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    PEC 55 é “erro histórico” que provocará “retrocesso social”, diz ONU

    O congelamento de gastos sociais previsto na PEC 55 terá “impacto severo” sobre a população pobre no Brasil, provocará “retrocesso social” e colocará “toda uma geração futura em risco de receber uma proteção social muito abaixo dos níveis atuais”. O diagnóstico é do australiano Philip Alston, relator especial das Nações Unidas para a pobreza extrema e os direitos humanos.

    Em uma nota tornada pública nesta sexta-feira 9, a relatoria especial da ONU lembra que, nas últimas décadas, o Brasil “estabeleceu um impressionante sistema de proteção social voltado para erradicar a pobreza e o reconhecimento dos direitos à educação, saúde, trabalho e segurança social”, mas que a PEC 55 pode destruir esse legado.

    “Essas políticas contribuíram substancialmente para reduzir os níveis de pobreza e desigualdade no país. Seria um erro histórico atrasar o relógio nesse momento,” disse Alston.

    No documento, a relatoria da ONU lembra que Temer chegou ao poder graças a um impeachment e que, portanto, “jamais apresentou seu programa a um eleitorado”. Alston afirma que seria necessário realizar um “debate público apropriado” sobre a medida e seus impactos. “Essa é uma medida radical, desprovida de toda nuance e compaixão”, disse.

    “Vai atingir com mais força os brasileiros mais pobres e mais vulneráveis, aumentando os níveis de desigualdade em uma sociedade já extremamente desigual e, definitivamente, assinala que para o Brasil os direitos sociais terão muito baixa prioridade nos próximos vinte anos”, afirma.

    Ainda segundo o relator, a PEC 55 coloca o Brasil em violação ao Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais ratificado em 1992, que “veda a adoção de ‘medidas deliberadamente regressivas’ a não ser que não exista nenhuma outra alternativa e que uma profunda consideração seja dada de modo a garantir que as medidas adotadas sejam necessárias e proporcionais.”

    A PEC 55, que tramitou na Câmara como PEC 241, é o carro-chefe do governo Michel Temer. Aprovada pela Câmara em dois turnos, ela deve ser referendada em segundo turno pelo Senado em 13 de dezembro.

    Uma mostra da importância da PEC para o governo foi a mobilização do Planalto para manobrar o Supremo Tribunal Federal nesta semana de forma a manter Renan Calheiros (PMDB-AL) como presidente do Senado. Afastado por uma liminar, Renan conseguiu ficar no cargo após indicar que, sem ele, a tramitação da PEC na Casa seria prejudicada.

    Na quinta-feira 8, após ser salvo pela manobra do STF, Renan determinou a realização de três sessões no Senado em menos de seis horas. Isso garantiu o prazo regimental para que a PEC seja votada no dia 13.

    Leia abaixo a íntegra da nota de Alston:

    Brasil: Teto de 20 anos para o gasto publico violará direitos humanos, alerta relator da ONU

    GENEBRA (9 de Dezembro, 2016) – Os planos do governo de congelar o gasto social no Brasil por 20 anos são inteiramente incompatíveis com as obrigações de direitos humanos do Brasil, de acordo com o Relator Especial da ONU para extrema pobreza e direitos humanos, Philip Alston.

    O efeito principal e inevitável da proposta de emenda constitucional elaborada para forçar um congelamento orçamentário como demonstração de prudência fiscal será o prejuízo aos mais pobres nas próximas décadas, alertou o Relator. A emenda, que deverá ser votada pelo Senado Brasileiro no dia 13 de Dezembro, é conhecida como PEC 55 ou o novo regime fiscal.

    “Se adotada, essa emenda bloqueará gastos em níveis inadequados e rapidamente decrescentes na saúde, educação e segurança social, portanto, colocando toda uma geração futura em risco de receber uma proteção social muito abaixo dos níveis atuais.” 

    O Relator Especial nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU recomendou ao Governo Brasileiro que garanta um debate público apropriado sobre a PEC 55, que estime seu impacto sobre os setores mais pobres da sociedade e que identifique outras alternativas para atingir os objetivos de austeridade.

