0).
Levantamento feito pelo blog mostra que 114 municípios estão com cobertura abaixo de 60%.
Por outro lado, a regional com melhor cobertura é a de Timon com 94,34%. Ao contrário da Metropolitana os quatro municípios Timon (88,09%), São Francisco do MA (76,63%), Matões (76,35%) e Parnarama (75,29%), estão bem acima da média vacinal dos 217 municípios do estado.
Centro do Guilherme, conhecido município controlado pelo deputado deputado Josimar do Maranhãozinho é o último no ranking da vacinação com apenas 33,48%.
Vacina não falta, o que falta é braço e mobilização social.
Roseana, quer um conselho, para com essa história de só ficar dizendo que estás preocupada com a vacinação contra a Covid e não fazer nada.
Tá pegando mal, Roseana.
Foi o ano todinho.
Desde fevereiro, menos de um mês depois de iniciada a campanha, já questionavas no twitter o porquê do Maranhão está tão atrasado na vacinação.
Olha aí, tem a data bem em cima, dia 13 de fevereiro. A campanha começou dia 18 de janeiro.
E, assim foram os meses de março, abril, maio…
Roseana, tá preocupada com os baixos índices de vacinação?
Procura o teu prefeito Eduardo Braide e mostra pra ele que São Luís é o nono município no ranking de vacinação no estado.
A regional de Saúde com o menor índice de Vacinação é a Metropolitana, composta por São Luís, Alcântara, Paço do Lumiar, Raposa e Ribamar, com 77,86%. A maior, com 83,12% é a de Açailândia, reunindo Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Cidelândia, Itinga do Maranhão, São Francisco do Brejão, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios.
A capital da vacina é o nono município dos 217 em cobertura vacinal.
Olha os números aí abaixo. Aproveita e acessa esse link e veja a cobertura vacinal de todos os 217 municípios do Maranhão.
E essa postagem do dia 8 de julho, que loucura foi essa?
“Enquanto isso o MA continua entre os três estados com os menores índices de vacinados. É urgente esclarecer se não distribui porque falta vacina ou se as vacinas não chegam aos municípios por outros motivos”, insinuou.
Se quando bota a cara na TV, não titubeia em nenhum momento quando mente. Imagina quando escreve ou alguém escreve por ela nas redes sociais?
O Ministério da Saúde envia as vacinas para o governo do Estado e este distribui para as regionais de saúde, e estas para os municípios de sua guarda.
Caso houvesse algum indício envolvendo o governo Flávio Dino no desvio ou retenção de vacina era fácil descobrir. Bastava acionar sua rede ‘amiga’ no covil bolsonarista, onde não falta é quem queira pegar de jeito o comunista.
Passou agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro…terminou o ano, a cobertura vacinal continuou baixa e Roseana se dizendo preocupada. Dia 10 de janeiro, postou que “após mais de um ano do início da vacinação contra a Covid, quase metade da população do MA não recebeu a vacinação completa. É um dos três estados com a pior cobertura do BR”.
Que preocupação é essa Roseana, que tu passas um ano dizendo que estás preocupada e não faz nada?
Roseana – A preocupação de Twitter
Não esquece os quatro mandatos de governadora. Tu conheces muita gente nesse Maranhão, tem até quem te adore. Aciona o teu pessoal, Roseana. Converse com esse povo sobre a importância da vacina e depois peça que saiam conversando com quem conhecem e assim por diante…
O problema dos baixos índices, não é só no Maranhão e não é estrutural, é de convencimento.
Roseana, é conversar, não é mandar mensagem pelas redes sociais. Não se convence ninguém a tomar uma vacina ou um remédio com anúncios.
Convoca os empresários amigos que receberam isenção de impostos a conversarem com seus funcionários.
Acorda, Roseana, as Olimpíadas já passaram. Ou será que estás ocupando tuas noites com outros jogos?
Tu sabes quem é Bolsonaro?
Pensei que não, porque esse tempo todo se dizendo preocupada com a vacinação, você nenhuma vez alertou o seu público para as mentiras que esse sujeito espalha.
