Logo
  • Política

    Bolsonaro alisa Moro, mas manda Carluxo espetá-lo

    Carlos Bolsonaro vai pra cima do Podermos

    Publicamente, Jair Bolsonaro voltou a mostrar que ele e Sergio Moro estão unidos com unha e carne.

    Exibiu o ex-juiz na ONU como o grande fiador da suposta anticorrupção de seu governo e mandou espalhar, nos prédios da Esplanada dos Ministérios, outdoors em favor do cambaleante pacote anticrime do ex-juiz.

    Ao mesmo tempo, pelo Twitter, mandou o filhote Carlos partir para cima do Podemos, partido que se enrosca em Moro oferecendo-se como alternativa para suas ambições políticas.

    E que abre as portas para os inúmeros insatisfeitos com as brigas de botequim do PSL.

    Nas palavras de Carluxo, o Podemos “quer tomar o lugar de um partido vermelho”.

    A razão é que os “comunistas” de Álvaro Dias ameaçam levar quase a metade da bancada de deputados do PSL, partido do presidente e ganhar força para fazer na Câmara, com o reacionaríssimo Novo, um poderoso núcleo lavajatista, como há no Senado, onde o podemos rivaliza com o MDB como maior bancada.

    O casamento de conveniência entre Bolsonaro e Moro voltou a guardar as aparências, mas só na superfície, como acontece nestas relações de interesse puro.

    Congresso Nacional mantém cobrança pelas bagagens em voos

    O Congresso Nacional decidiu manter o veto presidencial que elimina a franquia gratuita de bagagens em voos comerciais no Brasil. A manutenção da cobrança pelas bagagens foi aprovada na noite desta quarta-feira (25) em uma votação apertada, em que a maior parte do plenário até indicou ser favorável à derrubada do veto. Veja os votos abaixo.

    Mais de 4 mil turistas desembarcaram hoje (6) no Píer Mauá, na zona portuária do Rio. A maioria veio ao Brasil para acompanhar os jogos da Copa do Mundo, que começam no próximo dia 12 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

    Para ser derrubado, o veto precisava de 257 votos. Nesta quarta, porém, 247 deputados votaram pela derrubada e 187 pela manutenção do veto, que, por isso, não foi nem avaliado pelos senadores. A oposição lamentou o fato de o veto não ter sido derrubado por apenas 10 votos.

    Parlamentares aliados ao governo, por sua vez, comemoraram a decisão. Eles argumentaram que manter o veto é importante para aumentar a concorrência no mercado aéreo brasileiro, que hoje só conta com os voos da Gol, Latam e Azul. “Temos poucas empresas. Não é isso que vai fazer o preço da passagem baixar”, afirmou a deputada Bia Kicis (PSL-DF), dizendo que, ao contrário, a cobrança poderia atrair companhias low cost para o Brasil. “Tem quatro low cost querendo vir. Por isso queremos manter o veto”, afirmou.

    Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) revelou até que representantes da Anac e do Ministério da Infraestrutura conversaram com vários parlamentares para mostrar que o veto seria uma forma de atrair essas empresas low cost, que trabalham mundo afora oferecendo passagens a baixo custo com a contrapartida da cobrança das bagagens que são despachadas nos aviões.

    Líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP) disse esperar que a decisão realmente atraia empresas low cost que ampliem a oferta de voos domésticos a baixo custo no Brasil. Ele cobrou, contudo, um prazo para que esse aumento de concorrência seja sentido pelo consumidor. É que, apesar do argumento do governo, a oposição segue resistente à manutenção do veto.

    Muitos deputados e senadores da oposição lembraram que a possibilidade de despachar uma mala de até 23 quilos nos voos nacionais foi extinta em 2016 para reduzir o preço das passagens áreas cobradas àqueles passageiros que viajam apenas com a mala de mão, sem despachar bagagens. Esse argumento, contudo, parece não ter surtido efeito, pois o sentimento dos consumidores é de que as passagens não ficaram mais baratas e, em alguns casos, até encareceram.

    Foi essa percepção, por sinal, que fez os parlamentares incluírem o retorno da gratuidade das bagagens na Medida Provisória 863, que abre o setor aéreo para o capital estrangeiro e foi aprovada em maio deste ano – decisão que foi vetada pelo presidente Bolsonaro e reavaliada na sessão do Congresso desta quarta.