    “Uma coisa é certa”, ele ressaltou. “É completamente inapropriado congelar somente o gasto social e atar as mãos de todos os próximos governos por outras duas décadas. Se essa emenda for adotada, colocará o Brasil em uma categoria única em matéria de retrocesso social”. 

    O plano de mudar a Constituição para os próximos 20 anos vem de um governo que chegou ao poder depois de um impeachment e que, portanto, jamais apresentou seu programa a um eleitorado. Isso levanta ainda maiores preocupações sobre a proposta de amarrar as mãos de futuros governantes.

    O Brasil é a maior economia da América Latina e sofre sua mais grave recessão em décadas, com níveis de desemprego que quase dobraram desde o início de 2015.

    O Governo alega que um congelamento de gastos estabelecido na Constituição deverá aumentar a confiança de investidores, reduzindo a dívida pública e a taxa de juros, e que isso, consequentemente, ajudará a tirar o país da recessão. Mas o relator especial alerta que essa medida terá um impacto severo sobre os mais pobres.

    “Essa é uma medida radical, desprovida de toda nuance e compaixão”, disse ele. “Vai atingir com mais força os brasileiros mais pobres e mais vulneráveis, aumentando os níveis de desigualdade em uma sociedade já extremamente desigual e, definitivamente, assinala que para o Brasil os direitos sociais terão muito baixa prioridade nos próximos vinte anos.”

    Ele acrescentou: “Isso evidentemente viola as obrigações do Brasil de acordo com o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais que o pais ratificou em 1992, que veda a adoção de “medidas deliberadamente regressivas” a não ser que não exista nenhuma outra alternativa e que uma profunda consideração seja dada de modo a garantir que as medidas adotadas sejam necessárias e proporcionais.”

    O Sr. Alston apontou que, nas ultimas décadas, o Brasil estabeleceu um impressionante sistema de proteção social voltado para erradicar a pobreza e o reconhecimento dos direitos à educação, saúde, trabalho e segurança social.

    “Essas políticas contribuíram substancialmente para reduzir os níveis de pobreza e desigualdade no país. Seria um erro histórico atrasar o relógio nesse momento,” disse ele.

    O Plano Nacional de Educação no Brasil clama pelo aumento de 37 bilhões de reais anualmente para prover uma educação de qualidade para todos os estudantes, enquanto a PEC reduzirá o gasto planejado em 47 bilhões de reais nos próximos oito anos. Com mais de 3,8 milhões de crianças fora da escola, o Brasil não pode ignorar o direito deles de ir à escola, nem os direitos de todas as crianças a uma educação de qualidade.

    O debate sobre a PEC 55 foi apressadamente conduzido no Congresso Nacional  pelo novo Governo com a limitada participação dos grupos afetados, e sem considerar seu impacto nos direitos humanos. Um estudo recente sugere que 43% dos brasileiros não conhecem a emenda, e entre aqueles que conhecem, a maioria se opõe a ela.

    O relator especial, que está em contato com o Governo Brasileiro para entender melhor o processo e a substancia da emenda proposta, ressaltou que “mostrar prudência econômica e fiscal e respeitar as normas internacionais de direitos humanos não são objetivos mutuamente excludentes, já que ambos focam na importância de desenhar medidas cuidadosamente de forma a evitar ao máximo o impacto negativo sobre as pessoas.”

    “Efeitos diretamente negativos têm que ser equilibrados com potenciais ganhos a longo prazo, assim como esforços para proteger os mais vulneráveis e os mais pobres na sociedade”, disse ele.

    “Estudos econômicos internacionais, incluindo pesquisas do Fundo Monetário internacional, mostram que a consolidação fiscal tipicamente tem efeitos de curto prazo, reduzindo a renda, aumentando o desemprego e a desigualdade de renda. E a longo prazo, não existe evidência empírica que sugira que essas medidas alcançarão os objetivos sugeridos pelo Governo,” salientou o relator especial.