É preciso entender que a voz Bolsonaro é reproduzida pelo pastor da esquina, pela deputada Mical Damasceno, pelo vereador Chaguinhas e por quem tira o seu da reta, cruza os braços e fica cobrando do governador.
Nos Provérbios do Inferno, William Blake (Londres/1757-1827), já dizia: “Aquele que deseja e não age, engendra a peste”!
Fotografia ajudou analfabetos “entrar mais no mundo dos periódicos”, diz ‘estudo’ organizado pelo vice-reitor Marcos Fábio
A solenidade de entrega da comenda 200 anos da Imprensa no Maranhão revelou a mediocridade acadêmica da Universidade Federal do Maranhão.
A noite que seria de consagração às homenagens do bicentenário de fundação do jornal O Conciliador do Maranhão se transformou em uma bizarra demonstração de pouca ciência, muita vaidade e falta de vergonha.
Além dos clichês ufanistas sobre o papel da Imprensa, ditos por todos e qualquer um, as execuções dos hinos do Brasil e da UFMA compuseram no nível do mar a sensação do planalto.
A regência foi do vice-reitor Marcos Fábio Belo Matos, o sábio que afirma ter descoberto o aniversário de 200 anos, “quase por acaso, lendo um texto sobre história da imprensa”!
A batuta lhe foi entregue pelo reitor Natalino Salgado. O magnífico autorizou o projeto das comemorações do bicentenário e incumbiu Belo Matos de também homenagear os profissionais do setor.
“Afinal, não é todo dia que se comemoram 200 anos”, foram as palavras do Salgado.
O dono da descoberta sentiu o peso da responsabilidade e resolveu formar uma comissão de ‘notáveis’ para ajudar nessa empreitada. Inclusive o historiador e membro da Academia Maranhense Letras Joaquim Itapary, que no passado mês de julho disse em entrevista que não havia motivos para comemorações “só em razão do mero episódio da instalação de um prelo em São Luís”.
Tinha início a ciência de fachada em uma bem elaborada trama sustentada por títulos e entidades com importância somente no nome e algum conhecimento raso. Ainda mais pela facilidade com que se constrói frases de efeito sobre o valor e o papel da imprensa. “Não existe democracia, sem imprensa livre”, coisas do tipo.
Não se pode confundir o combate de ideias entre uma elite dividida, com o exercício profissional do jornalista. Tampouco o jornalista com a empresa jornalística. O dono de um jornal é um empresário, o jornalista é um empregado. Por sinal, muito mal remunerado. O problema é a elite maranhense, que nesses 200 anos trocou o valor do conhecimento pelo carro novo, o apartamento na península…o título acadêmico pelo nobiliárquico.
Com doutorado (UNESP) em Linguística e tese sobre o discurso do cinema ambulante em São Luís, Marcos Fábio Belo Matos conseguiu fazer crer na qualidade do material produzido ao longo de 2021 (pod cast, vídeo documentário, web storie e long form). Fez todo mundo de besta, inclusive os patrocinadores do festejado aniversário.
“Quando decidimos no final do ano passado celebrar este ano o bicentenário da imprensa maranhense planejamos fazer uma série de ações de divulgação de memória e de discussão do papel que a imprensa tem na formação do nosso estado […] todo esse trabalho foi fruto de muita pesquisa muita leitura muita entrevista muita escrita muitas horas de edição e muitas decisões criativas dos profissionais que estiveram conosco neste projeto.. “, discursou.
Dito tudo isso, em plena solenidade no Palácio Cristo Rei, não havia como duvidar na qualidade do trabalho. Era o que bastava. Ainda mais depois que ele revelou as angustias com que conviveu desde que decidiu celebrar a efeméride que descobriu.
“Todas as listas são delicadas, porque mais exclui do que inclui, porque toda preferência, traz na sua contraface, uma despreferência (sic), toda escolha traz consigo uma não escolha. Os exemplos são muitos e remontam a tempos imemoriais; os 12 apóstolos; A Lista de Schindler; o escrete canarinho da copa de 70; os 1001 filmes para ver antes de morrer; Coca-Cola ou Guaraná Jesus; açaí ou Juçara […]”.