    “Quero propor… E não é dar um crédito ao governo porque o governo não regula o mercado, devemos dar um crédito ao mercado. O desafio que quero fazer é, se nós, no início do ano, em fevereiro, não tivermos empresas de low cost operando com concorrência no país votaremos um PDC [projeto de decreto legislativo] para que possamos impedir esses efeitos”, afirmou, então, Aguinaldo Ribeiro, dizendo que já um PDC na Câmara cuja intenção é garantir a gratuidade de uma bagagem de até 23 quilos nos voos domésticos.

    Votação

    O veto imposto a medidas provisórias é analisado em uma sessão do Congresso, mas primeiro é votado pelos deputados. Só se os deputados aprovarem a derrubada do veto é que a matéria é analisada pelo Senado, para que os senadores tomem a decisão final sobre o assunto. Para ser derrubado pelos deputados, contudo, o veto precisa de 257 votos – 10 a mais do que o recebido pelo veto das bagagens. Foi por isso que, mesmo com a maioria da Câmara votando pela derrubada da cobrança das bagagens, o veto foi mantido.

    Veja, então, como os deputados votaram. O não representa a derrubada do veto e o sim a manutenção:

    Maranhão (MA)
    Aluisio Mendes PSC Não
    Bira do Pindaré PSB Não
    Cleber Verde Republican Não
    Eduardo Braide PMN Não
    Gastão Vieira PROS Não
    Gil Cutrim PDT Não
    Gildenemyr PL Sim
    Hildo Rocha MDB PpMdbPtb Não
    João Marcelo Souza MDB PpMdbPtb Não
    Márcio Jerry PCdoB Não
    Marreca Filho Patriota Sim
    Pedro Lucas Fernandes PTB PpMdbPtb Não
    Total Maranhão: 12   

    Após discurso de Bolsonaro, deputados dos EUA lançam resolução para dificultar apoio de Trump ao Brasil

    O presidente Jair Bolsonaro

    LONDRES | BBC NEWS BRASIL

    No dia seguinte ao discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da sessão de debates da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, um grupo de congressistas em Washington apresentou uma resolução na Câmara dos Deputados que pode dificultar os laços entre o líder brasileiro e seu par, Donald Trump.

    No texto, apresentado nesta quarta-feira (25) com a assinatura de 16 deputados do Partido Democrata, que atualmente tem maioria na Câmara, os legisladores dizem que os Estados Unidos devem cancelar a designação do Brasil como aliado preferencial extra-Otan e suspender todo o apoio militar e policial americano ao governo brasileiro, “a não ser que o Departamento de Estado se certifique formalmente que medidas efetivas estejam sendo tomadas para evitar mortes injustificadas promovidas por agentes de segurança brasileiros, para investigar e judicializar mortes de ativistas e para cumprir com normas internacionais de direitos humanos”.

    Os congressistas também pedem que o governo dos EUA se oponha a financiamentos do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento a “projetos que possam contribuir com o desmatamento ou incêndios em florestas tropicais da região amazônica”.

    A carta foi apresentada pelos congressistas Raúl Grijalva, Rohit Khanna e Debra Anne Haaland, com o apoio de Susan Wild, Bobby L. Rush, Eleanor H. Norton, Jim P. McGovern, Betty McCollum, Hank Johnson, Jared Huffman, Adriano Espaillat, Sheila Jackson Lee, Jesús “Chuy” García, Peter A. DeFazio e Mark Pocan.

    Na legislação dos EUA, resoluções são medidas legislativas que expressam posições de parlamentares e, uma vez aprovadas, devem ser levadas em consideração pelo governo, apesar de não terem força de lei.

    Após a apresentação, o texto será encaminhado para avaliação de diferentes comissões de deputados.

    Segundo a BBC News Brasil apurou, a resolução deve ser inicialmente apreciada por membros dos Comitês de Assuntos Estrangeiros e Forças Armadas.

    A última etapa é a votação da resolução pelo plenário. O processo costuma demorar de semanas a meses, conforme a agenda de prioridades das Casas legislativas.

    De Chico Mendes a Greta

    Esta é a primeira vez desde 1989 que uma resolução discutindo questões ligadas a direitos humanos no Brasil é levada ao Congresso dos EUA.

