Manuela D´Ávila esclarece em nota contato com suposto hacker
A ex-deputada Manuela D’Ávila divulgou nota à imprensa na qual fala sobre o depoimento dado à Polícia Federal, em que Walter Delgatti Neto, o nebuloso “hacker de Araraquara”, afirmou que ela teria intermediado o contato com o jornalista Glenn Greenwald.
Na nota D ´Àvila afirma desconhecer a pessoa que em maio invadiu o aplicativo Telegram do seu aparelho e lhe confessor ter informações sobre ilícitos praticados por autoridades brasileira. A ex-candidata a vice na chapa de Fernando Haddad afirma que está entregando à Polícia Federal as cópias das mensagens recebidas do suposto hacker e se coloca à disposição para esclarecimentos.
NOTA À IMPRENSA
Tomando ciência, pela imprensa, de alusões feitas ao meu nome na investigação de fatos divulgados pelo “The Intercept Brasil”, e por me encontrar no exterior em atividades programadas desde o início do corrente ano, esclareço que:
1. No dia 12 de maio, fui comunicada pelo aplicativo Telegram de que, naquele mesmo dia, meu dispositivo havia sido invadido no Estado da Virginia, Estados Unidos. Minutos depois, pelo mesmo aplicativo, recebi mensagem de pessoa que, inicialmente, se identificou como alguém inserido na minha lista de contatos para, a seguir, afirmar que não era quem eu supunha que fosse, mas que era alguém que tinha obtido provas de graves atos ilícitos praticados por autoridades brasileiras. Sem se identificar, mas dizendo morar no exterior, afirmou que queria divulgar o material por ele coletado para o bem do país, sem falar ou insinuar que pretendia receber pagamento ou vantagem de qualquer natureza.
2. Pela invasão do meu celular e pelas mensagens enviadas, imaginei que se tratasse de alguma armadilha montada por meus adversários políticos. Por isso, apesar de ser jornalista e por estar apta a produzir matérias com sigilo de fonte, repassei ao invasor do meu celular o contato do reconhecido e renomado jornalista investigativo Glenn Greenwald.
3. Desconheço, portanto, a identidade de quem invadiu meu celular, e desde já, me coloco a inteira disposição para auxiliar no esclarecimento dos fatos em apuração. Estou, por isso, orientando os meus advogados a procederem a imediata entrega das cópias das mensagens que recebi pelo aplicativo Telegram à Polícia Federal, bem como a formalmente informarem, a quem de direito, que estou à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido e para apresentar meu aparelho celular à exame pericial.
MANUELA D’AVILA