E conclui, com um toque pessoal, revelando não uma angústia, mas um trauma que imagina ser comum a todos.
“Saiba são as mães, elas têm, 2, 5 ou 12 filhos e passam a vida se esquivando de declinar qual é o seu preferido ou preferida. É um segredo que elas nunca revelam, e nós passamos a vida achando que somos nós”.
Mãe é mãe. A Universidade Federal abdicou de suas responsabilidades enquanto uma instituição científica e optou por definir a importância histórica dos homenageados através da opinião de uma comissão sem gabarito – com raras exceções – e do voto popular, porque o vice-reitor não queria assumir sozinho a responsabilidade de escolher os nomes dos 50 homenageados com a comenda!
A comissão reúne representantes das academias maranhense, ludovicense e imperatrizense de letras, do sindicato de jornalistas, do Instituto Histórico e Geográfico, e dos cursos de comunicação (São Luís e Imperatriz), Ciências Humanas (Grajaú) e outros potentados mais.
Ora, como pode um representante de uma academia de letras avaliar a relevância desse ou daquele jornalista, se lhe é estranho as particularidades e o universo da profissão?
Agora, imagine, o público leitor?
Não se está escolhendo o preferido das multidões, mas estabelecendo parâmetros históricos. Assim como foram o herdeiro do império austro-húngaro, arquiduque Francisco Ferdinando, para primeira Guerra Mundial e o governador da Paraíba, João Pessoa, para a Revolução de 30 no Brasil. Ou mesmo Judas para o Cristianismo.
Em todo caso, os nomes dos comendadores escolhidos na ponta do dedo, pouco importa. Depois de seis meses de reuniões diárias, a comissão sequer elaborou um parecer para justificar a escolha dos homenageados.
Uma coisa é você gostar desse ou daquele, outra é ajuizar um trabalho jornalístico. O finado Décio Sá, por exemplo, pode até não se ter cultivado simpatia ou admiração por sua pessoa, mas não se pode negar o jornalista que foi no exercício de suas atividades nas redes sociais.
Por que será que a douta comissão ignorou que no mesmo abril dos 200 anos, completaram 10 anos do assassinato do jornalista, sem que os mandantes da execução tenham sido presos?
E a tal votação popular? É secreta?
Marcos Belo disse que enviou formulário por meio das redes sociais, e-mails e de grupos de WhatsApp “para todas as pessoas que tivessem relação com a imprensa, com a história, com a cultura”, e que recebeu de volta 788 formulários.
Qual o resultado, quais e quantos nomes foram lembrados? Necas de catibiriba.
No entanto, uma situação depõe não só contra a falta de critério, mas coloca em xeque a própria credibilidade do projeto dos 200 anos da Imprensa no Maranhão.
É a distinção de pesquisadora concedida à pró-reitora de Extensão Cultural da UFMA Josefa Melo e Souza Bentivi, uma das incentivadoras do projeto e, conforme reunião de 13 de abril, ela mesmo se diz membro da comissão responsável pela concessão das comendas.
Com um desprendimento fora do comum, a pró-reitora ainda se autoproclama representante dos homenageados. É em nome deles o pronunciamento chavão e homérica puxada de saco no comovido reitor Natalino Salgado. Tantos foram os louvores.
Ao destacar, “sobremaneira”, o apoio do reitor, não apenas a formação de comunicadores, incentivar a pesquisa e a extensão da área, mas, principalmente, de reconhecer talentos, ela foi às alturas com seu amado mestre.
“Ele mesmo [Natalino], um cronista da nossa imprensa e, “nas horas vagas”, médico, gestor, escritor, entre outras inumeráveis atividades, mas sem descuidar do seu papel na imprensa maranhense.
Aplausos, senhores! Muitos aplausos”, conclamou.
Todavia, Bentivi não podia deixar de cantar de galo. Do alto de sua comenda, diz que iria finalizar a sua fala com um “pequeno trecho” que escreveu na introdução de sua tese de doutorado. De imediato no fez pensar que fecharia o discurso com chave de ouro, brindando-nos com alguma reflexão decorrente do enorme grau de seus estudos.