    O apelo do Sr. Alston às autoridades brasileiras foi endossado também pelos a Relatora Especial sobre o Direito à Educação, Sra. Koumbou Boly Barry. (Carta Capital)

    Justiça Eleitoral define data de diplomação dos eleitos em São Luís

    A Justiça Eleitoral no Maranhão definiu a data de diplomação do prefeito reeleito em São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e do vice Júlio Pinheiro (PCdoB). A solenidade será no dia 19 de dezembro, às 17h, no Centro de ConVenções Pedro Neiva de Santana, no bairro Cohafuma.

    Além do prefeito e do vice, serão diplomados os 31 vereadores eleitos para a Câmara Municipal, além de dois suplentes de cada uma das coligações e partidos políticos que disputaram a eleição em outubro.

    A posse do prefeito Edivaldo Holanda Júnior e do vice Júlio Pinheiro ocorrerão no dia 1º de janeiro, à tarde, logo após a posse dos vereadores eleitos na Câmara de São Luís.

    Lista dos candidatos eleitos a serem diplomados:

    Prefeito
    Edivaldo Holanda Júnior (PDT)

    Vice
    Júlio Pinheiro (PCdoB)

    Vereadores e suplentes
    Unidos por São Luís (PRTB/ PTN/ REDE)

    Eleitos
    Genival Alves
    Silvino Abreu

    Suplentes
    Basileu
    Zeca Medeiros

    Coragem Para fazer (PMDB/ PRP)

    Eleito
    Afonso Manoel

    Suplentes
    Sebastião Albuquerque
    Alex Paiva

    Partido Social Democrático (PSD)

    Eleito
    César Bombeiro

    Suplentes
    Jean Mary
    Riba

    Partido Social Liberal (PSL)

    Eleitos
    Chico Carvalho
    Pereirinha

    Suplentes
    Dr. Ubirajara
    Sebastião Uchôa

    Por Amor a São Luís 1 (PP/ PSB)

    Eleitos
    Nato Júnior
    Estevão Aragão
    Chaguinhas

    Suplentes
    Nelsinho
    Kátia Lobão

    Juntos para seguir em frente (PDT/ DEM/ PR/ PROS)

    Eleitos
    Osmar Filho
    Astro de Ogum
    Pavão Filho
    Raimundo Penha
    Marquinhos
    Beto Castro
    Aldir Júnior
    Ivaldo Rodrigues

    Suplentes
    Paulo Victor
    Barbosa Lages

    O Trabalho continua (PTC/ PT)

    Eleitos
    Honorato Fernandes
    Edmilson Jansen

    Suplentes
    Antônio Garcez
    Vieira Lima

    Partido Humanista da Solidariedade (PHS)

    Eleitos
    Professor Sá Marques
    Edson Gaguinho

    Suplentes
    Dr. Cosmo
    Beto do Comércio

    Juntos para seguir em frente 1 (PTB/ PEN)

    Eleitos
    Pedro Lucas Fernandes
    Marcial Lima
    Concita Pinto

    Suplentes
    Joãozinho Freitas
    Domingos Paz

    São Luís de Todos Nós (PCdoB/ PSC)

    Eleitos
    Marcelo Poeta
    Fátima Araújo
    Bárbara Soeiro
    Ricardo Diniz

    Suplentes
    Rommeo Amin
    Batista Matos

    São Luís de Verdade 2 (PSDB/PPS/ PSDC)

    Eleitos
    Dr. Gutemberg
    Umbelino Júnior
    Josué Pinheiro

    Suplentes
    Armando Costa
    Pintinho Itamaraty

    (G1 MA)

    Para desespero de Ricardo, 800 empregos serão gerados em Coroatá

    Desde a derrota em outubro da prefeita Teresa Murad, o ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, tem perdido as estribeiras, acusando o Governado do Estado de participação nas eleições, devido as obras no município financiadas pelo Palácio dos Leões. Para aumentar ainda mais o desespero e provar a lisura dessas ações,através de incentivos governamentais cerca de 800 empregos serão gerados no município com a instalação de uma abatedouro na cidade.