    A última se referia a medidas a serem tomadas após o assassinato do ambientalista Chico Mendes, assassinado com tiros no peito por fazendeiros que se opunham às denúncias que o líder seringueiro vinha fazendo na região do Xapuri, no Acre.

    Para especialistas em relações internacionais ouvidos pela BBC News Brasil, o discurso de Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da ONU não respondeu aos anseios internacionais por mais proteção à Amazônia e pode acirrar mais as relações com outros países e investidores estrangeiros, além de soar como um aceno à sua base de apoio —em detrimento da comunidade internacional.

    No discurso, Bolsonaro afirmou ter “um compromisso solene com a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável em benefício do Brasil e do mundo. (…) Contudo, os ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da mídia internacional devido aos focos de incêndio na Amazônia despertaram nosso sentimento patriótico. (…) Valendo-se de falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa, com espírito colonialista”.

    “Acho que esse discurso não constrói pontes nem atende às preocupações levantadas por países e ativistas, como Greta Thunberg, na ONU. Talvez tenhamos mais conflitos sobre essas questões”, avaliou o diretor do Brazil Institute da Universidade King’s College London, Anthony Pereira.

    “Houve uma repetição de falas já pronunciadas pelo presidente Bolsonaro no Brasil, sem nenhuma abertura para um diálogo construtivo.”

    Após o discurso, a BBC News Brasil também ouviu líderes da Associação do Território Indígena do Xingu (Atix), da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), da Associação Floresta Protegida (AFP) e da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) —entidade que agrega associações de todas as regiões do país e representa os 305 povos indígenas brasileiros.

    “Lamentável”, “ofensivo”, “racista” e “paranoico” foram alguns dos adjetivos com que as lideranças destas organizações indígenas brasileiras classificaram o discurso do presidente.

    Ao citar os indígenas brasileiros na ONU, Bolsonaro usou dados que destoam de informações de órgãos do governo.

    O presidente disse que existem no Brasil “225 povos indígenas, além de referências de 70 tribos vivendo em locais isolados”. Segundo o IBGE, porém, há 305 povos indígenas no Brasil, e, segundo a Funai, há registros de 107 povos isolados.

    Marielle e Lula

    Na resolução apresentada em Washington, os congressistas se dizem “profundamente preocupados com as ameaças a direitos humanos, o Estado Democrático de Direito, a democracia e o meio ambiente no Brasil”.

    No texto, eles chamam a atenção para o fato de Bolsonaro ter elogiado a ditadura brasileira, “que torturou 20 mil pessoas e matou ou desapareceu com 434 pessoas, de acordo com Comissão da Verdade”.

    Em meio à tensão causada pela abertura do processo de impeachment que pode dificultar o futuro de Trump à frente da maior potência mundial, o texto também faz recomendações ao governo brasileiro.

    Os deputados americanos pedem que Bolsonaro e seus ministros se abstenham de discursos de ódio e ameaças a minorias.

    Também pedem a proteção urgente dos direitos de populações indígenas e quilombolas, “incluindo seus direitos a organização social, costumes, linguagem e crenças, além do direito a suas terras tradicionais”.

    Eles ainda pedem que o governo aprofunde investigações sobre o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e trabalhe para “identificar e punir os mandantes”, além de apurações sobre a conduta do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do procurador federal Deltan Dallagnol, ambos sob suspeição após o vazamento de supostos áudios que indicariam conduta irregular em processos da Lava Jato, especialmente nos que levaram à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Weverton faz apelo por diálogo e respeito entre as instituições

    A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta quarta-feira (25), por 23 votos a 3, a indicação de Augusto Aras para Procurador Geral da República. O senador maranhense Weverton (PDT), que votou favorável ao nome de Aras, aproveitou a sabatina para fazer um apelo para o diálogo saudável entre as instituições. “Há espaço para os diferentes, para discutirmos de forma civilizada e está na hora de chamarmos os de juízo na nossa República para começarmos a colocar as coisas nos devidos lugares: os políticos fazendo política, os magistrados fazendo o que a Constituição lhe confere, assim como os membros do MP. Assim nós poderemos dar uma luz para a sociedade no meio desse túnel escuro” afirmou.