Mas, que nada. Tudo não passou de um golpe de ego para embutir na arenga a titularidade e o abstract de sua superação de vida, por obra do gosto pela leitura desde a infância.
“No Nordeste brasileiro, no Maranhão dos anos 60, do século passado, uma criança de família ágrafa (somente meu pai sabia ler e escrever e fazer as quatro operações, entre todos os adultos que compunham nossa numerosa família), tomou gosto pelas palavras em casa. Isso porque, em que pese à condição social ou mesmo em função desta, minha família valorizava demais o ato de ler. Assim, quem soubesse ler tornava-se a estrela das noites iluminadas por belas lamparinas”, transcreveu.
Depois do sucesso da noitada em louvor ao reitor Natalino Salgado, o Belo Matos encheu o peito e deixou subir à cabeça a convicção com que sustenta o material produzido pelo projeto de sua chefiatura.
Em Um bicentenário necessário, artigo publicado no site da UFMA, que ele próprio coordena, o vice reitor não só produz os velhos chavões sobre a imprensa, como teve a coragem de dizer que a UFMA, “concluiu uma iniciativa que deixa para a posteridade um material que, ao mesmo tempo, representa um registro, uma homenagem e um legado para as próximas gerações do que representa a força da nossa imprensa”.
O que dizer de um legado que ao tratar do jornalismo literário ressalta que Sotero dos Reis publicou em A Revista “seus mais famosos artigos de crítica literária, trazendo à tona para a sociedade maranhense vários escritores nacionais, especialmente Gonçalves Dias…”?!!!
Não vou dizer nada. Somente leia a reprodução abaixo sobre o uso da fotografia. O estudo patrocinado pela Fundação Sousândre, Vale e Emap diz que “A Revista do Norte, entre 1901 e 1906, foi e é considerada até hoje o periódico com mais fotografias da época”. O que já é uma outra descorbeta: os ares do Planalto ao som do Hino da UFMA com letra que, se lida, não se distingue de um texto protocolar qualquer, o tempo deixa de ser senhor da razão e a pessoa passa de porqueiro a porco.
E o podcast com a professora Thaisa Cristina Bueno sobre a imprensa nas primeiras décadas do século XXI, que se limita ao jornal O Progresso, de Imperatriz e o Estado do Maranhão, em São Luís?
Aliás, porque cargas d’água se deu tanto destaque para Imperatriz, se o jornal O Progresso foi fundado somente em 1970 ?
Dezenas de municípios tiveram jornais ainda no século XIX. Ao invés de resgatar essa história, o vice Belo resolveu dar um alô e fazer pose de cientista reconhecido.
Dizem as línguas, que o sujeito tem a pretensão de ser reitor, caso o projeto do senador Roberto Rocha criando a Universidade Federal da Amazônia Maranhense (UFAMA) saia do papel.
Sem desmerecer o trabalho da professora Cristina Bueno, mas ela poderia evitar de se meter em enrascada, ao falar sobre o que pouco conhece. Dizer que a internet mudou a rotina de produção jornalística no Maranhão e no Brasil, a partir da apuração antes feita por telefone e agora por WhatsApp, é no mínimo uma ingenuidade sem tamanho.
Ouça a podcast: a barrigada da foca
“Olhando para a apuração, vamos pensar que, quando surgiu o telefone e entrou na rotina da redação, havia uma hierarquia dentro da rotina entre as pessoas que apuravam pessoalmente para o jornalismo que só ligava, então a gente torcia o nariz para quem fazia uma apuração pelo telefone. Hoje em dia, as entrevistas ocorrem pelo Whatsapp, e ninguém estranha e ninguém considera esse modo de apuração menor ou ineficiente, então isso já mudou bastante o olhar e o modo como a gente faz”, declarou.