    Durante visita do secretário estadual de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, na última quarta-feira (7), à sede da Frango Americano, em Belém, o Governo do Estado recebeu a confirmação de que um abatedouro será instalado em Coroatá. As obras da fábrica têm previsão de início para o primeiro semestre de 2017.

    Em 2015, o governo firmou acordo com a Frango Americano para a instalação do abatedouro. Porém, mesmo tendo protocolado há meses a solicitação de licenciamento na prefeitura de Coroatá, a empresa ainda não obteve a licença de uso e ocupação da área.

    “A Frango Americano se instalou em 1997 no Maranhão. Quando o governador Flávio Dino assumiu fez uma série de medidas em apoio ao setor produtivo. Temos um trabalho de ampliação, não só de criação de frangos, que é verticalizada, desde os ovos férteis, que são produzidos no Maranhão, até a incubação e criação. Agora vamos para uma nova fase, um desafio que é o abate do frango, que será feito em um abatedouro a ser instalado em um período de dois anos em Coroatá”, afirmou Evandro Watanabe, diretor executivo da Frango Americano.

    Em recente reunião com o prefeito eleito da cidade, Luis Amovelar Filho, garantiu que todas as tratativas serão retomadas e que o empreendimento terá todo o apoio necessário para sua implantação.

    “Há mais de um ano a empresa tenta iniciar a construção do abatedouro, mas vem  encontrando empecilhos gerados pela atual gestão municipal. Diante disso, conversamos com o prefeito eleito, Luis Amovelar, e tivemos a garantia de que, a partir de janeiro de 2017, as obras poderão ser iniciadas”, afirmou o secretário Simplício Araújo.

    A instalação do abatedouro deve gerar 800 empregos diretos e, em pleno funcionamento, será capaz de abater mais de 100 mil aves/dia. Segundo Simplício Araújo, o abatedouro irá aquecer o mercado de trabalho, fomentando ainda mais a cadeia produtiva da avicultura. (Blog Marrapá)

    TJMA recebe denúncia contra prefeito de Anajatuba por desvio de verbas públicas

    A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) recebeu, por unanimidade, denúncia do Ministério Público do Maranhão (MPMA) contra o prefeito de Anajatuba, Helder Lopes Aragão, e mais 14 pessoas acusadas de integrar organização criminosa voltada para o desvio de verbas públicas no Município. O processo foi julgado sob a relatoria do desembargador Tyrone Silva.

    De acordo com a denúncia, os acusados utilizavam-se de licitações simuladas, envolvendo “empresas de fachada” destituídas de qualquer estrutura física ou pessoal para realizar serviços ou obras, em contratos vultosos com a prefeitura, o que seria viabilizado pela participação de agentes públicos e empresários ligados à organização criminosa, cujos crimes supostamente praticados incluem corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, entre outros.

    A organização criminosa era integrada por um “núcleo empresarial”, que operava por meio de empresas de “fachada”, com “sócios-laranjas”, que participavam de licitações marcadas e previamente acertadas com a administração municipal de Anajatuba, para posterior divisão da verba pública desviada entre os chefes do núcleo e os agentes públicos do Município.

    Além do prefeito Hélder Aragão, a relação dos acusados inclui Edinilson dos Santos Dutra (vereador), Alida Maria Mendes Santos Sousa, Luís Fernando Costa Aragão, João Costa Filho, Georgina Ribeiro Machado, Francisco Marcone Freire Machado, Antonio José Fernando Junior Batista, Fabiano de Carvalho Bezerra, José Antonio Machado de Brito Filho, Franklin Bey Freitas Ferreira, Marcelo Alexandre Silva Ribeiro, Matilde Sodré Coqueiro e Natascha Alves Lesch.