    O senador mostrou preocupação com o que vem sendo chamado de ativismo político judicial e do Ministério Público e questionou o indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar a PGR sobre o assunto. Weverton criticou a atuação de alguns integrantes do MP que agem movidos por convicções e motivos ideológicos.

    “Não são todos, mas esses procuradores que atuam assim prejudicam o trabalho de todos os outros. Eu acredito na instituição, mas não se pode extrapolar o que está na Constituição. Quem quer ser político que abandone a magistratura ou o MP, mas não use a Justiça para fazer ativismo”, disse o parlamentar. Para o senador, é fundamental para o Brasil que o Ministério Público atue de forma imparcial e de acordo com o que a lei determina.

    A indicação agora será votada no Plenário do Senado, ainda nesta quarta-feira. Ambas as votações são secretas.

    Senado realiza consulta pública sobre projeto que altera limites do Parque dos Lençóis Maranhenses

    O deputado Elmano Ferrer, relator do projeto de lei

    O Senado realiza consulta pública sobre o Projeto de Lei Nº 465 /2018 , de autoria do senador Roberto Rocha (PSDB-MA), que altera os limites do Parque nacional dos Lençóis Maranhenses. Conforme a Resolução 26/2013, todas as proposições que tramitam no Senado estão abertas para receber opiniões do público. Ao menos 8 milhões de pessoas se manifestaram em consultas sobre proposições apresentadas na câmara alta.

    Os participantes da consulta podem se manifestar apoiando (sim) ou não a proposição do senador maranhense. O relator do projeto é o senador Elmano Férrer.

    Por enquanto, o número de pessoas que se manifestaram contra está na dianteira da consulta. São mais de 130 contra e apenas seis votaram sim. No ranking sobre a participação dos estados em consultas desta natureza, o Maranhão ocupa a décima nona posição em escala decrescente. São Paulo está na liderança enquanto que Roraima tem a menor participação dos cidadãos.

    O novo memorial exclui a maior parte das comunidades que hoje estão no interior da Unidade de Conservação, UC, privilegiando aquelas cuja desafetação do território do Parque não comprometerá a conservação ambiental. O desenho reduzirá para cerca de 660 o número de pessoas no interior da unidade e amplia a área protegida em aproximadamente 4.800 hectares. O Parque, que hoje tem 156.608,16 hectares, passaria a ter 161.409 hectares com o novo desenho.

    O Parque

     O parque nacional dos Lençóis  Maranhense foi criado pelo Decreto nº 86.060, de 2 de junho de 1981, localizado nos municípios de Primeira Cruz, Santo Amaro do Maranhão e Barreirinhas, no estado do Maranhão.  O projeto tramita na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo

    A unidade de conservação (UC) de proteção integral marinha costeira está inserida no domínio do Cerrado, mas com forte influência da Caatinga e da Amazônia, pois localiza-se em uma zona de transição entre esses biomas.

    Em seus mais de 156 mil hectares estão presentes ecossistemas diversificados e frágeis, como costa oceânica, restingas, manguezais e um campo de dunas que ocupa dois terços da área total da unidade e que consiste no principal atrativo do Parque, devido às lagoas que se formam entre as dunas na região.

    Avaliação negativa do governo Bolsonaro sobe de 27% para 34% entre abril e setembro, segundo Ibope

    Presidente Jair Bolsonaro

    A mais recente pesquisa de opinião do Ibope, encomendada pela CNI, mostra que a popularidade do governo, a confiança e a aprovação da população na maneira que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) governa estão em queda.

    A avaliação positiva (ótimo e bom) do governo era de 35% em abril, caiu para 32% em junho e agora está em 31%. A avaliação negativa (ruim e péssimo), por sua vez, subiu de 27% em abril para 32% em junho e em setembro chegou a 34%.

    Os números serão divulgados oficialmente no fim da tarde desta quarta-feira (25/09/2019), Contudo, as informações foram adiantadas pelo colunista do jornal O Globo Lauro Jardim.

    Os que consideram o governo regular são 32% (eram 31% em abril e os mesmos 32% em junho). Os que não sabem ou não quiseram responder somaram 3%. Os que desaprovam a maneira de Bolsonaro governar já alcançou um percentual inédito — a metade da população, segundo o Ibope.