Primeiro, você poder ligar de um telefone da Redação para um celular, era um privilégio. Segundo, uma boa agenda telefônica é a arma de um bom jornalista. E, por fim, é bom que se ressalte que a mudança na forma de apurar, não é se é por telefone ou WhatsApp. Mas os portais da transparência e a Lei de Acesso à Informação.
Sobre fazer entrevista pelo WhatsApp, sou partidário do que nos ensina a mestre e doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ, Isenita Soares de Araújo. “Se meu discurso pode receber um preço, isso ocorre porque quando falo, digo o que digo, mas também digo algo a mais na maneira de dizê-lo”.
A professora imperosa esquece o fundamental. O que mudou na maneira de fazer jornalismo é democratização da informação. O que antes não saia, por exemplo, nos jornais O Estado do Maranhão, Pequeno e Imparcial, somente para citar alguns, não existia!
Thaisa Cristina Bueno tem a seu favor não ter caído na esparrela da professora Zefinha Bentivi no vídeo documentário, parte do legado dos 200 anos da Imprensa no Maranhão.
Ao falar sobre as convergências das mídias, a comendadora Bentivi observa que com as redes sociais, surgem as fake News. Mas que o leitor pode ficar tranquilo, pois a “verdade está nos veículos tradicionais”.
A web store até que, ao contrário dos outros materiais, não faz tão feio. No entanto, tem um pecadilho e um pecadoraço. “O desenvolvimento da imprensa começou em 1821”, diz logo de cara. Quer dizer então que antes já existia uma imprensa subdesenvolvida, atrasada, artesanal ?
Mas é no uso de ilustrações modernas para narrar um fato antigo, é que se tem a sensação do trabalho escolar. Onde já se viu ilustrar com desenhinho moderno de um golpe de judô ilustrar os embates entre os jornais da época?
Clique no bicho e assista a web store
Se por um lado, o vice-reitor e coordenador do projeto o vice Belo diz que o material produzido “é fruto de muita pesquisa, muita leitura e muita escrita”; e por outro, o que se observa é um resumão de pequena bibliografia com erros grosseiros; só me resta uma dúvida: se é propaganda enganosa ou se é mediocridade natural.
A impressão que se tem é que o texto é escrito sem que se saiba bem sobre o que se está escrevendo. Isso na melhor das hipóteses. Pois a nitidez com que a narrativa desumaniza os fatos – nomes e datas são apenas nomes e datas – cancela e desconexa outros, não permite imaginar qualquer ingenuidade ou contaminação assintomática por aftosa.
No longo do ‘estudo’, a trajetória da imprensa segue impassível. “No Maranhão, a história da imprensa começou em 15 de abril de 1821, quando foi impresso o primeiro jornal maranhense, O Conciliador do Maranhão, idealizado pelo então governador Bernardo da Silveira Pinto da Fonseca (1819-1822)”, diz. Mas, na verdade não diz. Se dissesse, não diria que o jornal foi idealizado pelo governador, mas sim pago com recursos dos impostos recolhidos pela Coroa!
Em outros momentos da história, os nomes envolvidos são apenas citados, sem qualquer informação que os situe no tempo e no espaço. No episódio da censura e deportação do português Garcia Abranches, por exemplo, a figura de Lorde Cochrane é apresentada como um oficial inglês enviado para impor a adesão do Maranhão à Independência, e que depois decretou estado de sítio de guerra, “desejando a fortuna portuguesa do Tesouro Nacional”.
Cocharane é quase um santo. O texto não traz um link sequer – esse recurso advindo com a internet, que permite acessar outras informações – para que o ludovicense pudesse conhecer um pouco mais desse pedaço da história, somente lembrado pela alegria do feriado estadual de 28 de julho.
O material produzido pela UFMA ignora solenemente situações relevantes. Do passado mais distante, o papel do jornal O Globo, reduto de republicanos e único jornal que no dia 16 de Novembro de 1889 noticiou a proclamação da República, e foi alvo de protesto, que culminou no massacre de negros.