    Na peça acusatória, o MPMA delimitou os procedimentos licitatórios que teriam sido fraudados, e nesse rol mencionou as empresas A M. A. Silva Ribeiro, que venceu o pregão no valor R$ 855 mil; A4, que venceu procedimentos licitatórios nos valores de R$ 3.187.500 milhões, R$ 6.587.495 milhões e R$ 715 mil; Vieira e Bezerra Ltda que venceu licitações nos valores de R$ 116 mil e R$ 186.400 mil; Construtora Construir, que venceu pregões nos valores de R$ 603.278,43 mil, R$ 793.414,14 mil e R$ 519.150,01 mil; e FCB Produções e Eventos Ltda, que venceu o pregão presencial no valor de R$ 623.300 mil.

    DEFESA – O prefeito denunciado Helder Lopes Aragão apresentou resposta à denúncia, na qual alegou que não houve comprovação da existência de ato de improbidade administrativa por violação aos princípios constitucionais e à legislação federal, destacando que a peça acusatória é superficial.

    Assentou que houve dispensa de licitação nos casos destacados em razão da necessidade da continuidade dos serviços públicos municipais, face situação de emergência, já que a administração anterior à do denunciado deixou a Prefeitura de Anajatuba em estado caótico, não deixando ao acusado outra saída senão utilizar-se do expediente da dispensa de licitação para não paralisar os serviços públicos, o que foi feito com amparo no art. 24, inciso IV, da Lei de Licitações.

    Para o desembargador Tyrone Silva, a denúncia aponta várias irregularidades, trazendo pontos fundamentais para dar causa ao procedimento penal, como a materialidade do delito e os indícios de quem foi o autor e o nexo de causalidade entre a conduta e o resultado delitivo.

    O magistrado considerou como aspecto indispensável a individualização da participação do agente no ilícito penal a que lhe atribui a denúncia. “Ainda que se trate de multiplicidade de crimes e de agentes, não pode a denúncia deixar de tipificar cada uma das praticas delitivas, bem como da forma como se deu a participação de cada um dos autores ou coatores, estabelecendo a ação e a omissão que cada um praticou para sua efetivação”, entendeu o relator.

    O voto do desembargador Tyrone Silva foi acompanhado pelos desembargadores Froz Sobrinho e José Joaquim Figueiredo.

    Denúncia N.º 28875/2015

    Com informações da Assessoria de Comunicação do TJMA.

    Odebrecht delata caixa 2 em dinheiro vivo para Alckmin

    A Odebrecht afirmou no acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato que realizou pagamento de caixa dois, em dinheiro vivo, para as campanhas de 2010 e 2014 do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

    Executivos da empreiteira mencionam duas pessoas próximas ao governador como intermediárias dos repasses e afirmam que não chegaram a discutir o assunto diretamente com Alckmin.

    Segundo a delação, R$ 2 milhões em espécie foram repassados ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin. A entrega do recurso, de acordo com os termos da delação, ocorreu no escritório de Ribeiro, na capital paulista.

    Em 2010, o tucano foi eleito no primeiro turno com 50,63% dos votos válidos –o segundo colocado na disputa foi o ex-ministro Aloizio Mercadante (PT).

    Em 2014, o caixa dois para a campanha de reeleição de Alckmin teve como um dos operadores, segundo a empreiteira, o hoje secretário de Planejamento do governo paulista, Marcos Monteiro, político de confiança do governador.

    Na época das negociações dos recursos, ele seria chamado de “MM” pelos funcionários da Odebrecht. A Folha não obteve os valores que teriam sido pagos na campanha para a reeleição.

    Alckmin foi reconduzido ao cargo com 57% dos votos, ficando à frente de Paulo Skaf (PMDB), segundo colocado.

    Um dos executivos que delataram o caixa dois é Carlos Armando Paschoal, o CAP, ex-diretor da Odebrecht em São Paulo e um dos responsáveis por negociar doações eleitorais para políticos.

    Ele faz parte do grupo de 77 funcionários da empreiteira que assinaram há duas semanas um acordo de delação premiada com investigadores da Lava Jato.

    CAP, como é conhecido, também fez afirmações sobre o suposto repasse, revelado pela Folha, de R$ 23 milhões via caixa dois para a campanha presidencial de 2010 do atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB).

    Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indicam que não há doações diretas da Odebrecht à conta da candidatura de Alckmin em 2010 e 2014.

    O tribunal registra, em 2010, apenas uma doação oficial de R$ 100 mil da Braskem, braço petroquímico da empreiteira, à direção do PSDB em São Paulo.

    No ano de 2014, foi informada uma doação de R$ 200 mil da mesma empresa ao comitê financeiro da campanha a governador. Esse recurso foi repassado pelo comitê à conta da candidatura do tucano.

    O codinome de Alckmin nas listas de propina e caixa dois da empreiteira era “santo”, segundo informação publicada pela revista “Veja” recentemente.

    O apelido aparecia associado nas planilhas da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal à duplicação da rodovia Mogi-Dutra, uma obra do governo Alckmin de 2002. A palavra “apóstolo”, escrita originalmente na página, foi rasurada e trocada por “santo”.

    O mesmo codinome é citado em e-mail de 2004, enviado por Marcio Pelegrino, executivo da Odebrecht que gerenciou a construção da linha 4-Amarela do Metrô, na capital paulista.

    Na mensagem, Pelegrino diz que era preciso fazer um repasse de R$ 500 mil para a campanha “com vistas a nossos interesses locais”. O executivo afirma que o beneficiário do suposto suborno era o “santo”.

    DEPOIMENTOS

    Duas semanas depois de assinar os acordos de leniência e de delação premiada, a Odebrecht está agora na fase de depoimento dos executivos que firmaram compromisso com o Ministério Público Federal.

    Os depoimentos começaram nesta semana, mas a maioria está prevista para a próxima, incluindo o do herdeiro e ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht.

    Segundo investigadores, as oitivas de Marcelo devem durar mais de três dias na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde ele está preso desde junho de 2015. A expectativa é que todos os depoimentos terminem até o fim deste ano.

    Pessoas envolvidas na negociação relatam uma preocupação em dar celeridade à homologação dos acordos, ato que valida as tratativas e que precisa ser feito pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavaski. Apenas a partir dessa etapa, os executivos passarão a cumprir suas penas.

    Com informações da Folha de SP.

    Municípios podem se inscrever no programa ‘Mutirão Rua Digna’ até abril de 2017

    O ‘Mutirão Rua Digna’ é uma das estratégias do Governo do Estado para estimular o comércio de bens e serviços, movimentar a economia e abrir oportunidades de trabalho. A ação consiste na parceria entre gestão estadual e municípios, para obter mão obra a ser utilizada na recuperação de ruas dos bairros. O Termo de Colaboração será firmado com sindicatos, associações comunitárias, entidades religiosas de cunho social e cooperativas. Estão habilitados municípios da região metropolitana de São Luís, incluindo a capital, e as 30 cidades contempladas no Plano ‘Mais IDH’. As inscrições podem ser feitas até dia 28 de abril de 2017.

    “Esse projeto vem somar nos esforços do governo estadual para estímulo da economia e a inserção de pessoas no mercado de trabalho, movimentando os negócios em regiões de grande demanda e integrando a gestão e sociedade”, avaliou a secretária interina de Estado do Trabalho e da Economia Solidária (Setres), Maria Virgínia de Andrade. Entre os serviços a serem realizados no projeto estão a pavimentação das ruas, reparo de imperfeições, colocação de bloquetes, terraplanagem e serviços complementares de infraestrutura com drenagem superficial (meio fio, sarjeta e calçada). Os recursos para as obras são garantidos pelo Governo e nesta primeira fase, mais de 100 instituições serão cadastradas.

    Para se inscrever, os interessados devem consultar a página da Setres, no endereço www.trabalho.ma.gov.br e clicar no banner ‘Mutirão Rua Digna’ e terá acesso ao edital do projeto onde constam as informações necessárias. No edital o interessado também tem acesso aos modelos da ficha de inscrição, de requerimento, do plano de trabalho e planilhas de custos dos serviços e mão de obra. Para inscrição presencial a documentação deve ser entregue na sede da Setres, Rua do Sol, 191, Centro. Serão considerados para avaliação projetos com valor de até R$ 200 mil e o prazo de execução das obras e serviços pactuados será de 90 dias.

    Os municípios que podem se inscrever no projeto são: São Luís, São José de Ribamar, Raposa, Paço do Lumiar, Fernando Falcão, Marajá do Sena, Jenipapo dos Vieiras, Satubinha, Água Doce do Maranhão, Lagoa Grande do Maranhão, São João do Caru, Santana do Maranhão, Arame, Belágua, Conceição do Lago-Açu, Primeira Cruz, Aldeias Altas, Pedro do Rosário, São Raimundo do Doca Bezerra, São Roberto, São João do Sóter, Centro Novo do Maranhão, Itaipava do Grajaú, Santo Amaro do Maranhão, Brejo de Areia, Serrano do Maranhão, Amapá do Maranhão, Araioses, Governador Newton Bello, Cajari, Santa Filomena do Maranhão, Milagres do Maranhão, São Francisco do Maranhão e Afonso Cunha.

    Habilitação

    Documentos necessários – original, cópia autenticada e/ou via internet:

    – Requerimento ao titular da Setres, assinado pelo responsável legal da instituição, constando endereço, telefone e email;

    – Lista nominal do seu quadro diretor, com indicação do cargo/função exercida e cópias de seus documentos de identificação (RG e CPF);

    – Plano de Trabalho;

    – Identificação e cópias dos documentos pessoais e profissionais do responsável técnico pelo Plano de Trabalho;

    – Comprovação de que é entidade sem fins lucrativos (lei de utilidade pública, municipal ou estadual) e cópias do Estatuto, da Ata de formação e posse da atual diretoria;

    – Cartão de Inscrição do CNPJ, comprovando estar ativo no mínimo 12 meses;

    – Certidões negativas de débitos e de inscrição em dívida ativa, referentes a tributos e contribuições federais, estaduais e municipais e certidão negativa de débitos da Caema.

    Dilma é escolhida como uma das mulheres do ano pelo ‘Financial Times’

    A ex-presidente Dilma Rousseff é uma das mulheres do ano do jornal britânico “Financial Times”/ Reprodução

    Da Folha de São Paulo 

    A ex-presidente Dilma Rousseff, que teve seu processo de impeachment concluído no final de agosto, foi escolhida como uma das mulheres do ano pelo jornal britânico “Financial Times”.

    A petista foi listada junto com a primeira-ministra britânica Theresa May; a ginasta olímpica americana Simone Biles; a designer de moda italiana Maria Grazia Chiuri, a cantora americana Beyoncé; a presidente sul-coreana Park Geun-hye e a americana Hillary Clinton, candidata derrotada na disputa pela presidência dos EUA, entre outras.

    Ao descrever a ex-presidente, a publicação disse que Dilma está mais para “tecnocrata nerd” que para política nata. “Ela nunca está mais feliz do que quando discute os detalhes íntimos do Orçamento federal, com auxílio de PowerPoint”, caracterizou o correspondente do “Financial Times” no Brasil, Joe Leahy.

    Ao jornal, a petista disse que não pretende disputar mais nenhum cargo eletivo, mas continuará “politicamente ativa”.

    “Rousseff deve ainda estar chocada com a reviravolta em sua fortuna –inversão que correspondeu à de sua nação, que em poucos ano passou de milagre econômico a desapontamento”, afirmou o jornal sobre o impeachment.

    O texto explica que o julgamento final do impedimento no Senado concluiu que Dilma era culpada por uma série de “manobras fiscais arcanas” usadas para esconder a real dimensão da crise econômica.

    “Enquanto ela argumenta que os presidentes anteriores usaram os mesmos truques orçamentários, seu governo foi o primeiro desde antes da segunda guerra mundial a ter suas contas rejeitadas pelo órgão fiscalizador das contas públicas, o TCU”, afirmou o jornal, concluindo que o processo do de impeachment foi um julgamento político.

    “A verdadeira razão pela qual ela perdeu o poder foi a queda da popularidade em meio a uma recessão crescente e a uma investigação de corrupção na estatal Petrobras”.

    No passado, Leahy defendeu que o impeachment poderia jogar o Brasil “no caos”. No início do ano, o jornalista também sustentou que enredo da crise política nacional estava mais parecida com a série de TV “The Walking Dead”, que retrata um apocalipse zumbi, que com o drama “House of Cards”.

    Perfil que o jornal fez do atual presidente, Michel Temer, disse que ele tem “aparência gótica” e vida pessoal picante. A publicação também já teceu elogios à Operação Lava Jato.

    O Globo: O ‘acordão’ se confirmou, diz Marco Aurélio sobre julgamento de Renan

    Para o ministro do STF, presidente do Senado não chamará o Supremo de ‘Supremeco‘

    Ministro Marco Aurélio Mello na sessão do STF que decidiu pela permanência Renan Calheiros da presidência do Senado – Jorge William / Agência O Globo

    POR RENATA MARIZ (O GLOBO)   

    BRASÍLIA – Um dia depois do julgamento que manteve Renan Calheiros na presidência do Senado, o ministro Marco Aurélio Mello, autor da liminar que afastava o político do cargo, diz que houve um acordo para livrar o senador. Segundo ele, a própria sessão em que saiu vencido, por seis votos a três, confirmou as notícias da véspera apontando que o ministro Celso de Mello anteciparia o voto divergente para puxar os demais. Mas o que importa “é o acórdão, não o acordão”, afirmou o ministro ao GLOBO, em tom de brincadeira. Marco Aurélio disse ainda que pelo menos Renan não chamará o Supremo de “Supremeco” e, diante da repercussão popular contra a decisão do plenário, afirmou temer que os protestos de rua passem a ser feitos em frente à Corte.

    Que balanço o senhor faz do julgamento de ontem?

    O balanço está no meu voto. No voto, eu busquei escancarar tudo, inclusive dizendo da responsabilidade do Supremo. Eu disse que a história, as gerações futuras são implacáveis. Agora, pelo que eu li hoje no Globo, já estava tudo acertado.

    O senhor já sabia do acordo quando proferiu o voto?

    Sabia pelo noticiário, pelas redes sociais, não por informação interna do Supremo. E, agora, claro que se confirmou. O meu voto teve uma parte substancial na qual eu cobrei a responsabilidade dos colegas a partir do que já circulava nas redes sociais.

    Mas eles mantiveram o acordo.

    É o que estou percebendo, que no dia anterior já corria em Brasília (a informação) que o ministro Celso (de Mello) mudaria o procedimento que sempre teve e puxaria o voto. Agora, quando nós saímos do colegiado com nosso entendimento vencido, temos que reexaminar nossa posição. A única coisa que digo é que estou vencido, mas não convencido.

    O Supremo se acovardou?

    Em meu voto, disse que o Supremo não podia se despedir do dever de tornar prevalecente a Constituição Federal. Isso está com todas as letras em bom vernáculo no voto. Foi realmente um voto contundente e reforçado no tocante ao que se apontava na véspera como um acordão. Para nós, importante é o acórdão, não o acordão.

    Como o senhor avalia a saída jurídica que o Supremo criou para salvar Renan?

    Não se pode saltar a Casa, porque quando se indica (na Constituição) que o presidente que personifica a Casa assume na linha de substituição, é uma deferência à Casa. Não é a ministra Cármen Lúcia, não é Rodrigo Maia, não é o senador Renan. É o Supremo, é a Câmara dos Deputados, é o Senado. Agora teremos a rigor um senador que estará na presidência, mas não para exercer na plenitude as atribuições do cargo, já que não pode substituir o presidente (da República), mas pode presidir o Senado e também a reunião das duas Casas no Congresso.

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    • A coluna Deu no D.O. está no ar com os generosos contratos dos nossos divinos gestores públicos. Dos caixões (R$ 214 mil) de Itapecuru-Mirim ao material de limpeza de Coroatá (R$ 2 milhões), ainda figuram Viana, Matões, Porto Rico e São José de Ribamar. 
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