    Metade dos entrevistados não aprovam a gestão (eram 40% em abril e 48% em junho). Aqueles que aprovam somam 44% (eram 51% e 46% nas pesquisas anteriores). Um total de 6% não quiseram responder.

    Por fim, a confiança em Bolsonaro também retraiu. Os que disseram confiar no presidente foram 42% dos entrevistados. Em abril, esse percentual era de 51% (caiu para 46% em junho). Do outro lado, 55% disseram “não confiar” em Bolsonaro (eram 45% em abril e 51% em junho).

    O Ibope ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre 19 e 22 de setembro. O levantamento anterior havia sido realizado de 20 e 26 de junho.

    Paulo Coelho em entrevista à BBC: “eu não posso no momento falar bem do meu país”

    O escritor e mago brasileiro, Paulo Coelho

    Tudo em torno de Paulo Coelho é superlativo. Do banheiro para visitas decorado com um quadro assinado por Andy Warhol, ao elevador de vidro que vai da sala de estar ao enorme terraço sob os Alpes suíços. Dos mais de 325 milhões de livros vendidos e um bilhão de leitores em 150 países, ao recorde de escritor vivo mais traduzido do mundo e quase 50 milhões de seguidores em redes sociais. Da tortura a que foi submetido durante três meses, em 1974, à forma contundente como critica o governo brasileiro, em 2019.

    Em seu apartamento, em Genebra, o escritor revelou o que pensa sobre Jair Bolsonaro e disse à BBC News Brasil estar cumprindo um “compromisso histórico”. “O esfacelamento daquilo que o nosso país representava.” “Um delírio.” “Um Brasil totalmente polarizado” que está “caminhando para o mesmo clima de terror” da ditadura.

    “O compromisso histórico é não ficar calado. Eu tenho que falar. Vou perder leitores? Vou. Tenho perdido? Devo estar perdendo? Não sei. Eu não fico contabilizando”, diz, enquanto a esposa Christina Oiticica, que acompanha a entrevista, assente com um leve gesto de aprovação.

    Em livros como Hippie, o mais recente (2018), ou O Aleph, de 2010, Paulo Coelho alerta que o passado pode destruir o presente. Mas, na entrevista, ele decide lembrar com detalhes dos meses em que foi espancado, teve os genitais presos a eletrodos e foi trancafiado nu, com um capuz, em uma sala gelada e escura por agentes da ditadura. “Se o passado se repete no presente, já não é mais passado, é presente.”

    Em mais de uma hora de conversa, o escritor também fala sobre o momento em que rompeu com o PT (“estou fora”), a desilusão com o comunismo (“tudo cinza e triste”), a experiência no caminho de Santiago de Compostela (“a jornada é o que conta, e isso vale para política e religião”) e a relação com os críticos (“sobrevivi a todos”).

    Também dá sua opinião sobre figuras contemporâneas como os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), o papa Francisco, o guru bolsonarista Olavo de Carvalho, o YouTuber Felipe Neto e o pintor Romero Brito. Fala ainda sobre Jesus: “mais politicamente incorreto, impossível”.

    Leia aqui a entrevista na íntegra.

    Estúdio Zabumba Records abre inscrições para aulas de percussão

    O percussionista e produtor musical Luiz Claudio

    Vamos de percussão? O estúdio Zabumba Records já está com inscrições abertas para aulas com o percussionista e produtor musical Luiz Claudio.
    O músico, que traz na bagagem uma vasta experiência , já tocou e gravou com Zeca Baleiro, Naná Vasconcelos, Ceumar, Rita Beneditto , Flavia Bittencourt e Monserrat entre muitos outros.
    Foi professor de ritmos maranhenses em São Paulo, no instituto Paulo Campos, ministrou oficina de ritmos maranhenses para alunos e professores da Juilliard School of Music em Nova York. Na temporada junina de 2019, deu aulas para um grupo de mais de 100 alunos do Rio Pandeiro. E por aí vai.
    * Luiz Claudio é proprietário e produtor do estúdio zabumba records.
    Mais informações inbox ou pelo telefone 98185-0684.

  • Deu no D.O

    • A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar. 
  • Fale com o Garrone

    (98) 99116-8479 raimundogarrone@uol.com.br
  • Rádio Timbira

    Rádio Timbira Ao Vivo