Do mais recente, porém distante dos alunos, o golpe militar de 64 foi completamente cancelado. Sequer como Revolução ou a Redentora o regime é citado no legado exaltado pelo ufanista Belo. Sei, não. Mas executar em uma solenidade de entrega de comendas para jornalistas, mesmo que seja os seus, o Hino da UFMA… Sei, não. O hino não tem verso, tem decreto. É meio fascistóide, se é que existe meio coisa ruim. Aproveite ouça e veja abaixo. Sinal dos tempos?
O roteirista da Guerra dos Mundos maranhense, Sérgio Brito (já falecido) Foto: Douglas Junior/G1
Nem mesmo, uma das experiências mais impactantes sobre o poder dos veículos de comunicação, no caso a rádio Difusora, e das fake News em provocar tragédias, é mencionada.
Com técnica e credibilidade jornalística, a Difusora narrou a invasão dos marcianos. “Por causa disso, e depois de encerrada a transmissão, uma patrulha do Exército invadiu a rádio e exigiu sua lacração – a emissora ficou fechada por 3 dias”, ressalta matéria sobre o assunto publicada no site G1-SP.
Livro organizado pelo professor do curso de Comunicação e hoje secretário dos direitos humanos, Francisco Gonçalves foi lançado em 2011, no Palácio Cristo Rei, sede da reitoria da UFMA!
Se a farsa dos 200 anos da Imprensa teve o conluio ou não do magnífico amado mestre e da comendadora Bentivi, assim como de toda a comissão de notáveis, o silêncio de cada um é que vai dizer.
Ainda mais quando se descobre que o vice-reitor pode ter agido com desprezo à UFMA. Em julho passado, ele organizou o Dossiê – Imprensa do Maranhão – 200 anos de história, publicado pela excelente Revista Outros Tempos, editada semestralmente pelo curso de História da Universidade Estadual do Maranhão.
O trabalho realizado em companhia de Roni César Andrade, também professor da UFMA e integrante da comissão ‘não me deixem só’, é sério e sem o desrespeito visto no material dos 200 anos em louvação a Natalino Salgado. E sem essa se é ‘Coca-cola ou Jesus’. Confira AQUI
Com base em documentação produzida pelo DOPS/MA. Leal nos mostra o que diz o SNI dos três ‘grandes’ jornais em atividade em fevereiro de 1980.
Sobre o jornal O Imparcial, aponta que “[…] posiciona-se de modo favorável ao Governo Federal. […] Não tem praticado ações com o propósito de antagonizar a população e o Governo. […]Noticia, sem sensacionalismo, atividades empreendidas por grupos contestatórios que, de fato, obtiveram repercussões junto à população. Coloca-se em posição totalmente contrária a qualquer entidade de ideologia extremista”.
O DOPS/MA é categórico ao ratificar o alinhamento do jornal O Estado do Maranhão ao golpe militar: “[…] empresta expressivo apoio ao Governo Federal e ao regime vigente no país”.
A definição do Jornal Pequeno, considerado pelos milicos , um jornal de menor circulação, “[…] dado a campanhas de natureza sensacionalista”.
Mas é a entrevista do historiador e membro da Academia Maranhense de Letras Joaquim Itapary, a sensação do dossiê. Leia e depois se pergunte: mas ele não fez parte da Comissão da UFMA e teve até o seu nome citado pelo vice Belo?
Quer a resposta? Sei …não..
O senhor é muito conhecido pela sua atuação como jornalista e como membro da Academia Maranhense de Letras, entre muitas outras funções que exerceu. A seu ver, qual a importância de se comemorar os 200 anos da implantação da imprensa no Maranhão?
J.I – O Maranhão tem longa História com diferentes aspectos ainda cientificamente pouco estudados. A influência da imprensa na formação e desenvolvimento da sociedade maranhense é um deles. Basta ver-se que, nesses dois séculos decorridos desde a instalação da primeira impressora em nosso Estado, não passam talvez de meia dúzia as publicações de livros sobre o assunto. E, assim mesmo, em boa parte dos quais os autores se restringem ao mero e superficial registro cronológico da aparição de jornais, como indicação de seus fundadores ou principais redatores, e raramente, a narrativa de diatribes e polêmicas travadas entre jornalistas que se disputavam a preferência de leitores filiados às correntes políticas eventualmente adversárias. Portanto, não encontro razões para “comemorações” só em razão do mero episódio da instalação de um prelo em São Luís; todavia, creio possível que a memória de fato venha a ser um bom pretexto para que cientistas sociais, sobretudo historiadores e membros de departamentos universitários, se dediquem ao estudo do assunto de modo mais aprofundado.
Bebê Caio Henrique nasceu exatamente a 00h30 do dia 1⁰ de janeiro de 2022 (Foto: Rogério Sousa)
“É uma mistura de felicidade com sensação de completude”, compartilhou Rebeca Santos Silva, de 28 anos, mãe do pequeno Caio Henrique, o primeiro bebê a nascer em uma unidade estadual de saúde em 2022. Ela deu à luz na Maternidade Nossa Senhora da Penha, localizada no bairro do Anjo da Guarda, em São Luís, que integra a rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O bebê Caio Henrique é o segundo filho do casal Rebeca e Fernando Santos Silva. Eles têm outro filho, o Kaleb, de 5 anos. De acordo com a mamãe, a primeira gestação foi aprendizado, enquanto que a segunda caracterizou-se pelo misto de surpresa e emoção.
“Meu primeiro parto foi cesáreo e o segundo foi normal. Enquanto um teve tudo programado, o outro foi completamente diferente, até porque a gente esperava ele só daqui a 10 dias. A sensação é que agora está tudo completo! O meu primeiro filho, Kaleb, sempre dizia que queria um irmão e quando soubemos que estava grávida do Caio, em momento nenhum se afastou, mas mostrou ser um verdadeiro companheiro”, disse Rebeca depois da correria na noite de ano novo.
Estava tudo certo para o casal comemorar o ano novo entre amigos e familiares. Até que, por volta das 20h do dia 31 de dezembro, Rebeca começou a sentir fortes contrações. Às 21h eles tiveram a certeza que a hora havia chegado. Foi quando a peregrinação se iniciou.
“Nós estávamos no Maracanã e chovia muito. Não tinha como sair de lá a não ser de Uber. Chegamos na maternidade perto da meia-noite e agora é só alívio e alegria. Deu tudo certo, graças a Deus”, contou Fernando.
Warles Melo, médico obstetra que fez o parto de Rebeca, destacou o atendimento humanizado (Foto: Rogério Sousa)
O médico obstetra que fez o parto de Rebeca, Warles Melo, contou que fazer o parto é mais que trazer a criança ao mundo, é também cuidar da família no sentido emocional. “Às vezes, a própria paciente fica na dúvida se irá conseguir ou não, ainda mais quando o parto é do tipo normal. Pelo fato de aqui na Penha fazermos o trabalho constante de humanização, buscamos dar apoio emocional e suporte aos familiares para que juntos possamos chegar ao objetivo final que é o nascimento da criança e desfrutar da alegria que é um bebê”, contou.
Caio Henrique nasceu exatamente 00h30 do dia 1⁰ de janeiro de 2022, com pouco mais de 4 Kg. Além dele, outro bebê, uma menina, também nasceu na Maternidade Nossa Senhora da Penha no primeiro dia do ano. “Estamos sempre preparados para tudo. Pelo fato de trabalharmos com uma assistência voltada para o acolhimento humanizado, a nossa expectativa estava muito grande. É um SUS que dá certo, voltado para promover a vida”, disse a supervisora de Enfermagem e enfermeira obstetra, Ivaneide Serra.
A Maternidade Nossa Senhora da Penha faz parte da rede materna da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e em seus seis anos de funcionamento já realizou mais de 649 mil atendimentos entre cirurgias, consultas, internações, diagnóstico de triagem neonatal e planejamento familiar. Além de pré-natal, parto e consultas, faz atendimento ambulatorial nas especialidades de Cardiologia, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia, serviço de diagnóstico por imagem em Ultrassonografia, teste do olhinho, coleta de sangue para Triagem Neonatal (Teste do Pezinho) e Oximetria de Pulso (Teste do Coraçãozinho)
A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar.